Boas Pessoal!
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com mais história na nossa CWO ;)
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com mais história na nossa CWO ;)
Desenganem-se aqueles que pelo
subtítulo julgaram que este texto iria debruçar-se sobre a WWE Filmes, as
estrelas da modalidade que brilham em Hollywood ou, ainda, sobre as vantagens
da participação de actores e actrizes consagrados na programação das maiores
companhias de Pro Wrestling. Não, não é disso que este artigo trata.
A presente edição do Dias is That
Damn Good irá analisar e procurar explicar, antes, a importância que a produção
do estilo cinematográfico poderá desempenhar se bem adaptada á indústria do
sports entertainment, assim como melhorar substancialmente a sua qualidade,
interesse e poder de atracção.
Não percam, por isso, as próximas
linhas…
Como já tive oportunidade de
referir por diversas ocasiões, o Pro Wrestling não trata de uma luta verdadeira
e real, versa antes sobre um combate e confronto que é encenado e durante o
qual os seus participantes, os wrestlers, procuram contar ás plateias e
telespectadores uma história, utilizando-se da capacidade atlética dos seus
corpos. No mesmo sentido, o sports entertainment, estilo mais capaz e que
melhores resultados demonstrou na sua disseminação e expansão ao grande público
e massas, acrescentando-lhe uma vertente fundamental de entretenimento, como os
gimmicks, as entrances e as storylines, procura dotar os diversos embates de
uma razão e factor aditivo de interesse, capaz de entusiasmar o público-alvo,
ao mesmo tempo que assegura os números, em vendas e ratings, que tornam num sucesso. Ora é a este fenómeno e
situação que normalmente damos o nome de build up…
No entanto, se olhar-mos para a
actualidade e, em particular, para as duas promotoras de maior visibilidade em
solo norte-americano e por consequência mundial – A WWE e a TNA – verificamos que
esta fórmula de sucesso tem perdido muita da sua preponderância e sido,
inclusive, negligenciada. Pois ao focaram-se cada vez mais no trabalho atlético
dos seus praticantes e ao colocarem praticamente todo o enfase no desenrolar
dos próprios combates, em claro detrimento do entretenimento, é isso que tem
acontecido. E essa situação está a revelar-se e a repercutir efeitos e consequências
amplamente negativos, que se reflectem na perda de assistências, de
telespectadores e ratings, numa enorme queda dos buyrates de PPVs e, acima de
tudo, a um nível estrutural, no decréscimo da importância e influencia que a
programação ligada ao Pro Wrestling detem no mercado televisivo – sua grande
fonte de rendimentos.
Há uns anos, Paul Levesque – aka Triple
H – instado a dar a sua opinião sobre o que diferia o Pro Wrestling das Mixed
Martial Arts, referiu que o Pro Wrestling era como o Rocky, e eu não posso
encontrar uma analogia e-ou exemplo mais feliz. De facto o Pro Wrestling na sua
interpretação e leitura de maior sucesso, o Sports Entertainment, tem muito de
Rocky. Infelizmente, ultimamente, não tem tido ou pelo menos não tem tido tanto
quanto deveria. Caso contrário, não assistia-mos recorrentemente e de um modo
constante á marcação de combates sem qualquer história ou razão que justifique
o confronto entre os seus intervenientes, á repetição exaustiva dos mesmos
matches, á construção de cards de PPVs sem qualquer alcance e interesse, á inexistência
de grandes angles e storylines que prendam a atenção dos fãs, sejam eles
espectadores ou telespectadores e chamar novos públicos, etc. Portanto, não
basta dizer que o Pro Wrestling é como o Rocky, só porque deve se-lo e essa é a
verdade, é necessário fazer com que a modalidade e os seus conteúdos,
realmente, se comportam e-ou apresentem como tal.
Deste modo, ir de encontro ao
pensamento e ideia transmitidos por Triple H, passa por dar uma atenção e importância
muito maiores ao build up. Passa por olhar para os grande filmes de acção – ou de
porrada como lhes quiserem chamar lol – e compreender como é imprescindível criar
toda uma história, enredo e caminho que despertem o interesse para o derradeiro
encontro e dessa forma o tornem super atractivo. Passará, ainda e sempre, por
conseguir, através de avanços e recuos, que ambos os adversários não combatam
entre si até ao match que se pretende vender e, ao mesmo tempo, que se
enfrentam sem ser por palavras o mínimo possível. Por outro lado, acredito que
as clássicas entrevistas e promos de backstage estão completamente
ultrapassadas e que é necessário incorporar novas formas de promoção de
combates e rivalidades…penso ser importante dar destaque, por exemplo, aos treinos
de ambos os adversários, atribuir uma banda sonora ou música tipo á feud –
muito como acontece no filme Rocky…enfim, um conjunto de técnicas que a
vertente cinematográfica utiliza nos seus filmes e que, como disse, bem
aplicadas e adaptadas ao Pro Wrestling, certamente, trariam uma maior qualidade
e capacidade de atracção.
E vocês, pensam que a utilização de algumas técnicas da indústria cinematográfica poderiam ajudar na produção do Pro Wrestling?! De que modo?! Que tipo de técnicas?!
Um Abraço,
Dias Ferreira
PS: Não se esqueçam de indicar mais temas e assuntos que gostassem de ver ser tratados neste espaço.
Podem acompanhar-me, também, em:
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