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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #141 - "WWE Wrestlemania XXVI Rewind"

Boas Pessoal!




Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)

A Wrestlemania 26 deu muito que falar, como normalmente acontece com todas as Wrestlemanias, ao longo dos últimos meses. Das expectativas que criou nos fãs, às várias apostas nos vencedores e derrotados, passando pela construção e estruturação do card e das surpresas que encontramos na Road To Wrestlemania, muita "tinta correu". Por estas razões, e por se tratar do maior evento anual, no que toca ao Pro Wrestling, não poderia deixar de a abordar na minha coluna.

Por isso, não percam as linhas que se seguem e o meu "WWE Wrestlemania XXVI Rewind"...




Dark Match: Battle Royal

> Este combate justificava-se, principalmente, pela necessidade de proporcionar uma experiência única a todos os lutadores que não estivessem "convocados" para o maior de todos os palcos. Em todo o caso, confesso que estranho a ausência do Ezekiel Jackson, já que o facto de ter sido o último ECW Champion indicava uma, suposta, aposta da WWE no mesmo. Devo dizer, ainda, que fiquei surpreendido com a vitória do Yoshi Tatsu, porque não consigo compreender qual é a ideia da empresa em apostar no mesmo, a mim parece-me que não é um lutador de grande potencial e que dificilmente conseguirá singrar...em todo o caso, e como já referi, foi bom para todos os intervenientes poderem usufruir da Wrestlemania.

1. Unified Tag Teams Championship Match: The Miz & The Big Show © vs. John Morrison & R-Truth

> A meu ver, deve ter sido o pior opener de sempre na história das Wrestlemania(s). A verdade é que mais valia que o tivessem transformado num segundo dark-match, porque os 3/4 minutos que este momento durou, não são motivo de grande orgulho para quem participou nele, nem para a WWE e nem, especialmente, para quem pensou e estruturou o card. Não se compreende, ainda, que o John Morrison e o R-Truth tenham vencido tantos confrontos para depois, em plena Wrestlemania, não durarem cinco minutos e serem completamente dizimados. De qualquer modo, salva-se a vitória dos campeões e, desta forma, a possibilidade de podem continuar a credibilizar a divisão de equipas e os respectivos títulos.

2. Triple Threat Match: Randy Orton vs. Cody Rhodes vs. Ted DiBiase Jr.

> Este combate prometia bastante, até pela incerteza do modo como as coisas poderiam correr e acontecer. Ao contrário do que eu esperaria, a WWE decidiu mesmo passar a tratar o Randy Orton como um autêntico babyface e a reacção que ele obteve foi óptima (na verdade, aconteceu o mesmo que já se tinha passado com o Triple H e outros heels de grande sucesso...chega uma altura em que os fãs gostam tanto deles que se torna dificil mantê-los como heel)...por outro lado, os jovens membros dos Legacy mantiveram-se fiéis às suas personagens e, de início, interpretaram-nas bastante bem no ringue, tornando o combate, praticamente, num handicap match para o RKO. Contudo, os dois companheiros começeram a colidir e, com isso, deram uma excelente oportunidade ao Orton de virar o curso dos acontecimentos, dando a volta ao combate e derrotando os dois oponentes. A meu ver foi um bom match, no entanto, e à semelhança do que aconteceu ao longo do PPV, teve pouco tempo e, por isso, também parece que foi tudo um bocado rápido e despejado. Veremos, agora, o que têm destinado para o Randy, já que me parece que os dois jovens vão entrar em feud.

3. Money in the Bank Ladder Match: Christian vs. Kane vs. Dolph Ziggler vs. Shelton Benjamim vs. Jack Swagger vs. MVP vs. Matt Hardy vs. Evan Bourne vs. Drew McIntyre vs. Kofi Kingston

> Na minha opinião, a WWE errou ao não ter chamado, para este combate, wrestlers com um estatuto mais consolidado e que pudessem acrescentar uma maior credibilidade e entusiasmo ao mesmo. Assim, e porque não o fez, aquilo a que assistimos foi um autêntico festival de spots e botches que pouco sentido fizeram...em todo o caso, acredito que foi um match que encheu as medidas a muito boa gente. Dos participantes apostaria na vitória do Christian ou do Drew McIntyre...e a verdade é que embora prefira o segundo, iria sentir-me melhor se o "Captain Carisma" vencesse, até porque acredito, fortemente, na possibilidade de um confronto entre o McIntyre e o Undertaker neste período pós-Mania. Mas qual não foi o meu espanto ao verificar que o grande vencedor deste MITB foi o Jack Swagger...um wrestler com grande qualidade e potencial, mas que vinha sendo tratado como low carder pela companhia ao longo do presente ano. Julgo que a escolha foi boa, permitiu surpreender os fãs e ainda dá a possibilidade ao jovem Swagger de se ir credibilizando e consolidando até ao momento em que decidirá cobrar a sua oportunidade de lutar por um dos títulos mundiais da companhia.

4. Triple H vs. Sheamus

> Este combate perdeu muita da sua força e possível interesse, quando decidiram não lhe adicionar a disputa pelo título da WWE...em todo o caso, tenho de dar os parabéns à equipa criativa por ter conseguido justificar de uma forma credível a marcação do match entre ambos. A verdade é que o Triple H retirou o título ao Sheamus e este, fã e admirador do "The Game" desde pequeno, queria agora vingança e aproveitar esta óptima oportunidade para consolidar o seu estatuto e fazer história à custa do seu Mestre, do homem que ele estudou até ao último pormenor, de Triple H. Tivemos, portanto, um excelente build up para este embate e se a essa situação juntarmos o facto do "Celtic Warrior" ser o tipo com quem o Paul Levesque treina diariamente, então já sabiamos que iriamos, com certeza, assistir a um combate, no mínimo, sólido. E assim foi...tudo começou com um Sheamus desrespeitador e confiante de si e nas suas capacidades, algo que o "Cerebral Assassin" foi destruíndo com a sua experiência e "matreirisse". O match desenrolou-se de uma forma bastante sólida, muito coerente e credível e onde a psicologia de ringue e o à vontade entre os atletas foi uma constante. Olhavamos para o Sheamus e viamos um tipo com quase 10 anos de carreira (tal era a perfeição com que executava os moves e vendia o seu adversário)...e viamos no Triple H um homem feliz e a divertir-se, à grande, com o combate que travava com o seu amigo, na vida real. Julgo que, a seguir ao Undertaker vs. Shawn Michaels, foi o melhor combate da noite e algo bastante positivo para a carreira do Sheamus, que conseguiu demonstrar que é um lutador muito capaz e que constitui, portanto, uma aposta acertada e segura da WWE. O final do combate também foi muito bem conseguido, perdendo o irlandês, apenas, porque de forma orgulhosa e pouco reflectida, tentou aplicar um pedigree ao Triple H, permitindo que este recuperasse e, na sua desatenção, o derrotasse. Pessoalmente gostava que a feud continuasse, mas não me parece que isso vá acontecer...a ver vamos o que a RAW nos trará.

5. CM Punk (w/Straight-Edge Society) vs. Rey Mysterio

> Aqui aconteceu, mais uma vez, aquilo que se verificou nos dois primeiros combates...deram pouco tempo aos wrestlers e, por isso, tornou-se muito complicado oferecer um combate ao nível da Wrestlemania e que permitisse assistir ao que o CM Punk e o Rey Mysterio têm de melhor para oferecer. E esta situação é, ainda mais, lamentável, porque o build up deste match e a forma como toda a rivalidade vinha a ser conduzida, exigia que ela fosse tomada em muito maior consideração e respeito. De qualquer modo, o CM Punk, com uma promo inicial, sacou um heat tremendo...demonstrando toda a sua qualidade enquanto enterteiner e o excelente momento que a sua carreira atravessa. Já o Rey foi igual a si próprio, o eterno babyface adorado pelos fãs e que luta, invariavelmente, perante situações em que parece estar em desvantagem, comparativamente ao seu adversário. O combate, pelas razões que já referi, não foi nada de especial...mas havia um forte interesse em redor do mesmo, para tentar perceber se o Mysterio conseguiria vencer e evitar a sua subsmissão como membro da Straight-Edge Society. Infelizmente, o "619" conseguiu mesmo derrotar o "Chicago Made", e digo infelizmente, porque a derrota do mexicano traria um entusiamo bem superior a esta feud, contudo, acredito que ela vá continuar e que o grande combate entre ambos pode acontecer já no próximo PPV da empresa.

6. No Holds Barred Match: Vince McMahon vs. Bret Hart

> Quem conhece a história entre ambos, sabe que o build up deste combate foi extraordinário e que tudo foi trabalhado, até ao último pormenor, de uma forma extremamente coerente e credível. A ideia de um Bret Hart fingir-se inferiorizado e humilhado regularmente por um Vince McMahon (horrível e cheio de confiança nas suas capacidades para vencer e humilhar um "Hitman" lesionado) apenas para conseguir enfrentá-lo na Wrestlemania foi, realmente, fantástica. Tinhamos, portanto, expectativas enormes de ver o "Best There Is, Best The Was and The Best There Ever Wiil Be" de regresso aos ringues, num combate em grande contra o seu maior adversário e a poder despedir-se de uma forma condigna dos seus fãs e da modalidade. E mesmo sabendo que as suas condições físicas não são as melhores, e que o Vince não é um wrestler muito capaz, a verdade é que a estipulação especial, dava-nos garantias de que poderiamos assistir a um belo espectáculo. Ora, não podiamos estar mais enganados e a WWE não poderia errar mais ao optar pelo angulo e momento que nos ofereceu. É que nada justifica a transformação de um dos momentos mais interessantes de todo o PPV, numa enorme palhaçada, onde a Hart Family foi metida ao barulho e o Vince levou porrada durante uns 5 minutos para o Bret vencer sem qualquer glória. Lamentável é a palavra que melhor descreve este infeliz episódio...de onde podemos destacar, pela positiva, apenas, o facto o Bret Hart, finalmente, ter conseguido despedir-se de uma forma digna, como ele merecia, perante os seus fãs e o público da WWE.

7. World Heavyweight Championship Match: Chris Jericho © vs. Edge

> A história em redor deste combate tinha como especial objectivo, a consolidação do Edge como um dos grandes babyface da empresa, depois de vários anos a assumir-se como um dos maiores heel da mesma. E é por isso que se justifica o grande trabalho da companhia em redor da "catch phrase" Spear, Spear, Spear...que muitos consideram idiota, mas que é genial ao ponto de se poder comparar ao "What!?" de Steve Austin! E não tenho a menor dúvida de que, numa altura em que o Edge sentir necessidade de mexer com o público, a "catch phrase" irá vir ao de cima e ajudá-lo-á no desempenho da sua nova personagem face. Por outro lado, como grande vencedor da Royal Rumble, havia uma quase certeza generalizada de que a "Rated R Superstar" se iria sagrar campeã na Wrestlemania...ainda para mais, quando todos sabemos que o Chris Jericho é, e quase sempre foi, considerado um campeão de transição. Foi, portanto, com natural surpresa e, pessoal, agrado que assistimos à retenção do título por parte do World Champion...a WWE fez história e acabou com o mito segundo o qual, o vencedor da Royal Rumble venceria sempre o seu combate na Mania. Já a posterior atitude do Edge, deixa antever uma possível continuação da feud entre ambos e, agora, confesso que estou curioso para tentar perceber como o Michael Heyes lhe irá "pegar". Já o combate, também foi bastante agradável, tendo-se verificado muitos "near falls" (o que trás sempre grande entusiasmo aos matches) e uma boa química entre os wrestlers (o que também seria de esperar, não fossem o Jericho e o Adam velhos conhecidos e amigos de longa data). De qualquer modo, faltou-lhe algo para ser um combate genial e penso que esse algo, seria uma estipulação especial...que teria ajudado ao desempenho do Edge (que, como sabemos, tem algumas dificuldade em se impor nos combates, ditos, normais).

8. Eve Torres & Beth Phoenix & Kelly Kelly & Gail Kim & Mickie James vs. Alicia Fox & Vickie Guerrero & Maryse & Layla & Michelle McCool

> Bem, este foi aquele combate em que, acretido, todos aproveitaram para ir à casa de banho fazer as suas necessidades e buscar alguma coisita para comer lol. Julgo que podemos resumir tudo a um sem números de divas dentro do ringue, a aplicar os seus finhisher moves e a permitirem a vitória de Vickie Guerrero e da sua equipa heel...foi, portanto, um momento menos interessante do espectáculo e que se torna útil, simplesmente, pelo conteúdo que vem adicionar a futuros desenvolvimentos das feuds nas divisões femininas da WWE.

9. WWE Championship Match: Batista © vs. John Cena

> O build up deste combate foi muito bom e quando assim é, está meio caminho percorrido para que o interesse e entusiasmo seja bastante grande...contribuindo, por isso, para um enorme hype do mesmo. Com John Cena igual a si mesmo e um Batista de volta à sua melhor forma, agora, como um autêntico super-heel, o combate começou como se esperava...repleto de ódio e vontade mútua de destruíção. O Cena tomou a dianteira, desferindo ataques rápidos e ferozes em Batista, que à primeira oportunidade virou o confronto a seu favor e procurou trabalhar o pescoço do adversário (algo bem pensado, já que no último combate entre ambos, o "Animal" lesionou o Cena nesse mesmo local). Depois, inesperadamente, parece que se esqueceram desse pormenor e começaram a travar um combate com um conceito algo diferente (e esta é uma das grandes críticas que lanço a este match...a outra, foram os inúmeros botches que pudemos verificar, especialmente, causados pelo, então, WWE Champion Batista)...e foi assim, que depois de vários "near falls" e de alguns finisher moves trocados entre os intervenientes, que o Cena aplicou o seu STFU e obrigou o "Animal" a desistir, transformando-se no novo WWE Champion. Apesar de algum erros, como referi, foi um bom combate...por último, não acredito que a feud vá continuar, pois, muito provavelmente, o Batista cobrará a sua clausula para um novo title match já numa RAW e perderá de novo.

10. Streak vs. Carrer Match: No-DQ & No Count Out: The Undertaker vs. Shawn Michaels

> A expectativa era muito grande em redor deste combate e ele tinha tudo para, à semelhança do que aconteceu no ano passado, se assumir como o melhor do evento. Havia, realmente, incerteza, quanto ao vencedor e, por outro lado, um grande sentimento de nostálgia por estarmos a assistir ao, possível, derradeiro embate da carreira de Shawn Michaels. E a verdade é que os dois intervenientes não desiludiram ninguém, tendo proporcionado um combate que, na minha opinião, foi até superior ao travado por ambos na edição anterior da Wrestlemania. Começou-se por trabalhar uma lesão na perna do Undertaker e o HBK fez de tudo para a aproveitar, utilizando desde o Figure Four Leg Lock (celebrizado por Ric Flair) ao Ancle Lock (de Kurt Angle), mostrando que estava mesmo disposto a correr todos os riscos para vencer o seu adversário. Pudemos ainda assistir a um Deadman que tentava vencer o Shawn desesperadamente, não fossem as inúmeras vezes que o "Showstopper" se livrou do pin fall e dos finishers moves do Undertaker...ao mesmo tempo que o HBK cometia os mesmos erros do combate do ano passado, mas fora do ringue, de maneira a não comprometer a sua vitória. O final foi brilhante, simplesmente genial...o Undertaker gritava "Stay Down" não querendo, realmente, fazer sofrer ainda mais o seu inimigo, ao passo que o Shawn (orgulhoso e "cocky" até ao fim), mesmo de rastos, levantou-se e deu uma chapada ao Deaman...que em seguida lhe aplicou um potentíssimo Tombstone Pelidriver e terminou a sua carreira. Foi o combate da noite e é, claramente, condidato a match do ano...fiquei feliz pelo que ambos conseguiram, mas muito triste por ver o Shawn abandonar (quem faz um combate destes não pode terminar a sua carreira...é uma pena que uns não o queiram fazer mas não consigam continuar, e outros que podem continuar e conseguem fazê-lo, não queiram mais)...fica o respeito pela sua carreira e dedicação, um verdadeiro obrigado por tudo a um dos melhores de sempre.

Conclusões:

> Não podemos dizer que tenha sido uma Wrestlemania má, até porque superou claramente a qualidades de muitas edições anteriores à mesma...contudo, pela forma como foi construída, pelo hype que lhe deram e pelo card que lhe atribuíram, esperava-se, realmente, mais. De positivo, há que realçar a surpreendente aposta em Jack Swagger, a afirmação de Sheamus e o seu excelente combate com Triple H, as boas disputas pelos títulos mundiais e o fenomenal espectáculo a que pudemos assistir no main event. No sentido inverso, podemos destacar como pontos negativos, um público bastante amorfo e que pouco ajudou à festa, e o reduzido espaço de tempo que alguns intervenientes tiveram para travar os seus combates (certamente teria sido preferível cortar nos "rewinds" das feuds e privelegiar a duração e qualidade dos combates). No entanto, este evento ficará marcado, sobretudo, pelo adeus de um dos melhores de sempre, pela despedida de uma das maiores lendas da modalidade, pelo fim da carreira do enorme "Heartbreakid" Shawn Michaels.





Bem, e foi mais um "Dias is That Damn Good", que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!

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