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sábado, 13 de setembro de 2014

Booker de Sofá #9 - Analise NXT Takeover: Fatal 4 Way


Boas, tenho estado um pouco ausente, mas está na hora de "regressar". Ora, para os mais distraídos no dia 11 de Setembro de 2014, ocorreu mais um evento especial do NXT. Antes demais, gostava de dizer que não tenho acompanhado nos últimos tempos o produto do NXT, mas ainda assim não consegui saltar este evento especial da brand de desenvolvimento da WWE. 




Ora, antes de mais gostava de dizer que quer no arRival quer no primeiro Takeover, a qualidade de ambos os eventos foi muito boa. No arRival podemos assistir ao melhor combate de sempre da história do NXT, o tão aclamado Cesaro vs Sami Zayn, enquanto que no Takeover tivemos um dos melhores combates femininos de sempre, Natalya vs Charlotte. E diga-se que no geral, os restantes combates foram bastante bons.

Bem, mas vamos lá falar do NXT Takeover: Fatal 4 Way. À primeira vista, pareceu-me que dos três eventos especiais do NXT, este era aquele com um card menos entusiasmante, e confesso que os combates pelo qual mais ansiava eram o Main Event e o combate pelo NXT Women's Championship, mas ainda assim tive curiosidade em ver aquilo que seria apresentado desta vez.

NXT Tag Team Championship: The Ascension vs Lucha Dragons



Tenho de dar a minha opinião em relação a cada uma das equipas, antes de poder fazer a analise do combate. Não sou o maior fã dos Ascension, aliás muito provavelmente nem sequer sou fã. Eles são dominantes, mas essa que é a maior qualidade deles é curiosamente o seu maior defeito. Eles eclipsaram por completo o resto da divisão de tag. Antigamente esta formula resultava na perfeição, mas actualmente mais do que nunca, é necessário fazer com que os oponentes pareçam credíveis, e eles falham bastante neste ponto.

Quanto aos Lucha Dragons tenho a dizer o seguinte: Não tenho nada contra o actual Sin Cara ( Hunico), mas já não há aquele interesse na personagem desde que o original Sin Cara fracassou, mas tenho grandes expectativas para o Kalisto porque me parece ser um wrestler extremamente atlético e acredito que é alguém capaz de preencher a lacuna deixada por Rey Mysterio.

Gostei do facto disto ser o confronto inicial, pois o opener é dos combates mais importantes de um show, e isto conseguiu cumprir o seu papel ao deixar o público interessado. Foi um opener sólido, serviu para mostrar o atletismo do Kalisto e do Sin Cara e ao mesmo tempo continuar a vender os Ascension como uma equipa dominante, e conseguiram fazer uma boa hot tag onde a equipa babyface realiza o comeback, deixando o público completamente por detrás dos Lucha Dragons, contudo achei que poderia ter sido um combate um pouco mais longo.

Rating:**3/4

CJ Parker vs Baron Corbin



Eu não desgosto do conceito da personagem do CJ Parker. Aquele heel com uma boa mensagem, mas que a explica de um modo nada apelativo. Faz-me lembrar o CM Punk, quando ele era o líder da Straigh Edge Society. O problema é que o CJ não têm a capacidade de fazer brilhar o conceito da sua gimnick.

Em vi o NXT Takeover em directo, mas não vi este combate. Só o consegui ver quando saquei o evento. Pois, isto foi um Squash, mas daqueles bem rápidos sem muito a dizer.


Rating: 1/2 *
Hair vs Hair Match: Enzo Amore(com Colin Cassady) vs Sylvester Lefort(com Marcus Louis)


Antes do combate acontecer temos um segmento com o Enzo Amore e Colin Cassady, assim como uma promo enquanto estes dois se dirigem para o ringue. O Enzo é um tipo que está totalmente confortável com um microfone na mão, e têm motivos para isso pois é dos melhores prommers da NXT.

O combate não é bom, mas também não é mau.  Isto também não era suposto ser um grande combate, mas sim um combate cómico e capaz de entreter o público. No final, Syvester Lefort foge e quem acaba por sofrer é o seu parceiro, Marcus Louis que mais tarde mostra-se careca.

Rating:**(tendo em conta apenas o combate)

Debut do KENTA



Este foi o debut, de um dos melhor in-ring perfomers da última década. KENTA é um wrestler que já têm vários classicos contra vários wrestlers de diferentes estilos, e isso mostra o quão bom é o japonês dentro de ringue.

O debut dele não foi nada por aí além, mas o público estava ansioso pela presença de KENTA. É óbvio que ele não é grande prommer, tendo em conta que ele ainda se está a adaptar-se à língua inglesa. Pelo menos nota-se que está a esforçar-se, ao contrário daquilo que aconteceu com Místico. E o público pode ver um pouco daquilo que ele é capaz, quando este defendeu-se dos Ascension. Acho que no caso de KENTA era desnecessário mudar o nome.

Bull Dempseu vs Mojo Rawley



Pode não parecer, mas o gimnick do Mojo é uma versão PG de alguém que anda a tomar certas substancias.

Isto foi outro squash, e percebe-se um pouco o porquê. Isto são dois lutadores que ocupam um pouco o mesmo lugar no roster. O Bull parece um tipo que consegue aproveitar melhor o seu visual para ter uma boa presença do que o Mojo.

Rating:1/2*

NXT Women's Championship: Bayley vs Charlotte



No NXT, o wrestling feminino tem um destaque muito maior do que no main roster. E a qualidade é também maior. Basta ver aquilo que se passou no NXT arRival entre a Paige e a Emma e o clássico do Takeover entre a Natalya e a actual NXT Women's Champion, Charlotte.

A Bayley é aquela underdog que têm o sonho de tornar-se NXT Women's Champion, enquanto que a Charlotte é a heel dominante, e foi essa a história do combate que elas nos contaram. Tanto a Bayley como a Charlotte são boas wrestlers que conseguiram contaram uma boa história, e para além disso conseguiram apresentar bons spots. No que toca ao in-ring work, a Charlotte está mais que pronta para o main roster, pena foi ter falhado aquele Moonsault, mas as reacções das wresters antes de aquele Natural Selection compensaram logo essa falha imediatamente.

Após o combate, Sasha Banks ataca a Bayley mas a Charlotte protege-a , fazendo assim um pequeno tease para 

Não foi tão bom como o Paige vs Emma, e certamente não foi tão bom como o Natalya vs Charlotte, mas é um combate que vale a pena ver.

Rating:***1/2

NXT Championship: Adrian Neville vs Sami Zayn vs Tyler Breeze vs Tyson Kidd


Facilmente o combate da noite, e tendo em conta os intervenientes percebe-se o porquê. Tyler Breeze é uma personagem que têm feito imenso sucesso no NXT, Tyson Kidd é dos in-ring perfomers mais underrated da última década e tem sido prejudicado pela sua dificuldade em conectar-se com o público, Adrian Neville é dos melhore high-flyers e dos wrestlers com um melhor atletismo. E depois há Sami Zayn, que é um génio dentro do ringue. É óbvio que ele ainda não têm as melhores mic skills e que o seu visual não é o melhor. Mas não há nenhum wrestler superior a Zayn no NXT. Um babyface tem de ter um determinado tipo de selling, e  actualmente não há nenhum wrestler num Mundo superior a isso a Sami Zayn. E o facto de lhe terem reforçado a mascara, só reforçou isso. Para ele, adicionar drama a um combate é algo natural, e é ele quem carrega este combate para um nível mais alto.



No geral foi um bom combate, gostei de ao longo do combate o Tyler e Tyson terem criado uma aliança para castigar os babyfaces e de terem feito hype para um momento em que o Zayn e o Neville estivessem sós dentro do ringue. Acção rápida, bons spots, várias near-falls e com um bom final, com Neville a ter algum desenvolvimento de personagem e a "roubar" a vitória a Sami Zayn, com o NXT Champion a interromper a contagem num pinfall feito a Tyson Kidd, tirando o arbitro do ringue. Seguiu-se um Superkick a Zayn e um Red Arrow a Kidd e Adrian Neville acabaria por reter o titulo.

Rating:****

No geral, foi um show que, tal como esperado, inferior ao arRival e ao Takeover, mas ainda assim conseguiu ser um show razoável com um bom Main Event.

Prestação da Noite: Sami Zayn

Melhor Momento da Noite: Adrian Neville "rouba" a vitória a Sami Zayn

Rating Final: 7/10

3 comentários:

Pareceu-me uma boa review e, apesar de só ter visto o main event consigo perceber os ratings que dás. Não estranho o rating tão baixo ao opener pelos títulos. São duas equipas que não têm muito em comum e apesar de calcular que não tenha sido nada doloroso de ver, também julgo que não seja uma coisa para se ver múltiplas vezes. Sem muito mais a dizer... digo apenas que me esqueci do "Melhor momento" na minha última review. Obrigado por me lembrares involuntariamente.

Ora bem, antes de mais, os meus parabéns pelo excelente review.

Acho, contudo, que foi um evento que ficou algo aquém das expectativas...não gosto de equipas de luchadores nem de luchadores em particular, penso que os seus personagens estão extremamente condicionados no que toca ao entretenimento e isso limita as storylines e rivalidades de que participam. No fundo a sua contenda com os Ascencion resumiu-se ao facto de terem vencido um torneio para coroar os novos 1º contenders e cobrar com sucesso essa oportunidade. Acredito que depois de um reinado tão longo e dominador os Ascencion deveriam ter perdido os títulos numa história mais profunda...mas pronto, compreendo que o objectivo é libertá-los para o main roster. O combate foi tão só e apenas normal...

Não gosto do CJ Parker e acho que ele não vai a lugar nenhum, mas também não antevejo um grande futuro ao Baron Corbin, que agora fez uma espécie de reset...vamos ver ser com este push a WWE prova que estou enganado.

Adoro o Enzo Amore, mas ele não é definitivamente alguém que valha a pena ter dentro do ringue, ele tem potencial e qualidade para ser um manager genial, mas dentro do ringue será apenas fraco...ora, o combate entre ele e o Lefort não foi mais que isso, fraco. Já para não dizer que a essencia de um hair match é os espectadores, no final do combate, verem o derrotado ter o seu cabelo cortado e não o seu parceiro, muito menos faze-lo no backstage ás escondidas do público.

Apesar de alguns tiques nervosos e de ainda estar a aprender ingles, gostei bastante do Kenta...nota-se que é alguém extremamente carismático e que tem muita vontade de demonstrar as suas qualidades de entertainer.

Quanto ao Bull Dempsey, devo confessar que também não lhe consigo antever um grande futuro...sobretudo porque não tem imagem e tamanho para ser o tipo dominador que querem vender. Depois, estas gimmicks old school já não colhem muito...nem sequer na ROH onde o in-ring work tem uma preponderancia muito superior...o Michael Elgin e o seu curto reinado são um excelente exemplo disso. Já o Mojo Rawley é, a meu ver, um completo zero e, por isso, compreendo perfeitamente os sucessivos squashes...só não entendo a razão de ainda não o terem despachado.

Adora a Charlotte e odeio a Bayley, acho que ela nunca chegará a lugar algum...não é grande coisa no ringue, tem uma personagem altamente estúpida e não pode ter um micro nas mãos...acredito muito mais na Sasha Banks e, por isso, espero que quando a Charlotte perder o título, afim de subir ao roster principal, o faça para a sua antiga parceira.

Por último, confesso, também, que não gosto de nenhum dos lutadores que esteve no main event e que não consigo ve-los ter sucesso ao mais alto nível na WWE...o combate entre ambos não foi muito diferente daquilo que nos tem vindo a proporcionar nos shows semanais do NXT...muita velocidade, muito spot, pouca história. Há quem goste e eu respeito, mas não ofereceram nada que me agradece ou deixe entusiasmado.

Continua, Abraço

Não possso concordar com aquilo que disseste em relação ao ME. Houve spots e houve velocidade, mas também houve história, drama e uma boa construção. Conseguiram hypar e bem o momento em que o Adrian Neville e o Zayn estivessem juntos, o que dá muito mais valor aquele momento em que o Neville rouba a vitória ao Sami. O Sami Zayn adiciona uma quantidade de drama enorme ao combate, quer seja quando está a sós com o Tyson Kidd, quer seja como reage à "traição" do Neville( onde ocorre desenvolvimento de personagem)
Ya, também não os vejo a fazerem parte do Main Event, mas actualmente o Zayn é um role-model daquele que um babyface de topo têm de fazer dentro do ringue, é espantoso a facilidade com que ele põe drama e emoção num combate. Já não é a primeira vez que o faz com sucesso( relembro os confrontos com Cesaro e do Kevin Steen), e não será a última.

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