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sábado, 29 de outubro de 2011

Dias is That Damn Good #172 - "A Falta de Babyfaces na WWE"

Boas Pessoal!


Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", um dos espaços com maior história na nossa CWO ;)

A existência de personagens babyface ou heel numa promotora de Pro Wrestling é fulcral quer no desenvolvimento de storylines, rivalidades e combates, quer no próprio envolvimento dos fãs e plateias com a modalidade. Contudo, por se tratar de um dado adquirido a presença destas mesmas personagens nos diversos rosters das companhias, muitas vezes as análises e atenções dos "críticos" não se centram nesta temática.

No entanto, por achar que este assunto é tremendamente importante e se está a transformar num problema/desafio muito exigente nos dias que correm, especialmente no que à formação de babyfaces na WWE diz respeito, decidi propor-me a aborda-lo no artigo que agora vos apresento.

Não percam, portanto, as próximas linhas...


Como é do conhecimento geral, a WWE é uma promotora que sempre estruturou e orientou as suas storylines/rivalidades e, inclusive, merchandising numa lógica em que as personagens babyface assumiam um duplo papel de importância fundamental ao transformarem-se nas grandes "caras" da empresa e, ao mesmo tempo, nos seus maiores promotores. A história ajuda-nos a acreditar nesta ideia, se formos buscar os nomes de Hulk Hogan, Bret Hart, Shawn Michaels, Steve Austin, The Rock e John Cena como exemplos e argumentos para a fundamentar. Deste modo, compreendemos que independentemente dos lutadores fazerem o seu debut com um personagem heel ou virem a desempenhar um outro personagem com estas mesmas características numa fase posterior das suas carreiras, o objectivo continuará a passar sempre por formar um grande babyface, o próximo grande babyface que possa substituir aquele que na altura desempenha o tal duplo papel de ser a "cara" da WWE e o seu maior promotor/embaixador.

Contudo, a tarefa de "criar" um grande babyface não é nada fácil, uma vez que obriga a WWE a responder perante uma enorme diversidade de problemas e desafios. Em primeiro lugar, na escolha do wrestler que será a grande "cara" da empresa é necessário ter em conta a confiança que a WWE tem na sua lealdade e profissionalismo (os casos Brock Lesnar e Bobby Lashley apanharam a empresa de surpresa e, por isso, deixaram-a bastante alerta e exigente no que a esta matéria diz respeito). Em segundo lugar, é necessário perceber que o aparecimento de lutadores com as características necessárias para se transformarem na grande estrela da companhia de Vince McMahon é extremamente raro e encontrá-lo é um outro desafio ainda mais rigoroso. O wrestler escolhido tem de apresentar níveis bastante elevados de carisma; tem de possuir umas mic skills muito acima da média; é imperioso que consiga controlar os fãs e plateias de forma a que eles se tornem seus seguidores e apoiantes incondicionais; tem de se tornar num verdadeiro "drawer", vendendo percentagens altíssimas de merchandising e conseguindo encher as arenas e pavilhões apenas com a sua presença nos mesmos; necessita adoptar um personagem completamente diferente das restantes e, com a mesma, fascinar os fãs e seguidores da modalidade (ou, pelo menos, uma grande percentagem dos mesmos); e está obrigado, por outro lado, a ser um atleta razoavelmente credível e forte, para que consiga resistir à enorme pressão de que é alvo e proporcionar, dentro dos ringues, espectáculos dignos de se tornarem cabeças de cartaz dos eventos, shows e PPVs da WWE.


O último grande caso de sucesso que a empresa de Stamford conseguiu atingir, ao nível do lançamento de um grande babyface, foi John Cena. E o facto do seu debut ter acontecido em 2002 (há quase 10 anos) é mais um bom exemplo de como tem sido bastante difícil para Vince McMahon descobrir uma nova "galinha dos ovos de ouro". De facto, o problema começa logo nos territórios de desenvolvimento (onde pouco se trabalha a criatividade e originalidade dos jovens talentos) e no posterior debut das WWE Superstars. Como sabemos, para um wrestler jovem e acabado de se estrear, é muito mais fácil conseguir gerar sentimentos e reacções no público se interpretar um personagem heel e essa constatação parece ter tornado a WWE sua refém, tendo a empresa adoptado o comportamento padrão de lançar todos os seus jovens como heels. Foi assim com o The Miz, com o Sheamus, com o Swagger, com o Dolph Ziggler, com o Alberto Del Rio, com o Drew McIntyre e com o Wade Barrett (as grandes excepções são Daniel Bryan, Zack Ryder e Mason Ryan). Porém, e apesar de ser muito melhor lançar as personagens heel e babyface de uma forma mais equilibrada, esta situação poderia não se transformar num enorme problema se numa fase posterior, em que os lutadores fizessem o face turn, existisse um top heel com capacidade para os tornar em babyfaces ainda maiores (a exemplo do que aconteceu com John Cena, que teve wrestlers top heel como JBL, Chris Jericho, Kurt Angle, Edge e Triple H a trabalhar consigo).

Por outro lado, o facto de lançar os jovens como heels obriga a que a empresa aumente o seu número de babyfaces, e como não há babyfaces "puros" suficientes na companhia, esta vê-se obrigada a recorrer aos wrestlers com maior prestígio e história para fazer face às suas necessidades. Só que ao seguir este caminho a WWE enfrenta outra questão difícil de solucionar, pois quando torna tipos como Triple H e Randy Orton em top babyfaces, acaba por perder os top heels da companhia e não consegue ganhar babyfaces ao nível de John Cena, The Rock, Steve Austin, etc. Porque o "RKO" e o "King of Kings" são heels puros e serão sempre melhores a desempenhar personagens com estas características do que agindo como os "bons da fita". Para perceberem um pouco melhor o que estou a dizer, pensem no exemplo de CM Punk, um top babyface que está a crescer de forma extraordinária a todos os níveis e que tem, agora, a possibilidade de substituir John Cena como cara da empresa (uma vez que o "Marine" após tantos anos no topo como estrela principal da WWE tem a sua imagem tremendamente desgastada)...só que ao invés de ter para defrontar o melhor heel de sempre (na minha opinião) Triple H ou Randy Orton (outro heel fantástico), vê-se obrigado a enfrentar Alberto Del Rio (que ainda está a consolidar a sua posição enquanto main eventer). E o problema está precisamente neste ponto, a WWE não está a conseguir "criar" novos babyfaces para se tornarem na grande "cara" da empresa, porque vê-se obrigada a utilizar os seus melhores heels (aqueles que são capazes de elevar os jovens babyfaces para patamares superiores) como babyfaces para sustentar os jovens que estão quase todos a ser lançados como heels. Como referi, a resolução deste problema é o grande desafio ao qual, nesta temática, a WWE terá de dar resposta.

Pessoalmente, acredito que utilizar os wrestlers com as personagens que lhes proporcionem as melhores performances e nivelar os debuts de heels com os lançamentos de babyfaces será uma grande ajuda para encontrar uma solução.

E vocês, o que pensam das dificuldades que a WWE tem encontrado na formação de babyfaces?!




Bem, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Wrestling Divas #5 - Christy Hemme

sábado, 22 de outubro de 2011

Dias is That Damn Good #171 - "Um Booking com Erros Gritantes"

Boas Pessoal!


Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", um dos espaços com maior história na nossa CWO ;)

Depois de tudo o que aconteceu na passada semana, seria incontornável não falar da TNA no artigo que agora vos apresento. Com o maior ppv da companhia a realizar-se no último domingo e um iMPACT de quinta-feira que muitas mudanças trouxeram para o rumo que as storylines têm vindo a percorrer dentro da empresa, é óbvio que ela teria de se tornar no grande foco de todas as atenções.

Deste modo, com todos os holofotes centrados em si, a equipa criativa da TNA tinha uma óptima oportunidade para brilhar e mostrar que sabe tomar decisões de uma forma coerente e consequente, por outro lado, a margem de manobra para cometer erros era bastante reduzida. Infelizmente, e não surpreendendo ninguém (acredito eu), a equipa criativa da companhia de Orlando voltou a desiludir...e pior que isso, consegui no espaço de uma semana somar um incrível número de erros gravíssimos e que vêm provar, mais uma vez, a sua incapacidade e falta de qualidade na forma como produzem e fazem a gestão da TNA.

Não percam, portanto, as próximas linhas, onde explicarei pormenorizadamente os erros a que me refiro...


Comecemos, então, pelo Bound For Glory 2011. Nunca será demais repetir que o build up de algumas rivalidades e combates presentes no card do PPV não foi suficientemente bem explorado e trabalhado, sobretudo, se tivermos em conta que estávamos perante a "Wrestlemania" da TNA. Mas a este facto, podemos ainda acrescentar uma incrível falta de bom senso na "convocação" dos wrestlers para este evento. Será normal que ainda tenham coragem de dar destaque aos Ink Inc, quando eles já demonstraram por diversas ocasiões valer menos que zero?! Será aceitável que o TNA Television Chanpionship não fosse defendido?! Compreende-se que grandes nomes da companhia como James Storm e Abyss não tivessem oportunidade de entrar no card do evento?! E, depois, ainda temos mais uma excelente amostra da falta de inteligência dos responsáveis da empresa de Orlando, quando decidem trocar um combate pelos TNA Tag Teams Championsip (que aconteceu como um dark-match), por uma confrontação entre o Jeff Jarrett e o Jeff Hardy. Mas podemos, também, falar do combate pelo Knockout's Championship, que se revelou numa desgraça total, ainda que pré-anunciada pelas estipulações do match, pela total ausência de uma verdadeira rivalidade entre as lutadoras que participaram dele e pelo envolvimento da Karen Jarrett como special referee. Mas se as coisas já estavam a correr mal (no que há coerência do booking e suas decisões diz respeito), pior ficaram, quando no final do embate entre o AJ Styles e o Daniels, o último atacou o ex-World Champion. Os "I Quit Matches" apenas se marcam para que se dê um ponto final na feud/rivalidade entre os wrestlers envolvidos, logo, apenas se compreendia que após este combate a contenda entre ambos continuasse, se a companhia decidisse leva-los para um "Loser Leaves Match", o que não irá certamente acontecer. Depois, ainda podemos realçar o facto de tirem sido marcados vários combates que obrigavam a que se praticasse um estilo bastante similar (agressivo, brutal e violento)...e essa situação foi de tal forma mal pensada, que obrigou a que na maior parte dos combates houvesse uma enorme contenção do bleeding, para que este tivesse mais impacto na altura em que o Hogan sangrasse.

Por último, no que a este PPV diz respeito, chegamos ao main event. A um main event que iria opor um super bem pushado Robert Roode a um Kurt Angle lesionado e bastante diminuído. Volto a repetir que não considero o Bobby Roode um wrestler capaz o suficiente para ser main eventer...falta-lhe carisma, mic skills e mais alguns itens essenciais para que um lutador seja a cara de uma promotora da modalidade (não é à toa que as queixas quanto à timidez, frieza e distância do Roode nas secções de autógrafos se sucedem). Mas uma vez que a escolha, apesar de mal feita, já tinha acontecido e o Roode estava bastante bem pushado, só restava à TNA entregar-lhe o título no maior dos seus PPVs, por forma a evitar que tanto trabalho (bem feito) fosse deitado por água abaixo. Até podiam retirar o título ao Roode passado pouco tempo, e deixar que ele tivesse sido um campeão de transição, mas nunca fazer o que fizeram e deitar todo um trabalho de alguns meses porta fora. E esta decisão ainda se torna mais incompreensível, se tivermos em conta que o Kurt Angle estava lesionado e que se sabia, de ante mão, que caso saísse do PPV como campeão, iria ter de ceder o título no iMPACT seguinte.


Mas se julgávamos que depois de tantos erros cometidos numa só noite, seria impossível igualar tal feito, pelo menos em tão curto espaço de tempo, estávamos bastante enganados, foi apenas necessário esperar pelo iMPACT seguinte. E assim que o iMPACT começou, começaram também as más decisões e a falta de inteligência dos bookers a vir ao de cima...a Dixie Carter decide entregar a liderança da TNA ao Sting, numa história que me parece bastante semelhante à que se tem assistido na WWE (falta de originalidade), mas pior que isso, é não conseguir compreender que o perfil do Sting não se adequa minimamente ao papel de autoridade condutora de um programa de wrestling, já para não dizer que o Sting em 5 dias deixou de ser um "palhaço" (ao estilo Joker), para ser a maior autoridade da iMPACT Zone (o que é super coerente). Mas o pior ainda estava para vir...cientes de que o Angle condicionado pela sua lesão não poderia reter o título, os responsáveis da TNA podiam ter corrigido o tremendo erro que cometeram no Bound For Glory e num rematch pelo TNA World Heavyweight Championship, entregar o título ao Bobby Roode. Mas não, ao invés de seguir um caminho lógico, coerente e consequente, a equipa criativa decide inventar à última da hora uma cláusula idiota que impede o Roode de enfrentar o Angle, e decide que deve ser James Storm o homem a enfrentar e a derrotar o campeão. E eu pergunto-me, que bookers são estes?! Que booking é este?! Como é possível não entregar o título a alguém que foi pushado durante vários meses, mas fazê-lo a um wrestler não que teve qualquer push, que não estava envolvido em qualquer rivalidade e que, ainda por cima, não vencia um combate de singles há bastante tempo?! Sei que o objectivo passa por criar uma rivalidade entre o James Storm e o Robert Roode, mas ele poderia ter acontecido de qualquer forma se o Roode fosse campeão e não era necessário dar tantos pontapés na lógica e na coerência. Entretanto, nessa noite, houve também espaço para o regresso da Gail Kim, no entanto, a equipa criativa conseguiu voltar a fazer merda! Quando alguém marcante volta à companhia (e a Gail Kim foi a primeira Knocout Champion da TNA) fá-lo sempre como face, porque os fãs tiveram saudades dessa pessoa e vão querer estar ao lado dela em qualquer situação. Ora, ao fazê-la regressar como heel, estão apenas a criar um problema, porque a Gail Kim ao invés de heat, vai receber mais pops que alguns babyfaces (e isto vem provar que não aprendem com os erros, pois há bem pouco tempo tinha acontecido uma situação semelhante com o Mr. Anderson).

Mas regressando à disputa pelo TNA World Heavyweight Championship, sabemos também que num próximo iMPACT Wrestling, irá haver lugar a uma disputa pelo 1º Contender ao título de James Storm entre o Robert Roode e o Samoa Joe. E neste ponto, se a escolha de Roode me parece acertada e lógica, pergunto-me porque raio o Samoa Joe terá sido chamado para disputar uma presença no main event da companhia?! Ele que tem sofrido derrota atrás de derrota e que tem saído de todas as rivalidades em que está envolvido como o elo mais fraco. Será que para aquela gente faz mesmo sentido colocar no topo um lutador que tem uma extensa losing streak?! Sinceramente, e com muita pena minha, quando me falam no booking da TNA já vou acreditando em tudo...mas menos mal, pelo menos o Roode saiu vencedor desse combate.


E vocês, o que têm a dizer da frequência com que o booking da TNA apresenta uma enorme falta de sentido e coerência?!



Bem, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!

domingo, 16 de outubro de 2011

Wrestling Divas #4 - Beth Phoenix

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Wrestling Divas #3 - Eve Torres


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