Boas Pessoal!
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)
No passado domingo, realizou-se o primeiro PPV da TNA desde que a empresa transferiu as transmissões do seu iMPACT para as segundas-feiras. Não só, mas também por isso, as expectativas em redor deste espectáculo eram grandes...ainda para mais, quando o card do evento era bastante apelativo e houve uma grande preocupação em fazer um build up credível e ajustado a todas as rivalidades que compunham o próprio TNA Destination X 2010. Assim, aquilo que vos proponho, ao longo das próximas linhas, é uma análise a este mesmo show, centrada nos combates e efeitos decorrentes dos seus resultados.
Não percam, portanto, o que se segue...
1. Ladder Match: Kazarian vs. Daniels vs. Amazing Red vs. Brian Kendrick
> Não gosto de spotfests, não gosto de highflying wrestling, não gosto do Amazing Red, tolero o Daniels e aprecio o Kazarian e o Brian Kendrick. Posto isto, compreenderão que seria muito dificil para mim avaliar este combate de uma forma justa...em todo o caso, e preconceitos à parte, acho que acabou por ser um dos matches mais emocionantes da noite. Foi emocionante não porque tivesse tido uma grande qualidade, mas sim porque era dificil descortinar o vencedor e pelas várias oportunidades de vitória que todos os intervenientes tiveram...mas nós também sabemos que os ladder match são assim (lol). Em suma, acabou por ser uma boa forma de abrir o PPV e o vencedor também foi bem escolhido, o Kaz é dos tipos com maior qualidade dentro da X-Division.
2. TNA Knockout Championship Match: Tara vs. Daffney
> Confesso que não esperava muito deste combate, a Tara tem muita qualidade e a Daffney também, no entanto, a última está mais vocacionada para os típicos combates indy e de preferência com estipulações especiais (bem à imagem da Roxxie). De qualquer modo, foi um match que acabou por cumprir...a campeã reteve o título e ficou mais credível, ao passo que a sua adversária lhe roubou a tarantula, permitindo o continuar da rivalidade entre ambas enquanto a ODB recupera da sua lesão.
3. Ultimate X Match: Generation Me vs. Motor City Machine Guns
> Aqui esperava mais um combate muito rápido e cheio de spots, logo não fiquei surpreendido com o que aconteceu...fiquei surpreso sim, com a altura a que a estrutura "Ultimate X" estava posicionada (muito mais baixa que nos anos anteriores). Os Generation Me são uma tag team recente que brilhou na ROH e chegou rapidamente à TNA para entrar em feud com os MCMG, contudo, se apresentam claras capacidades para tornar os highflying matches da companhia emocionantes, a verdade é que ao nível do enterteinment têm de melhorar muito. Por sua vez, os Motor City Machine Guns continuaram na onda daquilo a que nos habituaram, é estranho que não consigam evoluir, em todo o caso, não deixam de ter qualidade naquilo que fazem...e a haver um vencedor, ainda bem que foram eles os escolhidos, uma vez que para disputar os TNA Tag Teams Titles é necessária uma bagagem bem superior à dos Generation Me.
4. TNA Global Championship Match: Rob Terry vs. Magnus
> Confesso que tinha grandes expectativas para este combate...o Rob Terry teve muito tempo na sombra para poder desenvolver as suas qualidades in-ring e própria posição na empresa e tinha, agora, o seu primeiro grande desafio e oportunidade de mostrar as suas capacidades. Já o Magnus (agora, simplesmente, Magnus como fez questão de referir), é um excelente wrestler e eu acreditava que conseguiria ajudar bastante o antigo companheiro a produzir um combate sólido e credibilizador. Ora, como sabem, não poderia estar mais enganado...o combate não passou de um autêntico squash em que o Rob entre um murro e um powerslam fez duas taunts com os seus musculos. Pessoalmente, não tenho nada contra os squash matches, mas em PPVs eles não fazem qualquer sentido, e ainda menos sentido fazem quando enterram, completamente, um tipo super talentoso como o Magnus...enfim, disto tudo, salva-se a continua aposta no Global Champion.
5. Eric Young & Kevin Nash vs. Scott Hall & Sean Waltman
> Tal como tinha previsto num dos artigos que escrevi na semana passada, tudo não passou de uma forma de arranjar contratos para o Scott Hall e o Sean Waltman. Na verdade, não era preciso ser um grande bruxo para adivinha-lo pois conhecendo a história dos intervenientes e do booking que os actuais writers da TNA já lhes tinham atribuído na WCW, as "coisas" tornavam-se bastante claras. O Kevin Nash disse que ia tentar de tudo para colocar os seus amigos dentro da companhia e esgotadas todas as possibilidades "legais" (digamos assim), lembrou-se de uma forma bastante lógica e credível de concretizar o seu desejo...enganaram tudo e todos fingindo que se tinham chateado ao ponto de marcarem um combate entre ambos com a estipulação especial a dar um contrato na empresa caso os vencedores fossem Scott Hall e Sean Waltman. É algo que já foi visto muitas vezes, mas não deixa de ser genial. Na previsão que fiz, enganei-me contudo, num pormenor, pois não estava a prever a traição ao Eric Young...sempre pensei que ele embarcasse na onda do grupo e passasse a lutar a seu lado...julgo que seria uma óptima forma de o fazer subir a pulso dentro da TNA e de o consolidar no topo, infelizmente não decidiram assim...a ver vamos como isto vai continuar. Resumindo, é óbvio que não houve muito para contar dentro do ringue, mas fora dele (onde estes intervenientes continuam brilhantes) foi muito bom.
6. X-Division Championship Match: Doug Williams vs. Shannon Moore
> Esta contenda tinha como um dos intervenientes o wrestler que eu menos gosto dentro do plantel da TNA (Shannon Moore), mas foi, contudo e de forma surpreendente, o melhor combate da noite. Felizmente o Doug Williams, lutador bastante técnico, controlou o match e levou-o pelo caminho em que ele se sente melhor, obrigando o Shannon a ter de vender a maior parte do combate (algumas vezes mal, porque nem para jobbar ele serve LOL) e impossibilitando-o de tornar o mesmo em algo cheio de saltos e acrobacias. Mas ainda melhor, foi a constatação de que o Doug Williams iria continuar campeão da X-Division, desviando o inútil (e não me canso de adjectivá-lo assim) do Moore do caminho e fazendo uma promo interessante no final do combate. É, contudo, uma pena que o Doug não se sinta um pouco melhor e mais à vontade com o micro, porque uma evolução superior ao nível das mic skills iria trazer-lhe bstante mais benefícios.
7. TNA World Tag Teams Championship Match: Matt Morgan & Hernandez vs. Beer Money, Inc.
> Julgo que por aquilo que estava a acontecer entre o Morgan e o Hernandez, tudo se conjugava para que eles perdessem os títulos para os Beer Money...contudo, também estes últimos têm estado mais entretidos a servir o Eric Bischoff na sua cruzada contra o Jeff Jarrett que empenhados na conquista dos títulos, pelo que a vitória de qualquer uma das equipas verificar-se-ia com alguma estranheza. Parece, no entanto, que a equipa criativa soube resolver esta questão sem grandes problemas, atribuindo a vitória aos campeões e oferecendo o tão esperado heel turn a Matt Morgan, que no final do combate atacou e "destruiu" o seu companheiro. O match também não foi nada de especial, embora tenha cumprido e contribuído com importantes passos para o desenvolvimento de novas rivalidades...mas não queria deixar de referir que me pareceu má política ofuscar completamente os Beer Money Inc. É verdade que a ideia passava por mostrar a fricção entre os tag teams champions (e ela foi evidente ao longo do combate), mas não havia necessidade nenhuma de descredibilizar os jovens lutadores daquela forma, é que tanto o Storm como o Roode foram completamente dizimados. Em todo o caso, vamos ver o que nos reserva a disputa entre os campeões no futuro que se avizinha...
8. Kurt Angle vs. Mr. Anderson
> Confesso que também trazia fortes expectativas para este combate, a rivalidade desenvolveu-se de uma forma extraordinária e esta era a grande oportunidade do Mr. Anderson para ter o melhor combate da sua carreira. Foi, contudo, com bastante tristeza que assisti ao desenrolar dos acontecimentos...primeiro, a feud pedia que houvesse muito ódio e vontade mutua de destruição e isso só aconteceu mais perto do final do combate, algo que não se percebe, tal como não percebi muito bem qual foi aquela ideia do Angle (no início do match) dar uma lição de wrestling técnico ao Anderson, porque ela não se justificava naquele combate. Depois, constatei também que o Anderson não consegue, definitivamente, ser dentro do ringue metade daquilo que é fora dele...não me compreendam mal, eu não achei o combate mau, no entanto, esperava muito mais de um lutador que passa a vida a reclamar oportunidades, mas que falhou com o Ric Flair e o Shawn Michaels na WWE, e falha agora com o Kurt Angle na TNA. O Mr. Anderson continua excelente ao nível do entertenimento e a feud entre ambos vai prosseguir, mas espero que ele consiga realmente oferecer um combate que marque a diferença, porque se não o fizer, nunca deixará de ser, ao meus olhos, um mid carder sem capacidade de explosão e afirmação.
9. TNA World Heavyweight Championship: AJ Styles (w/Ric Flair & Chelsea) vs. Abyss
> A primeira grande e agradável surpresa (se assim lhe posso chamar) deste combate, foi verificar que a Chelsea acompanhava o Ric Flair, demonstrando que quando há umas semanas falei na possibilidade do Nature Boy estar a criar um novo grupo em redor do AJ Styles e que a esse mesmo grupo iria pertencer o Desmond Wolfe, estava certo. Depois disto, acho que tudo correu mal (LOL). Eu já não esperava muito do Abyss, pois sei que ele é parecido com o Mick Foley, dentro do ringue se não houver uma estipulação especial, podem esquecer a qualidade...de qualquer modo, sempre pensei que o TNA Champion iria sair vencedor através de algum dirty move ou dirty tatics. Também nesse campo me enganei, porque o final do combate foi bastante mais espalhafatoso, surpreendente, incompreensível e estúpido (LOL). Parece que, agora, o anel do Abyss o torna capaz de colocar tudo e todos para lá do chão (=P). A meu ver, este combate acabou por não credibilizar ninguém, por isso, resta-nos esperar por novos desenvolvimentos no sentido de perceber o que vão decidir em relação ao título: se vai ficar "vacated" ou se o AJ Styles reteve o mesmo por desqualificação do Abyss...e por mais estranho que pareça, esta última opção é a mais provável dada a reacção do Earl Hebner, embora ela não faça qualquer sentido. Enfim, foi mais uma obra prima do Vince Russo, que só mesmo ele deve compreender e achar genial...na minha opinião, foi um mau combate e um dos piores (se não o pior) momentos do TNA Destination X 2010.
Conclusões:
> O TNA Destination X 2010 era um PPV com um card bastante sólido e bem contruído, cujas rivalidades em curso e disputa tinham sido alvo de um excelente build up. Esperava-se, portanto, um espectáculo com matches de grande qualidade e algumas surpresas que, normalmente, acontecem neste tipo de shows e que ajudam a abrilhantar as "coisas". Infelizmente não foi assim que aconteceu...os combates deixaram, praticamente, todos muito a desejar e ficaram muito aquém das expectativas. Salvou-se, contudo, o facto da equipa criativa ter trabalhado as rivalidades de forma que elas beneficiassem de um novo impulso ou razão para continuarem nos próximos programas. Em suma, não podemos argumentar que se tratou de um mau show, no entanto, esperavamos que a TNA o abordasse de uma outra forma (mais rigorosa), tinhamos, sobretudo expectativas de algo bem melhor...
Bem, e foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)
No passado domingo, realizou-se o primeiro PPV da TNA desde que a empresa transferiu as transmissões do seu iMPACT para as segundas-feiras. Não só, mas também por isso, as expectativas em redor deste espectáculo eram grandes...ainda para mais, quando o card do evento era bastante apelativo e houve uma grande preocupação em fazer um build up credível e ajustado a todas as rivalidades que compunham o próprio TNA Destination X 2010. Assim, aquilo que vos proponho, ao longo das próximas linhas, é uma análise a este mesmo show, centrada nos combates e efeitos decorrentes dos seus resultados.
Não percam, portanto, o que se segue...
1. Ladder Match: Kazarian vs. Daniels vs. Amazing Red vs. Brian Kendrick
> Não gosto de spotfests, não gosto de highflying wrestling, não gosto do Amazing Red, tolero o Daniels e aprecio o Kazarian e o Brian Kendrick. Posto isto, compreenderão que seria muito dificil para mim avaliar este combate de uma forma justa...em todo o caso, e preconceitos à parte, acho que acabou por ser um dos matches mais emocionantes da noite. Foi emocionante não porque tivesse tido uma grande qualidade, mas sim porque era dificil descortinar o vencedor e pelas várias oportunidades de vitória que todos os intervenientes tiveram...mas nós também sabemos que os ladder match são assim (lol). Em suma, acabou por ser uma boa forma de abrir o PPV e o vencedor também foi bem escolhido, o Kaz é dos tipos com maior qualidade dentro da X-Division.
2. TNA Knockout Championship Match: Tara vs. Daffney
> Confesso que não esperava muito deste combate, a Tara tem muita qualidade e a Daffney também, no entanto, a última está mais vocacionada para os típicos combates indy e de preferência com estipulações especiais (bem à imagem da Roxxie). De qualquer modo, foi um match que acabou por cumprir...a campeã reteve o título e ficou mais credível, ao passo que a sua adversária lhe roubou a tarantula, permitindo o continuar da rivalidade entre ambas enquanto a ODB recupera da sua lesão.
3. Ultimate X Match: Generation Me vs. Motor City Machine Guns
> Aqui esperava mais um combate muito rápido e cheio de spots, logo não fiquei surpreendido com o que aconteceu...fiquei surpreso sim, com a altura a que a estrutura "Ultimate X" estava posicionada (muito mais baixa que nos anos anteriores). Os Generation Me são uma tag team recente que brilhou na ROH e chegou rapidamente à TNA para entrar em feud com os MCMG, contudo, se apresentam claras capacidades para tornar os highflying matches da companhia emocionantes, a verdade é que ao nível do enterteinment têm de melhorar muito. Por sua vez, os Motor City Machine Guns continuaram na onda daquilo a que nos habituaram, é estranho que não consigam evoluir, em todo o caso, não deixam de ter qualidade naquilo que fazem...e a haver um vencedor, ainda bem que foram eles os escolhidos, uma vez que para disputar os TNA Tag Teams Titles é necessária uma bagagem bem superior à dos Generation Me.
4. TNA Global Championship Match: Rob Terry vs. Magnus
> Confesso que tinha grandes expectativas para este combate...o Rob Terry teve muito tempo na sombra para poder desenvolver as suas qualidades in-ring e própria posição na empresa e tinha, agora, o seu primeiro grande desafio e oportunidade de mostrar as suas capacidades. Já o Magnus (agora, simplesmente, Magnus como fez questão de referir), é um excelente wrestler e eu acreditava que conseguiria ajudar bastante o antigo companheiro a produzir um combate sólido e credibilizador. Ora, como sabem, não poderia estar mais enganado...o combate não passou de um autêntico squash em que o Rob entre um murro e um powerslam fez duas taunts com os seus musculos. Pessoalmente, não tenho nada contra os squash matches, mas em PPVs eles não fazem qualquer sentido, e ainda menos sentido fazem quando enterram, completamente, um tipo super talentoso como o Magnus...enfim, disto tudo, salva-se a continua aposta no Global Champion.
5. Eric Young & Kevin Nash vs. Scott Hall & Sean Waltman
> Tal como tinha previsto num dos artigos que escrevi na semana passada, tudo não passou de uma forma de arranjar contratos para o Scott Hall e o Sean Waltman. Na verdade, não era preciso ser um grande bruxo para adivinha-lo pois conhecendo a história dos intervenientes e do booking que os actuais writers da TNA já lhes tinham atribuído na WCW, as "coisas" tornavam-se bastante claras. O Kevin Nash disse que ia tentar de tudo para colocar os seus amigos dentro da companhia e esgotadas todas as possibilidades "legais" (digamos assim), lembrou-se de uma forma bastante lógica e credível de concretizar o seu desejo...enganaram tudo e todos fingindo que se tinham chateado ao ponto de marcarem um combate entre ambos com a estipulação especial a dar um contrato na empresa caso os vencedores fossem Scott Hall e Sean Waltman. É algo que já foi visto muitas vezes, mas não deixa de ser genial. Na previsão que fiz, enganei-me contudo, num pormenor, pois não estava a prever a traição ao Eric Young...sempre pensei que ele embarcasse na onda do grupo e passasse a lutar a seu lado...julgo que seria uma óptima forma de o fazer subir a pulso dentro da TNA e de o consolidar no topo, infelizmente não decidiram assim...a ver vamos como isto vai continuar. Resumindo, é óbvio que não houve muito para contar dentro do ringue, mas fora dele (onde estes intervenientes continuam brilhantes) foi muito bom.
6. X-Division Championship Match: Doug Williams vs. Shannon Moore
> Esta contenda tinha como um dos intervenientes o wrestler que eu menos gosto dentro do plantel da TNA (Shannon Moore), mas foi, contudo e de forma surpreendente, o melhor combate da noite. Felizmente o Doug Williams, lutador bastante técnico, controlou o match e levou-o pelo caminho em que ele se sente melhor, obrigando o Shannon a ter de vender a maior parte do combate (algumas vezes mal, porque nem para jobbar ele serve LOL) e impossibilitando-o de tornar o mesmo em algo cheio de saltos e acrobacias. Mas ainda melhor, foi a constatação de que o Doug Williams iria continuar campeão da X-Division, desviando o inútil (e não me canso de adjectivá-lo assim) do Moore do caminho e fazendo uma promo interessante no final do combate. É, contudo, uma pena que o Doug não se sinta um pouco melhor e mais à vontade com o micro, porque uma evolução superior ao nível das mic skills iria trazer-lhe bstante mais benefícios.
7. TNA World Tag Teams Championship Match: Matt Morgan & Hernandez vs. Beer Money, Inc.
> Julgo que por aquilo que estava a acontecer entre o Morgan e o Hernandez, tudo se conjugava para que eles perdessem os títulos para os Beer Money...contudo, também estes últimos têm estado mais entretidos a servir o Eric Bischoff na sua cruzada contra o Jeff Jarrett que empenhados na conquista dos títulos, pelo que a vitória de qualquer uma das equipas verificar-se-ia com alguma estranheza. Parece, no entanto, que a equipa criativa soube resolver esta questão sem grandes problemas, atribuindo a vitória aos campeões e oferecendo o tão esperado heel turn a Matt Morgan, que no final do combate atacou e "destruiu" o seu companheiro. O match também não foi nada de especial, embora tenha cumprido e contribuído com importantes passos para o desenvolvimento de novas rivalidades...mas não queria deixar de referir que me pareceu má política ofuscar completamente os Beer Money Inc. É verdade que a ideia passava por mostrar a fricção entre os tag teams champions (e ela foi evidente ao longo do combate), mas não havia necessidade nenhuma de descredibilizar os jovens lutadores daquela forma, é que tanto o Storm como o Roode foram completamente dizimados. Em todo o caso, vamos ver o que nos reserva a disputa entre os campeões no futuro que se avizinha...
8. Kurt Angle vs. Mr. Anderson
> Confesso que também trazia fortes expectativas para este combate, a rivalidade desenvolveu-se de uma forma extraordinária e esta era a grande oportunidade do Mr. Anderson para ter o melhor combate da sua carreira. Foi, contudo, com bastante tristeza que assisti ao desenrolar dos acontecimentos...primeiro, a feud pedia que houvesse muito ódio e vontade mutua de destruição e isso só aconteceu mais perto do final do combate, algo que não se percebe, tal como não percebi muito bem qual foi aquela ideia do Angle (no início do match) dar uma lição de wrestling técnico ao Anderson, porque ela não se justificava naquele combate. Depois, constatei também que o Anderson não consegue, definitivamente, ser dentro do ringue metade daquilo que é fora dele...não me compreendam mal, eu não achei o combate mau, no entanto, esperava muito mais de um lutador que passa a vida a reclamar oportunidades, mas que falhou com o Ric Flair e o Shawn Michaels na WWE, e falha agora com o Kurt Angle na TNA. O Mr. Anderson continua excelente ao nível do entertenimento e a feud entre ambos vai prosseguir, mas espero que ele consiga realmente oferecer um combate que marque a diferença, porque se não o fizer, nunca deixará de ser, ao meus olhos, um mid carder sem capacidade de explosão e afirmação.
9. TNA World Heavyweight Championship: AJ Styles (w/Ric Flair & Chelsea) vs. Abyss
> A primeira grande e agradável surpresa (se assim lhe posso chamar) deste combate, foi verificar que a Chelsea acompanhava o Ric Flair, demonstrando que quando há umas semanas falei na possibilidade do Nature Boy estar a criar um novo grupo em redor do AJ Styles e que a esse mesmo grupo iria pertencer o Desmond Wolfe, estava certo. Depois disto, acho que tudo correu mal (LOL). Eu já não esperava muito do Abyss, pois sei que ele é parecido com o Mick Foley, dentro do ringue se não houver uma estipulação especial, podem esquecer a qualidade...de qualquer modo, sempre pensei que o TNA Champion iria sair vencedor através de algum dirty move ou dirty tatics. Também nesse campo me enganei, porque o final do combate foi bastante mais espalhafatoso, surpreendente, incompreensível e estúpido (LOL). Parece que, agora, o anel do Abyss o torna capaz de colocar tudo e todos para lá do chão (=P). A meu ver, este combate acabou por não credibilizar ninguém, por isso, resta-nos esperar por novos desenvolvimentos no sentido de perceber o que vão decidir em relação ao título: se vai ficar "vacated" ou se o AJ Styles reteve o mesmo por desqualificação do Abyss...e por mais estranho que pareça, esta última opção é a mais provável dada a reacção do Earl Hebner, embora ela não faça qualquer sentido. Enfim, foi mais uma obra prima do Vince Russo, que só mesmo ele deve compreender e achar genial...na minha opinião, foi um mau combate e um dos piores (se não o pior) momentos do TNA Destination X 2010.
Conclusões:
> O TNA Destination X 2010 era um PPV com um card bastante sólido e bem contruído, cujas rivalidades em curso e disputa tinham sido alvo de um excelente build up. Esperava-se, portanto, um espectáculo com matches de grande qualidade e algumas surpresas que, normalmente, acontecem neste tipo de shows e que ajudam a abrilhantar as "coisas". Infelizmente não foi assim que aconteceu...os combates deixaram, praticamente, todos muito a desejar e ficaram muito aquém das expectativas. Salvou-se, contudo, o facto da equipa criativa ter trabalhado as rivalidades de forma que elas beneficiassem de um novo impulso ou razão para continuarem nos próximos programas. Em suma, não podemos argumentar que se tratou de um mau show, no entanto, esperavamos que a TNA o abordasse de uma outra forma (mais rigorosa), tinhamos, sobretudo expectativas de algo bem melhor...
Bem, e foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!
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