Boas Pessoal!
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", um dos espaços com maior história na nossa CWO ;)
Depois de tudo o que aconteceu na passada semana, seria incontornável não falar da TNA no artigo que agora vos apresento. Com o maior ppv da companhia a realizar-se no último domingo e um iMPACT de quinta-feira que muitas mudanças trouxeram para o rumo que as storylines têm vindo a percorrer dentro da empresa, é óbvio que ela teria de se tornar no grande foco de todas as atenções.
Deste modo, com todos os holofotes centrados em si, a equipa criativa da TNA tinha uma óptima oportunidade para brilhar e mostrar que sabe tomar decisões de uma forma coerente e consequente, por outro lado, a margem de manobra para cometer erros era bastante reduzida. Infelizmente, e não surpreendendo ninguém (acredito eu), a equipa criativa da companhia de Orlando voltou a desiludir...e pior que isso, consegui no espaço de uma semana somar um incrível número de erros gravíssimos e que vêm provar, mais uma vez, a sua incapacidade e falta de qualidade na forma como produzem e fazem a gestão da TNA.
Não percam, portanto, as próximas linhas, onde explicarei pormenorizadamente os erros a que me refiro...
Comecemos, então, pelo Bound For Glory 2011. Nunca será demais repetir que o build up de algumas rivalidades e combates presentes no card do PPV não foi suficientemente bem explorado e trabalhado, sobretudo, se tivermos em conta que estávamos perante a "Wrestlemania" da TNA. Mas a este facto, podemos ainda acrescentar uma incrível falta de bom senso na "convocação" dos wrestlers para este evento. Será normal que ainda tenham coragem de dar destaque aos Ink Inc, quando eles já demonstraram por diversas ocasiões valer menos que zero?! Será aceitável que o TNA Television Chanpionship não fosse defendido?! Compreende-se que grandes nomes da companhia como James Storm e Abyss não tivessem oportunidade de entrar no card do evento?! E, depois, ainda temos mais uma excelente amostra da falta de inteligência dos responsáveis da empresa de Orlando, quando decidem trocar um combate pelos TNA Tag Teams Championsip (que aconteceu como um dark-match), por uma confrontação entre o Jeff Jarrett e o Jeff Hardy. Mas podemos, também, falar do combate pelo Knockout's Championship, que se revelou numa desgraça total, ainda que pré-anunciada pelas estipulações do match, pela total ausência de uma verdadeira rivalidade entre as lutadoras que participaram dele e pelo envolvimento da Karen Jarrett como special referee. Mas se as coisas já estavam a correr mal (no que há coerência do booking e suas decisões diz respeito), pior ficaram, quando no final do embate entre o AJ Styles e o Daniels, o último atacou o ex-World Champion. Os "I Quit Matches" apenas se marcam para que se dê um ponto final na feud/rivalidade entre os wrestlers envolvidos, logo, apenas se compreendia que após este combate a contenda entre ambos continuasse, se a companhia decidisse leva-los para um "Loser Leaves Match", o que não irá certamente acontecer. Depois, ainda podemos realçar o facto de tirem sido marcados vários combates que obrigavam a que se praticasse um estilo bastante similar (agressivo, brutal e violento)...e essa situação foi de tal forma mal pensada, que obrigou a que na maior parte dos combates houvesse uma enorme contenção do bleeding, para que este tivesse mais impacto na altura em que o Hogan sangrasse.
Por último, no que a este PPV diz respeito, chegamos ao main event. A um main event que iria opor um super bem pushado Robert Roode a um Kurt Angle lesionado e bastante diminuído. Volto a repetir que não considero o Bobby Roode um wrestler capaz o suficiente para ser main eventer...falta-lhe carisma, mic skills e mais alguns itens essenciais para que um lutador seja a cara de uma promotora da modalidade (não é à toa que as queixas quanto à timidez, frieza e distância do Roode nas secções de autógrafos se sucedem). Mas uma vez que a escolha, apesar de mal feita, já tinha acontecido e o Roode estava bastante bem pushado, só restava à TNA entregar-lhe o título no maior dos seus PPVs, por forma a evitar que tanto trabalho (bem feito) fosse deitado por água abaixo. Até podiam retirar o título ao Roode passado pouco tempo, e deixar que ele tivesse sido um campeão de transição, mas nunca fazer o que fizeram e deitar todo um trabalho de alguns meses porta fora. E esta decisão ainda se torna mais incompreensível, se tivermos em conta que o Kurt Angle estava lesionado e que se sabia, de ante mão, que caso saísse do PPV como campeão, iria ter de ceder o título no iMPACT seguinte.
Mas se julgávamos que depois de tantos erros cometidos numa só noite, seria impossível igualar tal feito, pelo menos em tão curto espaço de tempo, estávamos bastante enganados, foi apenas necessário esperar pelo iMPACT seguinte. E assim que o iMPACT começou, começaram também as más decisões e a falta de inteligência dos bookers a vir ao de cima...a Dixie Carter decide entregar a liderança da TNA ao Sting, numa história que me parece bastante semelhante à que se tem assistido na WWE (falta de originalidade), mas pior que isso, é não conseguir compreender que o perfil do Sting não se adequa minimamente ao papel de autoridade condutora de um programa de wrestling, já para não dizer que o Sting em 5 dias deixou de ser um "palhaço" (ao estilo Joker), para ser a maior autoridade da iMPACT Zone (o que é super coerente). Mas o pior ainda estava para vir...cientes de que o Angle condicionado pela sua lesão não poderia reter o título, os responsáveis da TNA podiam ter corrigido o tremendo erro que cometeram no Bound For Glory e num rematch pelo TNA World Heavyweight Championship, entregar o título ao Bobby Roode. Mas não, ao invés de seguir um caminho lógico, coerente e consequente, a equipa criativa decide inventar à última da hora uma cláusula idiota que impede o Roode de enfrentar o Angle, e decide que deve ser James Storm o homem a enfrentar e a derrotar o campeão. E eu pergunto-me, que bookers são estes?! Que booking é este?! Como é possível não entregar o título a alguém que foi pushado durante vários meses, mas fazê-lo a um wrestler não que teve qualquer push, que não estava envolvido em qualquer rivalidade e que, ainda por cima, não vencia um combate de singles há bastante tempo?! Sei que o objectivo passa por criar uma rivalidade entre o James Storm e o Robert Roode, mas ele poderia ter acontecido de qualquer forma se o Roode fosse campeão e não era necessário dar tantos pontapés na lógica e na coerência. Entretanto, nessa noite, houve também espaço para o regresso da Gail Kim, no entanto, a equipa criativa conseguiu voltar a fazer merda! Quando alguém marcante volta à companhia (e a Gail Kim foi a primeira Knocout Champion da TNA) fá-lo sempre como face, porque os fãs tiveram saudades dessa pessoa e vão querer estar ao lado dela em qualquer situação. Ora, ao fazê-la regressar como heel, estão apenas a criar um problema, porque a Gail Kim ao invés de heat, vai receber mais pops que alguns babyfaces (e isto vem provar que não aprendem com os erros, pois há bem pouco tempo tinha acontecido uma situação semelhante com o Mr. Anderson).
Mas regressando à disputa pelo TNA World Heavyweight Championship, sabemos também que num próximo iMPACT Wrestling, irá haver lugar a uma disputa pelo 1º Contender ao título de James Storm entre o Robert Roode e o Samoa Joe. E neste ponto, se a escolha de Roode me parece acertada e lógica, pergunto-me porque raio o Samoa Joe terá sido chamado para disputar uma presença no main event da companhia?! Ele que tem sofrido derrota atrás de derrota e que tem saído de todas as rivalidades em que está envolvido como o elo mais fraco. Será que para aquela gente faz mesmo sentido colocar no topo um lutador que tem uma extensa losing streak?! Sinceramente, e com muita pena minha, quando me falam no booking da TNA já vou acreditando em tudo...mas menos mal, pelo menos o Roode saiu vencedor desse combate.
E vocês, o que têm a dizer da frequência com que o booking da TNA apresenta uma enorme falta de sentido e coerência?!
Bem, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!
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