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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #120 - "The Usefulness of Old Guys (Parte II)"

Boas Pessoal!


Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO =P

Tal como deixei patente no artigo anterior, hoje irei finalizar a temática "The Usefulness of Old Guys", abordando possíveis caminhos e storylines, em que os wrestlers Sid Vicious, Rob Van Dam e Raven, poderiam intervir e tornar-se úteis, no contexto actual do Pro Wrestling. Volto a relembrar, que este exercício não passa de uma reflexão, no sentido do que "poderia ser ou vir a ser", e não numa análise ao que supostamente vai acontecer!

Não percam, portanto, os caminhos que procurei "desenhar" para estes três veteranos...


(Sid Vicious)

Sid Eudy, seu verdadeiro nome, sempre foi daqueles "Big Men's" super intensos e credíveis na realização do seu trabalho. Para além de ter ganho relevante destaque na WWF, aparecendo como Bodyguard de Shawn Michaels, a verdade é que a sua própria fisionomia e expressão facial, sempre transpareceram uma personalidade altamente misteriosa e até assustadora. Podemos dizer, que o Sid tinha mesmo um ar bastante semelhante ao de um psicopata, daí que a interpretação da sua gimmick (Sycho) se revelasse extraordinária. Infelizmente, já perto do final da WCW, sofreu uma grave lesão, situação que o afastou dos ringues e dos grandes palcos por bastante tempo. De qualquer modo, voltou recentemente à competição, no circuito independente, apresentando-se numa excelente forma fisíca e parecendo não ter perdido a "força" que o seu corpo sempre evidenciou...talvez a velocidade já não seja a mesma, mas aos 49 anos isso compreende-se, e o que é de louvar, é o bom momento em que se encontra, depois de ter conseguido curar o grave problema que o afectou.

Na WWE, julgo que o seu regresso não significaria um forte aumento de audiências, nem iria refrescar o ambiente que se vive por toda a empresa porque, a verdade é que, o Sid nunca foi um drawer, e depois de tanto tempo ausente, muitos dos actuais fãs da modalidade e da empresa de Vince McMahon, nem sabem quem ele, realmente, é. De qualquer modo, e porque se trata de alguém com estatuto e que pela boa forma física ainda consegue oferecer bons combates, a sua utilização não seria de todo descabida, isto, se o colocassem numa feud bem pensada e construída desde o início, para que o seu job ajudasse a elevar algum jovem dentro da companhia. Esse job, seria certamente positivo para a pessoa que o conseguisse obter, uma vez que iria derrotar não só o legado de uma lenda ou veterano, mas também, sair por cima num combate contra um tipo enorme e super assustador. Talvez fosse um bom adversário para o Ted DiBiase Jr. ou para qualquer jovem que se encontra às portas do main event.

Já no que respeita à TNA, Sid Viscious poderia ser introduzido como mais um membro dos Main Event Mafia, reforçando o Star Power da stable e da própria companhia. Por outro lado, e em caso de implosão deste mesmo grupo, também o Sid poderia adaptar as suas funções ao papel de "elevador" e "treinador" dos jovens promissores que compõem o roster da empresa de Dixie Carter. As companhias de Pro Wrestling têm diversas formas de conseguir sobreviver e subsistir aos inúmeros desafios que lhes aparecem ao longo dos tempos, contudo, certamente que a mais proveitosa, sustentada e benéfica se reporta à criação das próprias estrelas. Trabalho esse que a TNA tem conseguido fazer com elevado grau de sucesso, diga-se, relativamente a AJ Styles, Matt Morgan e Samoa Joe. No entanto, e numa altura em que alguns dos seus grandes nomes começam a pensar em retirar-se, nada melhor do que utilizá-los da melhor forma possível na promoção de novos talentos...e é aqui, que o Sid poderia desempenhar um papel importante, pois com os seus 49 anos, a muito mais não pode almejar, e wrestlers como James Storm ou Robert Roode já se encontram "no ponto", para que os comecem a "pushar" até ao topo.

Curiosamente, é mesmo na ROH que eu consigo encontrar maior utilidade para o Sid Viscious. O seu star power e o facto de ainda ser conhecido por bastantes fãs da modalidade, a boa forma fisíca em que se encontra e a sua experiência, trariam, claramente, enormes benefícios para uma companhia pequena, mas em fase de crescimento, como é a Ring of Honor. Por outro lado, e visto que a "Raínha das Indys" não respeita de uma forma rigorosa o padrão "normal" utilizado na modulação das storylines, a verdade é que a sua introdução de uma forma abrupta no roster e seu programa na HDNet, não iria levantar qualquer problema, muito pelo contrário. O Sid poderia muito bem começar com uma feud com os, actuais, grandes nomes da empresa...tipos como Chris Hero ou Brent Albright, ajudando ao seu crescimento e evolução, assim como ao estabelecimento dos mesmos como wrestlers de topo. Por último, a experiência e estilo mais "old school" do Sid, poderia ajudar bastante os mais jovens a respeitar itens fundamentais do Pro Wrestling como o selling, a psicologia de ringue, etc.


(Rob Van Dam)

Confesso que nunca fui um grande admirador do Rob Van Dam, no entanto, reconheço a sua qualidade e a importância que, em determinada altura, representou para a modalidade. Por outro lado, a legião de fãs que conseguiu criar em seu redor não está ao alcance de qualquer um, e a verdade é que essa situação também já diz muito do seu trabalho, dentro e fora do ringue. Talvez seja o wrestler com raízes no backyard wrestling que mais sucesso conseguiu alcançar, não esquecendo, contudo, que foi na antiga e velhinha ECW de Paul Heyman que conseguiu alcançar o auge da sua carreira...sim, porque convenhamos que as suas estadias no main event da WWE foram sempre curtas e exporádicas. De qualquer modo, pela sua idade (37 anos), carisma e qualidade, será sempre um dos alvos mais apetecíveis para qualquer companhia de Pro Wrestling.

Na WWE, dificilmente o RVD se iria estabelecer como um main eventer indiscutível, pois como disse anteriormente, ele sempre foi visto como um possível campeão de transição e ocasião. No entanto, talvez se revelasse importante numa ECW, onde o Christian parece não encontrar qualquer adversário à sua altura...já para não dizer que a adição de Rob Van Dam à ECW brand, traria não só mais espectadores e audiências para a mesma, como constituiria um forte aumento do seu star power e uma grande possibilidade de "pushar" os jovens que compõem o seu roster, com muito mais sucesso e de uma forma bastante mais fácil. Não esquecendo, ainda, que o RVD e o nome ECW estarão para sempre interligados, e isso é algo que poderia ser utilizado estratégicamente ao nível do marketing e merschandising. Por ouro lado, também na SmackDown o Rob poderia vir a desempenhar um papel interessante, especialmente no que há consolidação de CM Punk como World Heavyweight Champion e main eventer indiscutível diz respeito...isto, se pensarmos na velha máxima que adverte para o facto de..."para sermos os melhores, temos de vencer os melhores".

Já no que toca à TNA, o ingresso de Rob Van Dam, era algo que poderia ser encarado ainda com mais optimismo. Como já se sabe, numa altura em que os wrestlers mais influentes da companhia vão envelhecendo, a chegada do RVD, alguém com "apenas" 37 anos, bastante carisma, experiência e qualidade, constituir-se-ia numa situação bastante proveitosa. O Star Power da empresa e do seu roster voltaria a disparar mais uns "kilómetros" e por outro lado, os writers passariam a contar com alguém capacitado para agarrar já o main event e com possibilidade de se manter nele por, pelo menos, mais 7 ou 8 anos. Na óptica do Vam Dam, a TNA também poderia ser uma opção bastante viável, visto que já se trata de um projecto de grande envergadura e que não lhe roubaria tanto espaço como a WWE, deixando-lhe algum tempo livre para os seus interesses extra-wrestling. Curiosamente, e apesar do seu vasto currículo, não o via entrar "em cena" através da sua junção aos Main Event Mafia, mas sim como um dos novos amigos de AJ Styles e companhia...depois, poderia ao fim de algum tempo fazer um heel turn e começar a elevar jovens ou, e porque a idade o permite, tornar-se TNA World Heavyweight Champion e carregar o título por alguns tempos.

Por último, no que respeita à Ring of Honor, a sua aquisição seria, talvez, o maior negócio já alguma vez fechado por parte da empresa. E digo isto, porque o salto qualitativo e ao nível do star power que ela daria a efectivar-se esta situação seria tremendo. O RVD nunca foi um drawer, mas sempre conseguiu atrair muitas pessoas para os eventos em que actuava e isso, para uma empresa em crescimento e desenvolvimento como é a ROH, constituiria algo extraordinário. Para além disso, a "Raínha das Indys" tem aquele ambiente familiar e de bastante proximidade que o Rob tanto gosta, já para não falar no tempo-livre que iria proporcionar ao mesmo, ainda que ele estivesse ligado a ela e no activo. Em jeito de conclusão, podemos dizer que grandes feuds e combates entre ele e o Chris Hero, o Austin Aries, o Claudio Castagnoli ou o Brent Albright seria algo, certamente, a esperar!


(Raven)

Teve das gimmicks mais fantásticas e geniais alguma vez inventadas, mas infelizmente, não encontrou um público e sociedade americana preparada suficientemente para a "aguentar" e perceber na altura em que começamos a ouvir falar num tal de Raven. Era misteriosamente brilhante e capaz de oferecer os combates hardcore mais espectaculares de toda a ECW...juntando a estes itens, o facto de conseguir também oferecer bons combates com qualquer outro wrestler (sim, porque o Raven era um tipo completo, daqueles a quem infelizmente nunca deram a oportunidade de chegar ao topo) afirmava-se como um dos lutadores mais promissores a meio dos anos 90. Como já disse, para sua desgraça e nossa também (como fãs), as suas estadias pela WCW e pela WWF não correram da melhor forma, tendo conseguido alguma "reabilitação" do seu prestígio aquando da criação da TNA, onde a sua chegada significou um ponto de viragem no modo como as coisas iam acontecendo na companhia de Orlando. Actualmente, com 45 anos e a actuar no circuito independente, julgo que a sua utilidade não se encontra de todo esgotada...

Na WWE, penso que o Scott Levy conseguiria vir a desempenhar um papel até bastante relevante, como professor e treinador na ECW brand. Mais uma vez, é daqueles casos em que o nome do wrestler e a ECW não se separam, e embora o carisma e reconhecimento não seja o mesmo relativamente a um RVD, a verdade é que há muitos fãs que iriam gostar e apreciar este seu regresso. Como disse, o Raven não é apenas daqueles tipos que só sabe ter combates hardcore, não, ele é realmente alguém com bastante qualidade e que sabe ler todas as necessidades ao longo de um combate...desde a velocidade, ao selling, passando pela psicologia de ringue...logo, seria um wrestler bastante importante no passar de testemunho aos mais jovens, algo que um Tommy Dreamer (apesar de mais novo e, aparentemente menos desgastado) já não está a conseguir fazer, por via da sua descredibilização constante e da falta de um carisma e reacção, que o Raven sempre soube "semear" com maior grau de sucesso.

Já no que toca à TNA, penso que o Scott tem a sua passagem pela companhia esgotada, deu-lhe o que tinha a dar no melhor momento e altura, por isso, temos de reconhecer que foi, realmente, importante para o seu crescimento. Agora, e como prova a sua última e fugaz passagem pela empresa de Orlando, não tem utilidade e o booking não iria conseguir oferecer-lhe um papel digno...portanto, não vale apena perdermo-nos por aqui.

Com a Ring Of Honor, a questão já é totalmente diferente, pois a companhia precisa urgentemente de pessoal mais velho e experiente, para que as suas jovens estrelas possam crescer e evoluir, aprendendo com eles. Para quem está atento ao panorama "indy", sabe que normalmente os lutadores são treinados uns pelos outros, e esse é um dos grandes handicapes ao seu desenvolvimento...pois, como poderemos esperar que um jovem de 26 anos (por exemplo) e sem qualquer experiência de maior relevância consiga ensinar de uma forma realmente séria qualquer outro lutador!? Ele pouco sabe para si, quanto mais para os outros...depois, assistimos àqueles fenómenos que para muitos podem ser atractivos, mas que de wrestling propriamente dito não apresentam nada (estou a referir-me claramente, aos combates produzidos a 100 à hora e em que uma Power Bomb, por exemplo, se vende tal e qual um pontapé no rabo). O Raven poderia ser alguém importante para contrariar esta tendência, mas também e, sobretudo, para trazer mais algum star power para a empresa e ajudar ao seu efectivo crescimento.



Bem, e foi mais um "Dias is That Damn Good", que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!

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