WRESTLING SPAM TV

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dias is That Damn Good #206 – "A TNA Segura o Presente, Assegura o Futuro"

Boas Pessoal!



Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com mais história na nossa CWO ;)

Como é do conhecimento geral, a TNA enfrenta no momento uma das situações mais complicadas da sua história. Após o abandono de Hulk Hogan e Eric Bischoff e da saída de algumas das principais estrelas trazidas por eles, a companhia teve de reagrupar e fazer um downsizing no que respeita à sua produção, ao seu plantel e, particularmente, ao nível dos eventos que realizava. Por azar e, talvez também por consequência dessa situação, todo este período haveria de culminar com as notícias que dão conta da falta de vontade da Spike TV em renovar o seu contrato de televisão com a promotora. No mesmo sentido, são também já várias as notícias de uma possível debandada dos principais talentos da TNA...de talentos cujos contratos estão a expirar e a quem a companhia não consegue manter as mesmas condições e satisfações salariais.

Por outro lado, respondendo e precavendo-se de todos estes possíveis acontecimentos e situação, a companhia de Orlando (sediada, agora, em Nova Iorque) iniciou já um processo de renovação de contratos com os seus wrestlers mais jovens e promissores. Ora, o artigo que agora vos escrevo versa, precisamente, neste facto e opção que a TNA tomou de segurar, desde já, o presente, para assegurar o futuro.

Não percam, por isso, as próximas linhas...



A TNA enfrenta agora aquele que se constitui como o período mais importante e fundamental desde a sua criação. Atolada em problemas e desafios das mais variadas ordens, a companhia luta para conseguir manter o seu status e consolidar a segunda posição no ranking da hierarquia das promotoras de pro wrestling a nível mundial. Consequentemente, a renovação do actual contrato e acordo televisivo com a Spike TV e/ou a celebração de um novo, nos mesmos moldes, como um outra estação/grupo de televisão assume uma tremenda importância. Porque dependerá, sempre, de um acordo deste género a capacidade que a empresa terá ou continuará a ter para conseguir divulgar, disseminar e promover os seus produtos, programas e lutadores. No mesmo sentido, só um spot num canal de televisão de considerável dimensão proporcionará as receitas (em patrocínios e outros acordos comerciais) que permitem financiar e custear a actividade da promotora de uma forma estável e sem que esteja sempre com uma "corda na garganta". Em última análise, penso que todos percebemos que sem a possibilidade de transmitir o iMPACT Wrestling o próprio valor da TNA fica bastante diluído, assim como a sua capacidade de atracção no que respeita ao público e, acima de tudo, aos wrestlers (e aqui refiro-me tanto aos que constituem o seu plantel, como aos que militam no circuito independente e aos free-agents).

Para piorar ou dificultar mais ainda a situação, já de si bastante complexa, sabemos que muitos dos contratos celebrados com as estrelas de maior nome e visibilidade possuem clausulas especiais que permitem a sua cessação caso a TNA não consiga apresentá-los e expô-los, num registo semanal, em televisão. O que a juntar ao necessário aperto salarial que a companhia tem obrigatoriamente de cumprir com os lutadores do seu roster, nos permite compreender o porquê de, neste momento, saírem e serem publicadas tantas notícias relativamente à possibilidade de algumas das estrelas mais famosas da empresa poderem estar de saída. Em todo o caso e se me perguntarem a minha opinião a este respeito, devo confessar que não acredito que as estações de televisão estejam dispostas a desistir de um programa que, semanalmente, atinge um número redondo em redor do milhão de telespectadores. Por isso, mesmo que a Spike TV deixe de estar verdadeiramente interessada em manter o iMPACT Wrestling na sua programação e que toda esta situação não se revele mesmo e apenas um jogo de cintura negocial, estou em crer que outra estação/grupo aparecerá interessada em transmitir o show. E, neste sentido, portanto, não acredito ou talvez não queria acreditar que a TNA deixará de ter a possibilidade de transmitir o seu programa na tv...quando me refiro a tv estou, claramente, a reportar-me para a cobertura em território norte-americano, uma vez que este é que se constitui como fundamental para viabilizar todas as questões e problemáticas que tenho vindo a levantar.



Ainda assim, se eu estiver enganado e se, numa situação limite, a companhia não conseguir renovar o seu acordo com a Spike TV ou celebrar um novo com outra cadeia de televisão, penso que a administração da TNA tomou, desde já, uma importante medida no sentido de assegurar o futuro no que à constituição do seu roster diz respeito. Devo dizer, ainda, que foi uma decisão que me surpreendeu pela positiva, pois apesar de achar que ela faz todo o sentido e é inteiramente justificada, de facto, não estamos habituados a que Dixie Carter tome as melhores opções. Falo, claro está, da renovação, por múltiplos anos, dos contratos que a TNA tinham com alguns dos seus jovens talentos de maior qualidade e potencial...sem qualquer réstia de dúvidas, uma tomada de atitude que se impunha e que se define, talvez, como a primeira grande medida bem tomada pela administração da companhia. A verdade é que muitas vezes as crises lançam-nos desafios que, se encarados de maneira correcta e com a atitude certa, nos abrem as portas para os resolver e solucionar com opções bastante válidas. Ora, se houve uma realidade que todo este clima e ambiente negativo em redor da TNA proporcionou, foi a necessidade da promotora apostar nos jovens wrestlers e de lhes proporcionar um maior espaço e tempo de antena. De facto, se tivermos o cuidado de analisar a história da TNA, facilmente, verificamos que a falta de talento e qualidade dos seus lutadores nunca foi e/ou constituiu um problema, pelo que deve ser encarado com total naturalidade o facto de o espaço deixado vago por alguns wrestlers já consagrados que foram saindo, estar a ser bastante bem ocupado (e em algumas situações melhor aproveitado e rentabilizado) com a ascenção de uma nova geração de talentos...de wrestlers que trazem consigo, verdadeiramente, a marca TNA.

Deste modo, mesmo que a TNA perca algum do seu star power e grandes nomes como Bully Ray e Devon, como Jeff Hardy e Matt Hardy, como Kurt Angle e Bobby Lashley, entre outros, a verdade é que a companhia já segurou o presente e assegurou o futuro com nomes como Bram e Magnus, Gunner e Samuel Shaw, Kenny King e Robbie E e/ou, especialmente, Ethan Carter (EC3). Jovens wrestlers cuja juventude permite adivinhar um futuro ao mais alto nível durante onze ou doze anos; jovens talentos cuja qualidade permite garantir, desde já, a apresentação de combates atraentes e conseguidos, assim como um excelente desenpenho no que ao entretenimento diz respeito (mic skills – promos, entrevistas, segmentos de backstage, etc); jovens lutadores que pelo potencial que evidenciam nos deixam esperançados quanto à possibilidade da TNA, pela primeira vez, conseguir lançar o seu grande drawer (e aqui, a minha aposta vai, claramente, para EC3).


E para vocês, a TNA tem feito bem em renovar com os jovens talentos!? Quais os wrestlers mais jovens que mais apreciam na TNA?!


Um Abraço,
Dias Ferreira


PS: Não se esqueçam de indicar mais temas e assuntos que gostassem de ver ser tratados neste espaço.



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1 comentários:

Bom, novamente nos trouxeste aqui um bom tema e não desapontaste. Aqui não vejo qualquer discordo entre o que disseste e o que é a minha opinião pessoal. Portanto vou somente responder às questões que lançaste.

Claro que a TNA tem feito bem em renovar com o talento jovem, afinal de costas, a TNA neste momento não tem um main event tão jovem como a WWE, onde há main eventers nos seus early 30s. Não vejo a carreira do Bully ou do Jeff por exemplo a durarem mais que 3 ou 4 anos. O Austin Aries e o Bobby Roode também já passaram a marca dos 35 e já não serão à partida opções para mais uma década. Como tal faz todo o sentido construir o futuro.

Quanto à segunda questão, já aqui no Wrestling Spam, no meu 1º artigo expressei a minha admiração pelo trabalho do EC3, parte do qual devendo-se também à equipa criativa que tem sabido construir um bom booking para ele. Depois tenho que salientar que também o Kenny King me tem agradado recentemente, apesar de também ele já estar perto dos 35. De resto, sempre fui fã do Davey Richards e numa eventual separação dos Wolves, este será sem dúvida o membro a apostar e deveria ser construído como uma wrestling machine ao estilo de Chris Benoit. Por fim, com 26 anos... ainda há certamente salvação para o Magnus, que poderia ter bem sido o tal 1º grande drawer construído na TNA.

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