Boas Pessoal!
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)
Depois de várias criticas feitas ao modo como a TNA vinha a conduzir o seu programa semanal, PPVs e plantel, eis que chegou o momento de reconhecer o esforço que a companhia tem desenvolvido no sentido de melhorar a qualidade do seu produto e de o tornar mais credível e interessante. Confesso que não é uma situação que se verifique há muito tempo, contudo, julgo que a percepção de que as coisas melhoraram bastante ao longo do último mês é um sentimento generalizado em quem acompanha com regularidade o iMPACT.
Deste modo, e tendo em conta o que disse imediatamente atrás, aquilo que vos proponho ao longo do artigo de hoje é a enumeração e explicação das principais razões que estão na origem desta "boa evolução".
Não percam, portanto, as próximas linhas...
- Crescimento do Star Power: Independentemente da TNA já possuir grandes valores e talentos nas suas fileiras, antes da chegada de Hulk Hogan e Eric Bischoff, é um facto que as contratações de várias estrelas (especialmente as mais jovens) de enorme potencial e mediatismo vieram trazer um novo ambiente, mais entusiástico e interessante...Rob Van Dam, Jeff Hardy e Mr. Anderson são os melhores exemplos do que aqui afirmo. Ora, com tanta gente nova e de qualidade, a empresa de Orlando passou a dispor não só de mais workers super-capacitados e que ajudam bastante ao nível do merschandising, como abriu, também, caminho a um sem número de novas histórias e rivalidades que apenas esta revolução no seu plantel poderia proporcionar. E a junção daqueles que já estavam na TNA, às gentes novas que chegaram e a alguns veteranos/lendas da modalidade vem dar à companhia, presidida por Dixie Carter, todo um grande clima de aprendizagem, passagem de testemunho e formação de novas estrelas que, diga-se, é muito benéfico para todos os fãs, wrestlers e, própria, indústria.
- Consolidação do Roster: Uma outra situação que contribuiu bastante para o aumento da qualidade dos iMPACTs, ao longo do último mês, foi o facto da equipa criativa da TNA, finalmente, ter compreendido a melhor forma de gerir os seus lutadores. Até aqui, a companhia procurava dar espaço e tempo de antena a todos, algo que num programa de 90 minutos semanais não era exequível face ao tamanho plantel da empresa...no entanto, agora, decidiram apostar nos wrestlers e histórias mais importantes com grande regularidade ao passo que as feuds secundárias se têm veridicado num registo rotativo...e esta opção permite que os vários segmentos ao longo dos programas tenham o tempo desejável para serem realizados com sucesso, ao mesmo tempo que se evitam "aquelas" constantes intromissões e interrupções criadas, apenas, para permitir o aparecimento deste ou daquele lutador num decorrer do iMPACT.
- Hierarquização das Divisões: Outro ponto importantíssimo que conseguimos verificar nesta melhoria qualitativa do produto da TNA, é a estabilidade com que as suas divisões têm vindo a ser conduzidas por oposição à grande confusão que vinhamos assistindo até então. Hoje, quando olhamos para as "divisões" e organização do card da empresa percebemos de uma forma bastante clara e simples os moldes em que a equipa criativa se baseia: No main event temos a grande feud entre o RVD e o Sting; logo de seguinda, no upper card, deparamo-nos com um AJ Styles vs. Kazarian (w/Ric Flair) vs. Jay Lethal e, também, com um Kurt Angle na sua caminhada para o topo; no mid card, temos feuds como o Abyss vs. Desmond Wolfe, Rob Terry vs. Orlando Jordan, Matt Morgan que irá feudar, muito provavelmente, contra o regressado Hernandez e um Samoa Joe que vai tentando "rebentar" tudo quanto lhe aparece pela frente; na divisão de equipas, num plano principal temos a contenda que uniu Mr. Anderson e Jeff Hardy contra os Beer Money Inc., e num plano mais secundários as rivalidades entre o grupo "The Band" e os candidatos aos títulos de equipas; na X-Division temos um super-campeão Doug Williams a lutar contra toda uma divisão, na tentativa de os "reeducar" no que respeita ao wrestling; e no low card encontramos uma espécie híbrida de rivalidade entre os Team 3D e os Ink Ink. Já na Knockout's Divison, onde uma onda lesões que se abateu sob a companhia, tem-se procurado credibilizar a actual campeã Madison Rayne. Está, portanto, tudo bastante claro e construído sob uma lógica de credibilidade que permite compreender a forma como os oficiais da TNA olham para cada wrestler, a cada momento.
- Trabalho com vista os PPVs: Este é, também ele, um ponto bastante importante no aumento da credibilidade e objectividade dos iMPACTs. Até há bem pouco tempo a companhia vendiam angulos e segmentos nos seus programas semanais sem sequer os preparar e perdendo, também por isso, inúmeras oportunidades de os vender em formato PPV. Hoje, a realidade é diferente e a companhia trabalha, cada vez mais, para que o desenlace final das histórias e rivalidades se dê no decorrer dos shows que são realmente pagos. Muitos podem não concordar comigo, mas esta medida é bastante benéfica para a companhia até porque não faz qualquer sentido oferecer programas semanais e PPVs que se equivalem em termos qualitativos...torna-se contraproducende. Para além disso, o sucesso da WWE neste capítulo, utilizando esta fórmula, é apenas mais uma razão para parabenizar a TNA pela decisão que tomou ao decidir alterar a sua estratégia de preparação de PPVs.
- Hogan e Bischoff como Actores Secundários: Quando chegaram à TNA, Hulk Hogan e Eric Bischoff assumiram um papel bastante importante na condução da companhia e essa situação alastrou-se, também, aos próprios iMPACTs. Assim, durante largos períodos de tempo assistiamos a programas onde grande parte do tempo de antena se destinava a segmentos com estes dois intervenientes que, de uma forma ou de outra, estavam directamente ligados a todas as feuds e rivalidades decorrentes na empresa. Ora, esta situação, para além incomportável, impedia que os programas girassem em redor do wrestling e seus praticantes, para se centrar, quase única e exclusivamente, nas suas imagens...felizmente, as coisas alteraram-se e tanto Hogan como Bischoff têm desenvolvido um papel não tão primário como antes, dando tempo e espaço para que os lutadores e valores da companhia, realmente, actuem e se rentabilizem.
- Afastamento de Vince Russo: Um outro acontecimento que não pode deixar de ser tido em conta quando falamos no aumento da qualidade dos iMPACTs, está directamente relacionado com o afastamento de Vince Russo dos comandos criativos da empresa. Tal como tive oportunidade de referir, por diversas vezes, o Russo é um génio, no entanto, não pode trabalhar sozinho numa equipa criativa ou ser ele o principal timoneiro da mesma...com o Russo, é preciso ter alguém que compreenda realmente a modalidade, a indústria e o negócio, para que as suas ideias possam ser filtradas e adequadas às exigências que os desafios de hoje colocam a quem dirige main streams no Pro Wrestling. Agora, que o facto do iMPACT ter melhorado quando o Russo saiu vai "inchar" o peito de muitos dos seus críticos, ai isso vai =P
Conclusões:
- As chegadas de Hogan e Bischoff trouxeram grandes e profundas mudanças e alterações para a TNA. Os seus programas e qualidade dos mesmos, como é óbvio, foi afectado por essa situação (quer para o bem, quer para o mal)...o que é certo, é que depois de tantas confusões, erros (como o recurso exagerado ao blooding, por exemplo), segmentos sem sentido e decisões pouco coerentes, a equipa criativa parece, finalmente, ter encontrado um rumo e modelo certo para a condução do programa da TNA, dos seus PPVs e dos seus lutadores. Resta-nos, agora, esperar que a empresa de Orlando se mantenha nesta linha e que a qualidade do seu produto continue a aumentar.
Bem, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira ;)
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)
Depois de várias criticas feitas ao modo como a TNA vinha a conduzir o seu programa semanal, PPVs e plantel, eis que chegou o momento de reconhecer o esforço que a companhia tem desenvolvido no sentido de melhorar a qualidade do seu produto e de o tornar mais credível e interessante. Confesso que não é uma situação que se verifique há muito tempo, contudo, julgo que a percepção de que as coisas melhoraram bastante ao longo do último mês é um sentimento generalizado em quem acompanha com regularidade o iMPACT.
Deste modo, e tendo em conta o que disse imediatamente atrás, aquilo que vos proponho ao longo do artigo de hoje é a enumeração e explicação das principais razões que estão na origem desta "boa evolução".
Não percam, portanto, as próximas linhas...
- Crescimento do Star Power: Independentemente da TNA já possuir grandes valores e talentos nas suas fileiras, antes da chegada de Hulk Hogan e Eric Bischoff, é um facto que as contratações de várias estrelas (especialmente as mais jovens) de enorme potencial e mediatismo vieram trazer um novo ambiente, mais entusiástico e interessante...Rob Van Dam, Jeff Hardy e Mr. Anderson são os melhores exemplos do que aqui afirmo. Ora, com tanta gente nova e de qualidade, a empresa de Orlando passou a dispor não só de mais workers super-capacitados e que ajudam bastante ao nível do merschandising, como abriu, também, caminho a um sem número de novas histórias e rivalidades que apenas esta revolução no seu plantel poderia proporcionar. E a junção daqueles que já estavam na TNA, às gentes novas que chegaram e a alguns veteranos/lendas da modalidade vem dar à companhia, presidida por Dixie Carter, todo um grande clima de aprendizagem, passagem de testemunho e formação de novas estrelas que, diga-se, é muito benéfico para todos os fãs, wrestlers e, própria, indústria.
- Consolidação do Roster: Uma outra situação que contribuiu bastante para o aumento da qualidade dos iMPACTs, ao longo do último mês, foi o facto da equipa criativa da TNA, finalmente, ter compreendido a melhor forma de gerir os seus lutadores. Até aqui, a companhia procurava dar espaço e tempo de antena a todos, algo que num programa de 90 minutos semanais não era exequível face ao tamanho plantel da empresa...no entanto, agora, decidiram apostar nos wrestlers e histórias mais importantes com grande regularidade ao passo que as feuds secundárias se têm veridicado num registo rotativo...e esta opção permite que os vários segmentos ao longo dos programas tenham o tempo desejável para serem realizados com sucesso, ao mesmo tempo que se evitam "aquelas" constantes intromissões e interrupções criadas, apenas, para permitir o aparecimento deste ou daquele lutador num decorrer do iMPACT.
- Hierarquização das Divisões: Outro ponto importantíssimo que conseguimos verificar nesta melhoria qualitativa do produto da TNA, é a estabilidade com que as suas divisões têm vindo a ser conduzidas por oposição à grande confusão que vinhamos assistindo até então. Hoje, quando olhamos para as "divisões" e organização do card da empresa percebemos de uma forma bastante clara e simples os moldes em que a equipa criativa se baseia: No main event temos a grande feud entre o RVD e o Sting; logo de seguinda, no upper card, deparamo-nos com um AJ Styles vs. Kazarian (w/Ric Flair) vs. Jay Lethal e, também, com um Kurt Angle na sua caminhada para o topo; no mid card, temos feuds como o Abyss vs. Desmond Wolfe, Rob Terry vs. Orlando Jordan, Matt Morgan que irá feudar, muito provavelmente, contra o regressado Hernandez e um Samoa Joe que vai tentando "rebentar" tudo quanto lhe aparece pela frente; na divisão de equipas, num plano principal temos a contenda que uniu Mr. Anderson e Jeff Hardy contra os Beer Money Inc., e num plano mais secundários as rivalidades entre o grupo "The Band" e os candidatos aos títulos de equipas; na X-Division temos um super-campeão Doug Williams a lutar contra toda uma divisão, na tentativa de os "reeducar" no que respeita ao wrestling; e no low card encontramos uma espécie híbrida de rivalidade entre os Team 3D e os Ink Ink. Já na Knockout's Divison, onde uma onda lesões que se abateu sob a companhia, tem-se procurado credibilizar a actual campeã Madison Rayne. Está, portanto, tudo bastante claro e construído sob uma lógica de credibilidade que permite compreender a forma como os oficiais da TNA olham para cada wrestler, a cada momento.
- Trabalho com vista os PPVs: Este é, também ele, um ponto bastante importante no aumento da credibilidade e objectividade dos iMPACTs. Até há bem pouco tempo a companhia vendiam angulos e segmentos nos seus programas semanais sem sequer os preparar e perdendo, também por isso, inúmeras oportunidades de os vender em formato PPV. Hoje, a realidade é diferente e a companhia trabalha, cada vez mais, para que o desenlace final das histórias e rivalidades se dê no decorrer dos shows que são realmente pagos. Muitos podem não concordar comigo, mas esta medida é bastante benéfica para a companhia até porque não faz qualquer sentido oferecer programas semanais e PPVs que se equivalem em termos qualitativos...torna-se contraproducende. Para além disso, o sucesso da WWE neste capítulo, utilizando esta fórmula, é apenas mais uma razão para parabenizar a TNA pela decisão que tomou ao decidir alterar a sua estratégia de preparação de PPVs.
- Hogan e Bischoff como Actores Secundários: Quando chegaram à TNA, Hulk Hogan e Eric Bischoff assumiram um papel bastante importante na condução da companhia e essa situação alastrou-se, também, aos próprios iMPACTs. Assim, durante largos períodos de tempo assistiamos a programas onde grande parte do tempo de antena se destinava a segmentos com estes dois intervenientes que, de uma forma ou de outra, estavam directamente ligados a todas as feuds e rivalidades decorrentes na empresa. Ora, esta situação, para além incomportável, impedia que os programas girassem em redor do wrestling e seus praticantes, para se centrar, quase única e exclusivamente, nas suas imagens...felizmente, as coisas alteraram-se e tanto Hogan como Bischoff têm desenvolvido um papel não tão primário como antes, dando tempo e espaço para que os lutadores e valores da companhia, realmente, actuem e se rentabilizem.
- Afastamento de Vince Russo: Um outro acontecimento que não pode deixar de ser tido em conta quando falamos no aumento da qualidade dos iMPACTs, está directamente relacionado com o afastamento de Vince Russo dos comandos criativos da empresa. Tal como tive oportunidade de referir, por diversas vezes, o Russo é um génio, no entanto, não pode trabalhar sozinho numa equipa criativa ou ser ele o principal timoneiro da mesma...com o Russo, é preciso ter alguém que compreenda realmente a modalidade, a indústria e o negócio, para que as suas ideias possam ser filtradas e adequadas às exigências que os desafios de hoje colocam a quem dirige main streams no Pro Wrestling. Agora, que o facto do iMPACT ter melhorado quando o Russo saiu vai "inchar" o peito de muitos dos seus críticos, ai isso vai =P
Conclusões:
- As chegadas de Hogan e Bischoff trouxeram grandes e profundas mudanças e alterações para a TNA. Os seus programas e qualidade dos mesmos, como é óbvio, foi afectado por essa situação (quer para o bem, quer para o mal)...o que é certo, é que depois de tantas confusões, erros (como o recurso exagerado ao blooding, por exemplo), segmentos sem sentido e decisões pouco coerentes, a equipa criativa parece, finalmente, ter encontrado um rumo e modelo certo para a condução do programa da TNA, dos seus PPVs e dos seus lutadores. Resta-nos, agora, esperar que a empresa de Orlando se mantenha nesta linha e que a qualidade do seu produto continue a aumentar.
Bem, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira ;)
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