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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #107 - "Ok Russo"

Boas Pessoal!



Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", a coluna com maior número de edições na história do XBooker e da CWO =)

De regresso, para mais uma terça-feira no XBooker, o tema que vos proponho para hoje, no meu artigo, está relacionado com o reconhecimento do importante papel que Vince Russo (head-writer da TNA) tem desempenhado no excelente momento que a companhia de Orlando atravessa.

Com certeza que não é fácil falar deste assunto, sendo que ele é motivo de várias interpretações, opiniões e reacções. No entanto, são esses mesmos elementos que tornam o tema interessante e controverso...por isso, não percam as próximas linhas!



Normalmente, quando se fala de Vince Russo, é para lhe dirigir duras palavras ou enumeras críticas. Para essa situação, confesso que também eu e quase toda a blogosfera nacional de wrestling, já contribuímos...mas, continuo a acreditar que, na altura, tinhamos fortes razões para o fazer (LOL). Se não vejamos, e aqui corro o risco de me repetir: Vince Russo foi o homem que pegou na WCW depois de Eric Bischoff ter sido despedido, e que potenciou ainda mais a sua ruína; sempre demonstrou uma forte aptência para criar feuds e histórias completamente ridículas e sem a mínima margem de sucesso (ainda que, nos primeiros anos em que trabalhou na WWF, tenha conseguido fazer algumas coisas "engraçadas"); sempre apostou em wrestlers errados, tal como, em gimmicks e personagens surreais e sem o mínimo potencial para triunfar; sempre teve muitas dificuldades em gerir os rosters e os atletas que teve à sua disposição; nunca soube lidar bem com as estrelas e fazer-se respeitar; quando as coisas estavam a correr bem, não sabia tirar um proveito rentável das situações, desgastando todas as oportunidades de ter um sucesso óptimo; etc. Como podem ver, um sem número de razões que justificam, a meu ver, plenamente todas as críticas que lhe apontá-mos!

Contudo, não só de críticas negativas se podem e devem fazer os artigos e as análises aos wrestling, e às pessoas que nele trabalham. A este respeito, se é verdade que o Vince Russo já fez muito mal à nossa modalidade, temos de reconhecer que parece ter encontrado uma forma de dar a volta a essa situação. Na realidade, temos de ter a humildade suficiente para compreender que, o homem que tanto criticá-mos, conseguiu corrigir muitos dos seus erros e encaminhar a TNA para o topo, ajudando a construir uma empresa de sucesso, com um programa de grande qualidade e elevado grau de interesse. Não reconhecer a importância de Russo nesta questão é quase um "crime", até porque ao contrário do que pensáva-mos, ele já provou e continua a provar, a cada iMPACT e a cada PPV da TNA, que é a pessoa certa para estar à frente da empresa. Volto a referir que esta minha opinião, não constitui uma revolução na forma como olho para o wrestling, significa antes, uma flexibilidade que me permite criticar negativamente quando as coisas estão mal, e positivamente quando elas são bem feitas...neste ponto, o Vince Russo surpreendeu-me e está de parabéns!



Ora, esta situação ainda ganha maior relevância, e o Russo maior crédito, quando nos apercebemos das reais capacidades e condicionantes da TNA. Sejamos sinceros, não podemos exigir da companhia de Orlando ma produto com o aparato e a qualidade que a WWE apresenta...não só por razões humanas, mas também e, sobretudo, pelas diferentes capacidades financeiras. A TNA tem, agora, uma "iMPACT Zone" muito boa, mas a plataforma da WWE é infinitamente melhor; a TNA tem apostado mais e melhor na pirotecnia, mas a WWE continua a ganhar 10 - 0; a TNA está a apostar mais na música e nas "entrances", mas ainda sim, continua a perder, por muito, para a WWE; a TNA tem dificuldades em encher os pavilhões e shows, a WWE tem "dificuldade" em não os esgotar; etc. Ou seja, há um conjunto de itens e condicionantes, que permitem à WWE, como empresa de maior capital financeiro e humano e estabelecida mundialmente, concorrer sempre em vantagem. Por último, reparamos que as grandes estrelas da modalidade estão na empresa de Vince McMahon, porque o único grande elemento na TNA é o Kurt Angle (o Mick Foley e o Sting estão velhos, tal como o Steiner e o Nash...o Jeff Jarrett e o Booker T são bastante normais, e o AJ Styles e o Samoa Joe ainda precisam crescer), logo, também aqui a concorrencia se torna desigual.

Deste modo, conseguimos compreender que da parte da TNA fazer concorrência à WWE, exige um esforço sobrehumano...e é, por isso, que ainda temos mais razões para dar os parabéns ao Vince Russo, pois facilmente se constacta que os iMPACTs não só rivalizam qualitativamente com os melhores programas da WWE, como se constituem como uma verdadeira alternativa aos mesmos (desculpem-me os que discordam, mas neste momento, esta é a realidade...e eu sempre fui e sou, um acérrimo defensor da WWE). Tal como aconteceu na WCW com os nWo, os MEM foram uma jogada genial da TNA e de Vince Russo, assim como o têm sido as rivalidades nas divisões feminina e de equipas. Ora, estas apostas foram de tal modo acertadas, que vão permitir durante um longo período de tempo, retirar bastantes benefícios para a companhia. Aliás, como já é perceptíval de há um ano para cá!

Podemos agora especular, que o roster da TNA se encontra dividido ao meio, em dois grandes grupos, e que mesmo que esta situação tenha potencial para continuar a ser interessantíssima durante muito tempo, pode configurar-se num risco futuro de esgotamento, levando a empresa a um período de crise, como o que marcou a WCW...mas isso, não passam de especulações! Não é uma questão de positivismo, esta minha visão, mas se até agora as coisas têm corrido bem, então porque não acreditar que assim vai continuar!?...agora, aquilo que temos e devemos contemplar, é a grande capacidade que o Vince Russo teve para nos desafiar e demonstrar que estavamos errados a seu respeito. Prova disso!? A TNA e os iMPACTs estão aí, cheios de força!


Bem, e foi mais um "Dias is That Damn Good", que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!

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