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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Dias is That Damn Good #211 – "Pro Wrestling e Cinema"

Boas Pessoal!



Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com mais história na nossa CWO ;)

Desenganem-se aqueles que pelo subtítulo julgaram que este texto iria debruçar-se sobre a WWE Filmes, as estrelas da modalidade que brilham em Hollywood ou, ainda, sobre as vantagens da participação de actores e actrizes consagrados na programação das maiores companhias de Pro Wrestling. Não, não é disso que este artigo trata.
A presente edição do Dias is That Damn Good irá analisar e procurar explicar, antes, a importância que a produção do estilo cinematográfico poderá desempenhar se bem adaptada á indústria do sports entertainment, assim como melhorar substancialmente a sua qualidade, interesse e poder de atracção.


Não percam, por isso, as próximas linhas…



Como já tive oportunidade de referir por diversas ocasiões, o Pro Wrestling não trata de uma luta verdadeira e real, versa antes sobre um combate e confronto que é encenado e durante o qual os seus participantes, os wrestlers, procuram contar ás plateias e telespectadores uma história, utilizando-se da capacidade atlética dos seus corpos. No mesmo sentido, o sports entertainment, estilo mais capaz e que melhores resultados demonstrou na sua disseminação e expansão ao grande público e massas, acrescentando-lhe uma vertente fundamental de entretenimento, como os gimmicks, as entrances e as storylines, procura dotar os diversos embates de uma razão e factor aditivo de interesse, capaz de entusiasmar o público-alvo, ao mesmo tempo que assegura os números, em vendas e ratings, que  tornam num sucesso. Ora é a este fenómeno e situação que normalmente damos o nome de build up…


No entanto, se olhar-mos para a actualidade e, em particular, para as duas promotoras de maior visibilidade em solo norte-americano e por consequência mundial – A WWE e a TNA – verificamos que esta fórmula de sucesso tem perdido muita da sua preponderância e sido, inclusive, negligenciada. Pois ao focaram-se cada vez mais no trabalho atlético dos seus praticantes e ao colocarem praticamente todo o enfase no desenrolar dos próprios combates, em claro detrimento do entretenimento, é isso que tem acontecido. E essa situação está a revelar-se e a repercutir efeitos e consequências amplamente negativos, que se reflectem na perda de assistências, de telespectadores e ratings, numa enorme queda dos buyrates de PPVs e, acima de tudo, a um nível estrutural, no decréscimo da importância e influencia que a programação ligada ao Pro Wrestling detem no mercado televisivo – sua grande fonte de rendimentos.



Há uns anos, Paul Levesque – aka Triple H – instado a dar a sua opinião sobre o que diferia o Pro Wrestling das Mixed Martial Arts, referiu que o Pro Wrestling era como o Rocky, e eu não posso encontrar uma analogia e-ou exemplo mais feliz. De facto o Pro Wrestling na sua interpretação e leitura de maior sucesso, o Sports Entertainment, tem muito de Rocky. Infelizmente, ultimamente, não tem tido ou pelo menos não tem tido tanto quanto deveria. Caso contrário, não assistia-mos recorrentemente e de um modo constante á marcação de combates sem qualquer história ou razão que justifique o confronto entre os seus intervenientes, á repetição exaustiva dos mesmos matches, á construção de cards de PPVs sem qualquer alcance e interesse, á inexistência de grandes angles e storylines que prendam a atenção dos fãs, sejam eles espectadores ou telespectadores e chamar novos públicos, etc. Portanto, não basta dizer que o Pro Wrestling é como o Rocky, só porque deve se-lo e essa é a verdade, é necessário fazer com que a modalidade e os seus conteúdos, realmente, se comportam e-ou apresentem como tal.


Deste modo, ir de encontro ao pensamento e ideia transmitidos por Triple H, passa por dar uma atenção e importância muito maiores ao build up. Passa por olhar para os grande filmes de acção – ou de porrada como lhes quiserem chamar lol – e compreender como é imprescindível criar toda uma história, enredo e caminho que despertem o interesse para o derradeiro encontro e dessa forma o tornem super atractivo. Passará, ainda e sempre, por conseguir, através de avanços e recuos, que ambos os adversários não combatam entre si até ao match que se pretende vender e, ao mesmo tempo, que se enfrentam sem ser por palavras o mínimo possível. Por outro lado, acredito que as clássicas entrevistas e promos de backstage estão completamente ultrapassadas e que é necessário incorporar novas formas de promoção de combates e rivalidades…penso ser importante dar destaque, por exemplo, aos treinos de ambos os adversários, atribuir uma banda sonora ou música tipo á feud – muito como acontece no filme Rocky…enfim, um conjunto de técnicas que a vertente cinematográfica utiliza nos seus filmes e que, como disse, bem aplicadas e adaptadas ao Pro Wrestling, certamente, trariam uma maior qualidade e capacidade de atracção.


E vocês, pensam que a utilização de algumas técnicas da indústria cinematográfica poderiam ajudar na produção do Pro Wrestling?! De que modo?! Que tipo de técnicas?!



Um Abraço,
Dias Ferreira


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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Dias is That Damn Good #210 – "Lack of Attitude and Ambition"

Boas Pessoal!


Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com mais história na nossa CWO ;)

Ao longo do último mês, algumas das declarações proferidas por Vince McMahon no podcast de Steve Austin geraram um sem número de reacções negativas na comunidade de wrestling online e no próprio balneário da WWE.

Ora, tendo em conta que o aspecto mais duro e frio das suas declarações está relacionado com a resposta á questão – O que difere os talentos de hoje daqueles que compunham o roster da WWE nos tempos de Steve Austin – á qual Vince respondeu que os talentos actuais denotam alguma falta de atitude e ambição face aos seus antecessores, julgo ser importante avaliar a justeza destas afirmações, o que pode ter levado McMahon a proferi-las e, inclusive, que condições e contexto levam a que esta mesma ideia e questão possa ser levantada.


Será, portanto, a este role de interrogações que procurarei responder no desenvolvimento do presente texto. Não percam, por isso, as próximas linhas…



Confesso que a primeira leitura e análise que fiz a toda esta problemática me levou a considera-la, de uma modo simplista, numa mera tentativa de espicaçar e motivar os talentos. Contudo, se nos debruçar-mos sobre este fenómeno de uma forma mais profunda, facilmente, compreendemos que a raíz do problema é bastante mais complexa e ramificada. Uma raíz que toca em aspectos fundamentais, que se interligam e complementam entre si. A falta de experiencia e maturidade dos novos talentos, a inexistência de uma planificação e rumo criativos e, ainda, os constrangimentos causados pelas fantásticas parcerias e acordos financeiro-económicos.

Relativamente á primeira situação que levantei, é necessário compreender que a ausência dos antigos territórios, da WCW e de uma alternativa á WWE, no que respeita a actuar para grandes e largos públicos, provoca necessariamente um desenvolvimento mais lento e de qualidade inferior aos jovens wrestlers, uma vez que se veem obrigrados a actuar para pequenas plateias no circuito independente onde, compreensivelmente, necessitam de capacitar-se e de recorrer a um estilo que é bastante diferente daquele que as cameras de tv e um público main stream exigem. Essa situação, como é natural, reflecte-se numa maior dificuldade de adaptação á WWE e seus fãs. Por outro lado, ao longo dos últimos anos, assistiu-se a uma brutal perda de importância do factor criativo, sendo cada vez menor em número e qualidade a apresentação de gimmicks e storylines com real interesse, capazes de entusiasmar as massas e, sobretudo, de alimentar a construção de grandes combates e confrontos que se querem épicos. Por último, se por um lado todas as grandes parcerias e acordos comerciais vieram dar á WWE inúmeros proveitos financeiro-económicos e uma consequente estabilidade, não deixa de ser um facto, por outro prisma, que as condicionantes e constrangimentos por eles impostos no que se refere á abordagem de temas controversos e fracturantes da sociedade norte-americana e, até, global veem impedir, de um movo evidente, muito material criativo – outside of the box – e de tremendo potencial.



Se em todo o caso consideram que aquilo que escrevi anteriormente é demasiado abastracto e sentem dificuldade em identifica-lo ou reconhece-lo na prática, então deixem-me que concretize com exemplos bem actuais e visíveis. O roster principal da WWE é constituído na sua maioria por antigos indy guys e aqueles que não o são, proveem dos territórios de desenvolvimento da empresa, apresentando, por isso, poucos anos de actividade na modalidade e a consequente falta de experiencia que decorre dessa situação. Mas a falta de experiencia não se reflecte em juventude, basta que para isso verifiquemos que apenas Roman Reigns e Bray Wyatt não chegaram ao 30 anos. Ora toda esta situação vem comprovar a lentidão que pauto o actual processo de desenvolvimento das novas estrelas, mesmo com o auxílio dos territórios de desenvolvimento, do WWE Performance Center e do programa NXT. Neste sentido, consigo compreender que são colocadas mais e maiores dificuldades e desafios ao processo criativo e ás equipas responsáveis pelo mesmo, porque se torna fundamental produzir mais e melhor, mas também dar a protecção necessária aos jovens talentos no sentido de realçar as suas qualidades e corrigir e-ou disfarçar os seus defeitos. Mas já não consigo aceitar a fala de qualidade dos writers que a compõem, nem a apatia e benevolência de quem lidera. Pergunto se é aceitável que RAW após RAW e SmackDown após SmackDown assista-mos a programas inteiros sem quaisquer histórias ou acontecimento de relevo? Questiono se fará sentido construir um card com combates completamente aleatórios e sem que razões de relevo levem os participantes a enfrentar-se?

Depois, há também a questão da protecção aos talentos de que falei e que está a ser completamente negligenciada. Se programa atrás de programa assisti-mos a John Cena vs. Seth Rollins e-ou a Dean Ambrose vs. Bray Wyatt, como esperam que o público não se farte? Esperam realmente que isso não desgaste os wrestlers em causa e que as plateias deixem de lhes reagir? Mais importante ainda, acreditam que um combate que ocorreu milhares de vezes seja capaz de entusiasmar alguém e de vender PPVs? Dizem, por exemplo, que o Roman Reigns tem ring skills e mic skills fracas, o que não deixa de ser um facto, mas se se trata de um jovem com excelente imagem, com grande carisma, com um personagem interessante e com elevado potencial, porque raio não o proteger? Esperam que alguém com pouca experiencia no ringue não leve com cânticos de boring quando tem de enfrentar o Big Show? Acham que uma cath phrase – Believe That – leva alguém a algum lado? E que é que lhe escreve promos de erda que até ao The Rock custariam a colocar over? Um bad ass não precisa falar muito, falar pouco até lhe um ar místico e maior interesse, mas quando fala, tem de dizer algo com impacto e substancia.


Enfim, todo um role de questões que me levam a pegar nas afirmações de Vince McMahon e a inverte-las…não acho que os talentos tenham falta de atitude e de ambição, penso sim que estão limitados pelo contexto em que surgiram na modalidade, pelas fraquíssimas equipas criativas que tem estado na WWE e pela própria postura apática e benevolente de quem dirige a companhia. Portanto, estou em querer que a quem tem faltado, claramente, atitude e ambição é a Vince McMahon.



E vocês, o que pensam das afirmações de Vince McMahon a respeito da falta de atitude e ambições dos jovens talentos?!



Um Abraço,
Dias Ferreira


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domingo, 9 de novembro de 2014

Spinebuster #3 - Lucha Underground

Boas pessoal, eu sou o Slaker 21 e sejam muito bem-vindos à terceira edição do "Spinebuster", nesta edição ia falar sobre outro assunto completamente diferente, mas depois de ter assistido ao novo projeto da AAA, não poderia ficar indiferente... vou vos falar, então, sobre a "Lucha Underground" e sobre aquilo que foi o primeiro episódio!






A "Lucha Underground" é o mais recente projeto no mundo do wrestling que promete uma revolução na industria...
Ao contrário de todas as outras promoções, a "LU" aproxima-se mais de um estilo menos tradicional e mais televisivo, ou seja, é basicamente uma série televisiva, baseada na Lucha Libre Mexicana, e é produzida por Robert Rodriguez.

A série é transmitida todas as quartas-feiras na El Rey Network.






O Roster é composto por lutadores da AAA e também do circuito independente americano e tem uma storyline bem definida.
É uma espécie de melhor de dois mundos para o povo Mexicano, novela e wrestling.
Os segmentos são filmados em zonas completamente diferentes daquilo que estamos habituados, é dada a preferência a sitios tradicionais de bairros latinos.
As histórias são mais pessoais e os angles semelhantes aos de filmes, distanciando-se mais uma vez de tudo aquilo que estávamos acostumados







O primeiro episódio desta história começa com Dário Cueto, o espanhol presidente da companhia a explicar de que é que esta se iria tratar. Ele afirma que as portas da empresa estariam abertas para todos os lutadores, com a finalidade de encontrar o melhor "luchador" de todos, e que o "luchador" que mais o impressionasse naquela noite receberia uma enorme quantia de dinheiro, o que leva logo a um motivo para que os combates acontecessem e não só porque sim, tal como acontece na maioria das vezes nas outras companhias. 
Dário é um claro "heel", um mafioso à antiga, e que apenas quer utilizar a sua empresa para seu próprio prazer.





O primeiro combate da noite é entre dois "luchadores" oriundos de famílias lendárias...
Um é Blue Demon Jr., filho da lenda Blue Demon, que foi um dos mais famosos "luchadores" 

dos anos 60,70 e 80 e que faleceu no ano 2000.
O outro é o conhecido Chavo Guerrero Jr., da famosa família Guerrero, que dispensam apresentações.







O segundo combate foi entre um homem e uma mulher...
De um lado temos Son of Havoc, conhecido como Matt Cross pelas indys americanas e pela breve passagem na WWE.
Do outro lado temos Sexy Star, uma lutadora sensual que afirma já se ter sentido intimidada por homens mas que agora os enfrenta sem problema e com o objetivo de representar todas as mulheres que são como ela foi.






Para o Main-Event temos um combate que é anunciado no escritório de Cueto...
O "Hulk Hogan Mexicano" Konnan afirma ter descoberto aquele que pode vir a ser o vencedor do milionário prémio que Cueto prometeu nas ruas e que esse "luchador" se chama Prince Puma, e Cueto diz que para enfrentar essa tal estrela trará de volta o famoso Johnny Mundo. Passa um segmento da vida de Puma em que mais uma vez se realça a diferença desta companhia para as outras.
Para este Main-Event temos então...
De um lado Johnny Mundo
, conhecido como John Morrison ou Johnny Nitro pelos lados da WWE. Um lutador famoso, com talento mais que reconhecido e que finalmente está no sitio certo para ele.
Do outro, aquele considero, pessoalmente, o melhor lutador do momento, Prince Puma. Conhecido como Ricochet pelas indys, Puma foi recrutado por Konnan nas ruas do México, e procura na Lucha Libre a sua salvação.
Muito sinceramente... um dos combates do ano, apesar da sua simplicidade.



Para quem terá ido o prémio? Será que Cueto cumpriu a sua promessa? Não percam!!


Links aqui:


Como conclusão final deixo aqui a minha opinião...
Neste momento, este é o projeto mais prometedor, e tenho a certeza que isto é futuro do wrestling, não a companhia, mas sim a forma como tudo acontece, uma maior aproximação da forma como
 se realizam os filmes e afastamento do wrestling tradicional, porque isto é assim... As coisas evoluem, tudo muda, nada fica igual, e este será com certeza o rumo que a industria do wrestling vai levar.

E vocês o que acham deste novo projeto?
Concordam com a minha opinião? Deixem a vossa aí em baixo!
Ah e não se esqueçam de sugerir temas para abordar no futuro, até para a semana ;)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Break the Walls Down #4 - Guerra Fria

 Boas CWO! Após algum período de tempo, o Break the Walls Down volta ao ativo. Peço desculpa, mas como devem imaginar, vida de estudante não é exatamente fácil e por vezes o tempo escasseia, contudo cá estou eu de volta para vos dar a conhecer as minhas perspectivas no mundo do Wrestling atualmente. Espero que gostem.

 Pelo título deste artigo já devem ter reparado que vou falar da construção da personagem do Rusev até agora, que tem sido alvo de aposta forte por parte da WWE nos últimos tempos. Pretendo expor-vos as minhas visões relativamente ao Rusev e à construção de que tem sido alvo. Fiquem para ver e espero que gostem:



 Decerto, estão fartos de ler neste espaço, que o mundo é feito de evoluções. Neste aspeto a personagem do Rusev tem feito uma grande evolução desde que se apresentou no NXT como búlgaro e sem manager. A evolução da personagem trouxe mais interesse à personagem, uma razão para os fãs odiarem a personagem, mas temabém colocou a mesma numa posição de alto risco. A personagem tem um conceito simples, a ideia do vilão estrangeiro. Este ideal poucas vezes resultou num histórico recente, já para não falar que está sempre sujeito a riscos externos, que podem muito bem comprometer o sucesso da personagem e em alguns casos o futuro do Wrestler em si. Quem não se lembra de Muhammad Hassan, o vilão árabe que viu a aposta na sua personagem ser cancelada por causa dos bombardeamentos de Londres? Apesar destes contras, como fã de Wrestling, achei por bem dar uma oportunidade à personagem.


Muhammad Hassan, aquele que por muitos era apontado como um vilão de futuro, viu a aposta na sua personagem acabar repentinamente, devido ao bombardeamento de Londres.


 Na sua chegada ao Main Roster, confesso que nunca fui grande apoiante desta gimmick, porque para mim um heel que vive à base de cheap heat (para quem não sabe é o heat fácil, obtido por exemplo ao insultar uma cidade ou os fãs) não merece mérito nenhum, pois chegar a uma arena, insultar um fã e receber assobios não é algo digno de merecer o respeito pelo seu trabalho, porque receber reações à base de cheap heat, está ao alcance do Wrestler mais insignificante. Mas ao longo do tempo a personagem tem me vindo a contrariar, e provou me que não vive só à base de cheap heat. Prova de tal, foi a reação que o Swagger obteu ao fazer frente ao Rusev, reações daquelas não acontecem por mero acaso. Por alguma razão os fãs perderam a cabeça e começaram a gritar "Let's go Swagger".




 Não é segredo para ninguém, que o Rusev foi um daqueles Wrestlers que a WWE desde cedo definiu, que queriam ver no seu Main Event. O Rusev assim como em tempos foi o Batista, John Cena, e agora o Roman Reigns nasceu num berço de ouro, e não terá de trabalhar e batalhar tanto como o CM Punk e o Daniel Bryan fizeram, para atingir o estatuto a que chegaram. O grande problema que a maioria dos Wrestlers da WWE atravessa para não atingir o Main Event, é o facto de não possuir o apoio da WWE, e neste ponto o Rusev leva desde já vantagem, e está assim destinada a chegar ao Main Event. Mas a personagem tem muitos obstáculos pela frente. Já rezava o velho ditado: Chegar ao topo é fácil, manter-se lá é que é difícil.

 Comecemos por ver o que é o Main Event na WWE. O Main Event tem a função de vender um especial, pelo mundo todo, internacionalmente. Os Wrestlers que se encontram no Main Event têm de ser capazes de causar interesse na sua história por todo o mundo, para que as vendas do PPV sejam o mais altas possíveis. Mas com o Rusev no Main Event, será que isto será fácil? Eu duvido seriamente.

O Main Event tem de encher arenas como esta e outras tantas à volta do mundo.

 A personagem do Rusev vive à base da rivalidade "USA vs RÚSSIA". Então se o Main Event tem de vender um PPV para os fãs Americanos, e todos os restantes à volta do mundo (ou seja, os fãs internacionais). Seguindo esta lógica, porque razão é que os fãs internacionais se devem investir emocionalmente no Main Event, se a guerra USA vs Rússia, não lhes diz nada? Apesar deste ser um dos problemas da personagem do Rusev, é o maior deles todos. No Futebol acontece a mesma coisa: Recentemente tivemos o Mundial do Brasil. Após Portugal ser eliminado, apenas continuámos a ver o Mundial por sermos fãs de futebol, contudo não nos investimos emocionalmente nos restantes jogos do mundial. A personagem só resulta para um certo tipo de fãs, e isto para uma empresa internacionalmente mais que reconhecida como é a WWE, é um grande problema.


Depois de ver a nossa seleção ser eliminada, muitos de nós deixaram de se investir emocionalmente nos jogos.


 A WWE não pode esperar encher o Main Event de 4 ou 5 PPVs, com a storyline da Guerra. Em primeiro lugar pelo problema do Main Event ter de vender internacionalmente, e segundo porque a ideia da personagem pode ficar repetitiva. Até agora, todas as rivalidades em que Rusev esteve envolvido foram sempre do mesmo tipo, o que é compreensível, contudo a WWE tem de inovar em alguma coisa, caso contrário corre o risco de estagnar a personagem. A WWE está a criar hype para alguém parar o Rusev, e é nisto que as rivalidades se baseiam. Então quando o Rusev for parado o que deve acontecer? Tudo pormenores sobre os quais a WWE tem de pensar.


A prova viva em como as repetições enjoam. 

 É extremamente difícil construir e trabalhar a personagem do Rusev. Até agora a única rivalidade a sério que o Rusev teve pela frente foi com o Jack Swagger, e porquê? Porque a história apresentada foi genuína. Os fãs tinham um herói cuja personagem de patriota vinha sendo desenvolvida à mais de um ano, e um vilão estrangeiro anti-USA, ambas personagens que já tinham as suas ideias desenvolvidas, e representam exatamente o oposto uma da outra. Devido ao patriotismo verdadeiro do Swagger, o Rusev teve um adversário à altura e que em storyline era mais que verídico. Coisa que não aconteceu em mais nenhuma rivalidade até à data. Olhamos para Big Show, Mark Henry e Big E e é notório que a WWE apenas os caracterizou como patriotas para esta rivalidade do Rusev, e este tipo de patriotismo hipócrita não cria ansiedade nenhuma na cabeça dos fãs, pois estes mesmos fãs, conseguem ver que estão perante um herói que defende uma ideia que nunca foi apresentada como caraterística da sua personagem.



 Para além disto ainda há a vertente da Rússia. Como podem bem imaginar, a programação da WWE tem transmissão na Rússia, e como tal não faria sentido na Rússia apresentar o Rusev como vilão, uma vez que contra tudo e contra todos este está a defender as cores do "seu país". É natural o facto de Rusev ser encarado como o face na Rússia. Então à partida os adversários do Rusev têm de ser heels supostamente. Com os rumores que aí correm de meter o Rusev em rivalidade com o Cena, vão fazer do Cena heel na Rússia?

 A personagem tem potencial, tem obtido grandes reações do público, deu aos fãs uma razão para odiarem a personagem, e está cada vez mais a consolidar-se como um dos maiores heels da empresa. Mas o facto de tudo estar a correr bem até agora, não quer dizer que a personagem vai atingir o Main Event facilmente. De um momento para outro todo este trabalho pode ser arruinado e está nas mãos da WWE impedir que isto aconteça.

 Meus amigos é tudo por hoje. Como se devem lembrar (provavelmente não se lembram eu sei) no primeiro artigo deste espaço disse que assim que a taça Tarzan Taborda estivesse disponível online, eu prometi que faria uma review e para a semana (se tudo correr bem) cá estarei eu com uma revisão do evento organizado pela APW, Taça Tarzan Taborda 2014. Hoje não haverá combate da semana, uma vez que para a semana vou analisar todos os combates da taça. Não se esqueçam de deixar as vossas opiniões nos comentários, até para a semana e fiquem bem!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

WS TV | WWE Monday Night RAW - 27 de Outubro de 2014 (VÍDEOS)


O WWE Monday Night Raw desta semana apresenta-nos o rescaldo do Hell in a Cell e aponta, desde logo, baterias á construção do Survivor Series que se realizará no próximo mes de Novembro.



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

WWE PPVs | WWE Hell in a Cell 2014



CARD

Hell in a Cell Match
Dean Ambrose vs. Seth Rollins

#1 Contender para o WWE World Heavyweight Championship
Hell in a Cell Match
John Cena vs. Randy Orton

WWE Intercontinental Championship
2 of 3 falls match
Dolph Ziggler (c) vs. Cesaro

WWE United States Championship
Sheamus (c) vs. The Miz

WWE Tag Team Championship
Goldust e Stardust (c) vs. The Usos(Jimmy e Jey Uso)

WWE Divas Championship
AJ Lee (c) vs. Paige

Big Show vs. Rusev

Derrotada terá de ser assistente da adversária durante um mês
Caso não cumpra, terá de desistir da WWE
Brie Bella vs. Nikki Bella



domingo, 26 de outubro de 2014

WS TV | OVW Episódio 792 - 24 de Outubro de 2014 (VÍDEOS)



Parte Integral - AQUI

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