Boas Pessoal!
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn
Good", o espaço com mais história na nossa CWO ;)
Como é do conhecimento geral, a TNA enfrenta no momento
uma das situações mais complicadas da sua história. Após o
abandono de Hulk Hogan e Eric Bischoff e da saída de algumas das
principais estrelas trazidas por eles, a companhia teve de reagrupar
e fazer um downsizing no que respeita à sua produção, ao seu
plantel e, particularmente, ao nível dos eventos que realizava. Por
azar e, talvez também por consequência dessa situação, todo este
período haveria de culminar com as notícias que dão conta da falta
de vontade da Spike TV em renovar o seu contrato de televisão com a
promotora. No mesmo sentido, são também já várias as notícias de
uma possível debandada dos principais talentos da TNA...de talentos
cujos contratos estão a expirar e a quem a companhia não consegue
manter as mesmas condições e satisfações salariais.
Por outro lado, respondendo e precavendo-se de todos
estes possíveis acontecimentos e situação, a companhia de Orlando
(sediada, agora, em Nova Iorque) iniciou já um processo de renovação
de contratos com os seus wrestlers mais jovens e promissores. Ora, o
artigo que agora vos escrevo versa, precisamente, neste facto e
opção que a TNA tomou de segurar, desde já, o presente, para
assegurar o futuro.
Não percam, por isso, as próximas linhas...
A TNA enfrenta agora aquele que se constitui como o
período mais importante e fundamental desde a sua criação. Atolada
em problemas e desafios das mais variadas ordens, a companhia luta
para conseguir manter o seu status e consolidar a segunda posição
no ranking da hierarquia das promotoras de pro wrestling a nível
mundial. Consequentemente, a renovação do actual contrato e acordo
televisivo com a Spike TV e/ou a celebração de um novo, nos mesmos
moldes, como um outra estação/grupo de televisão assume uma
tremenda importância. Porque dependerá, sempre, de um acordo deste
género a capacidade que a empresa terá ou continuará a ter para
conseguir divulgar, disseminar e promover os seus produtos, programas
e lutadores. No mesmo sentido, só um spot num canal de televisão de
considerável dimensão proporcionará as receitas (em patrocínios e
outros acordos comerciais) que permitem financiar e custear a
actividade da promotora de uma forma estável e sem que esteja sempre
com uma "corda na garganta". Em última análise, penso que
todos percebemos que sem a possibilidade de transmitir o iMPACT
Wrestling o próprio valor da TNA fica bastante diluído, assim como
a sua capacidade de atracção no que respeita ao público e, acima
de tudo, aos wrestlers (e aqui refiro-me tanto aos que constituem o
seu plantel, como aos que militam no circuito independente e aos
free-agents).
Para piorar ou dificultar mais ainda a situação, já
de si bastante complexa, sabemos que muitos dos contratos celebrados
com as estrelas de maior nome e visibilidade possuem clausulas
especiais que permitem a sua cessação caso a TNA não consiga
apresentá-los e expô-los, num registo semanal, em televisão. O que
a juntar ao necessário aperto salarial que a companhia tem
obrigatoriamente de cumprir com os lutadores do seu roster, nos
permite compreender o porquê de, neste momento, saírem e serem
publicadas tantas notícias relativamente à possibilidade de algumas
das estrelas mais famosas da empresa poderem estar de saída. Em todo
o caso e se me perguntarem a minha opinião a este respeito, devo
confessar que não acredito que as estações de televisão estejam
dispostas a desistir de um programa que, semanalmente, atinge um
número redondo em redor do milhão de telespectadores. Por isso,
mesmo que a Spike TV deixe de estar verdadeiramente interessada em
manter o iMPACT Wrestling na sua programação e que toda esta situação
não se revele mesmo e apenas um jogo de cintura negocial, estou em
crer que outra estação/grupo aparecerá interessada em transmitir o
show. E, neste sentido, portanto, não acredito ou talvez não queria
acreditar que a TNA deixará de ter a possibilidade de transmitir o
seu programa na tv...quando me refiro a tv estou, claramente, a
reportar-me para a cobertura em território norte-americano, uma vez
que este é que se constitui como fundamental para viabilizar todas
as questões e problemáticas que tenho vindo a levantar.
Ainda assim, se eu estiver enganado e se, numa situação
limite, a companhia não conseguir renovar o seu acordo com a Spike
TV ou celebrar um novo com outra cadeia de televisão, penso que a
administração da TNA tomou, desde já, uma importante medida no
sentido de assegurar o futuro no que à constituição do seu
roster diz respeito. Devo dizer, ainda, que foi uma decisão que me
surpreendeu pela positiva, pois apesar de achar que ela faz todo o
sentido e é inteiramente justificada, de facto, não estamos
habituados a que Dixie Carter tome as melhores opções. Falo, claro
está, da renovação, por múltiplos anos, dos contratos que a TNA
tinham com alguns dos seus jovens talentos de maior qualidade e
potencial...sem qualquer réstia de dúvidas, uma tomada de atitude
que se impunha e que se define, talvez, como a primeira grande medida
bem tomada pela administração da companhia. A verdade é que muitas
vezes as crises lançam-nos desafios que, se encarados de maneira
correcta e com a atitude certa, nos abrem as portas para os resolver
e solucionar com opções bastante válidas. Ora, se houve uma
realidade que todo este clima e ambiente negativo em redor da TNA
proporcionou, foi a necessidade da promotora apostar nos jovens
wrestlers e de lhes proporcionar um maior espaço e tempo de antena.
De facto, se tivermos o cuidado de analisar a história da TNA,
facilmente, verificamos que a falta de talento e qualidade dos seus
lutadores nunca foi e/ou constituiu um problema, pelo que deve ser
encarado com total naturalidade o facto de o espaço deixado vago por
alguns wrestlers já consagrados que foram saindo, estar a ser
bastante bem ocupado (e em algumas situações melhor aproveitado e
rentabilizado) com a ascenção de uma nova geração de
talentos...de wrestlers que trazem consigo, verdadeiramente, a marca
TNA.
Deste modo, mesmo que a TNA perca algum do seu star
power e grandes nomes como Bully Ray e Devon, como Jeff Hardy e Matt
Hardy, como Kurt Angle e Bobby Lashley, entre outros, a verdade é
que a companhia já segurou o presente e assegurou o futuro com nomes
como Bram e Magnus, Gunner e Samuel Shaw, Kenny King e Robbie E e/ou,
especialmente, Ethan Carter (EC3). Jovens wrestlers cuja juventude
permite adivinhar um futuro ao mais alto nível durante onze ou doze
anos; jovens talentos cuja qualidade permite garantir, desde já, a
apresentação de combates atraentes e conseguidos, assim como um
excelente desenpenho no que ao entretenimento diz respeito (mic
skills – promos, entrevistas, segmentos de backstage, etc); jovens
lutadores que pelo potencial que evidenciam nos deixam esperançados
quanto à possibilidade da TNA, pela primeira vez, conseguir lançar
o seu grande drawer (e aqui, a minha aposta vai, claramente, para
EC3).
E
para vocês, a TNA tem feito bem em renovar com os jovens talentos!?
Quais os wrestlers mais jovens que mais apreciam na TNA?!
Um Abraço,
Dias Ferreira
PS:
Não se esqueçam de indicar mais temas e assuntos que gostassem de
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1 comentários:
Bom, novamente nos trouxeste aqui um bom tema e não desapontaste. Aqui não vejo qualquer discordo entre o que disseste e o que é a minha opinião pessoal. Portanto vou somente responder às questões que lançaste.
Claro que a TNA tem feito bem em renovar com o talento jovem, afinal de costas, a TNA neste momento não tem um main event tão jovem como a WWE, onde há main eventers nos seus early 30s. Não vejo a carreira do Bully ou do Jeff por exemplo a durarem mais que 3 ou 4 anos. O Austin Aries e o Bobby Roode também já passaram a marca dos 35 e já não serão à partida opções para mais uma década. Como tal faz todo o sentido construir o futuro.
Quanto à segunda questão, já aqui no Wrestling Spam, no meu 1º artigo expressei a minha admiração pelo trabalho do EC3, parte do qual devendo-se também à equipa criativa que tem sabido construir um bom booking para ele. Depois tenho que salientar que também o Kenny King me tem agradado recentemente, apesar de também ele já estar perto dos 35. De resto, sempre fui fã do Davey Richards e numa eventual separação dos Wolves, este será sem dúvida o membro a apostar e deveria ser construído como uma wrestling machine ao estilo de Chris Benoit. Por fim, com 26 anos... ainda há certamente salvação para o Magnus, que poderia ter bem sido o tal 1º grande drawer construído na TNA.
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