Boas Pessoal!
Sejam bem vindos à 150ª tiragem do "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)
A discussão em redor do produto da WWE e, particularmente, em relação à qualidade e potencial do mesmo, tem enchido as caixas de comentários de vários blogues e servido de grande tema central à redacção de inúmeros artigos e posts. Muito se tem falado sobre as boas e más apostas da empresa presidida por Vince McMahon, no entanto, nas mais variadas análises há um pormenor que tem sempre passado em claro...o modo como os wrestlers vêem e olham para este mesmo produto e alterações na forma de produzir que a maior de todas as companhias de Pro Wrestling tem preconizado.
Ora, é esse mesmo assunto que me proponho debater ao longo desta 150ª edição do meu espaço, aqui, no XBooker. Por isso, não percam as próximas linhas...
Comecemos, então, pelo período anterior ao angulo de invasão, revolta ou insubmissão (como lhe quiserem chamar) dos rookies que constituíram o plantel do WWE NXT Season 1. Antes deste acontecimento se ter verificado, é um facto que o ambiente em redor do WWE Monday Night RAW era de grande desgaste e falta de entusiasmo...as rivalidades eram banais e com uma profundidade bastante discutível, o main event estava sobrelotado por grandes estrelas que andam no topo há já vários anos e os rantigs, esses então, não conseguiam inverter a tendência negativa que vinha afectando o programa. Por outro lado, o produto da companhia tem-se transformado de uma forma radical, querendo-se transmitir uma ideia completamente incrível de que o Pro Wrestling (forma de desporto e entertenimento de combate) não é violento...contracenso maior? É dificil encontrá-lo.
Chegado o momento da tão falada storyline, importa referir todas as componentes que a tornaram espectacular logo no seu lançamento. Em primeiro lugar, é de realçar o completo e total segredo com que a WWE tratou esta situação, contribuindo o seu profundo desconhecimento "à priori" para a enorme surpresa e estrondo que o angulo teve junto dos fãs da modalidade. Em segundo lugar torna-se fundamental olhar para escolha dos rookies, da primeira temporada do NXT, como algo bastante inteligente, já que permite lançar "sangue-novo" enquanto se constrói uma história com enorme credibilidade, potencial e capacidade de surpreender no tempo e com regularidade todos os seguidores da indústria. Por último, e talvez a questão mais importante na forma como todo este "angulo" fez sucesso, aparece-nos a brutalidade e violência da actuação dos jovens lutadores. Não é que se tenha verificado algo nunca antes visto, no entanto, dadas as últimas indicações acerca do "PG Rantig" e dos próprios auto-controlos preconizados pela WWE, toda esta espécie de violência e brutalidade acabou por parecer exarcebada e, também por isso, bastante mais credível e marcante.
Mas, pelo vistos, o grande problema surgiu com o que acabei de refeir no final do parágrafo anterior...a empresa de Vince McMahon sempre foi irrepreensível na forma como dozeava a utilização da violência e de "spots" especiais, daí que quando eles se verificassem se tornassem realmente únicos e mágicos...agora, como se veio a comprovar com a dispensa de Bryan Danielson (Daniel Bryan) e as repetidas repreensões à actuação, dita "exgerada", dos rookies, a WWE já nem permite que essa brutalidade aconteça pontualmente, a companhia está mesmo empenhada em bani-la de vez, pelo menos, por agora.
E, neste ponto, chegamos a um problema bastante grave para a companhia, a sua submissão à falsa moralidade de empresas como a Mattel e outras que tal. Até agora tenho-me mostrado defensor do produto da empresa e continuo a acreditar que ela saberá tomar as melhores decisões e encarar o futuro da melhor forma, no entanto, não posso estar do seu lado ou defendê-la quando expulsa wrestlers das suas fileiras por estes terem praticado um momento de Pro Wrestling com uma qualidade e nível altíssimos. Por consequência, não acredito que os fãs e as vendas se tornem numa verdadeira ameaça para a empresa (até porque os nichos de fãs encontram-se sempre, independentemente do produto...pois tal como se pode trocar de produto, também se podem trocar de fãs e público-alvo, e uma empresa como a WWE, bem estabelecida, não seria grandemente afectada por essa situação), no entanto, o modo como os próprios wrestlers passam a olha-la, pode tornar-se numa verdadeira ameaça para a mesma.
Depois do despedimento do Bryan, foi grande a revolta do balneário da WWE e as vozes de grandes nomes dentro da companhia fizeram-se ouvir...o próprio John Cena, que nunca tinha vindo publicamente criticar qualquer decisão da empresa, apareceu completamente constrangido com a situação e incentivou a criação de um movimento externo à WWE que lutasse e fizesse pressão pelo regresso do lutador. Á parte destes acontecimentos, pudemos ouvir, mais recentemente, numa entrevista de Dave Bautista (Batista) as suas críticas ao actual produto da WWE e à falta de motivação e entusiasmo que sentia enquanto trabalhador da companhia. O ex-WWE afirmou-se, inclusive, agastado com wrestling que nos é oferecido, hoje, pela empresa, argumentando que não foi "este" aquele que viu enquanto criança e que o transformou num grande fã da modalidade.
Pode, então, parecer absurdo e estranho falar nisto, especialmente pela distância que esta realidade poderá estar de acontecer, no entanto, acredito viemente que se a WWE não tiver cuidado com as transformações radicais que tem vindo a produzir no seu "Wrestling", mais cedo ou mais tarde, terá grandes dificuldades em motivar, entusiasmar e convencer os seus lutadores daquilo que estão a fazer e, mais importante que isso, torná-los felizes no seu trabalho.
Bem, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira =)
Sejam bem vindos à 150ª tiragem do "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)
A discussão em redor do produto da WWE e, particularmente, em relação à qualidade e potencial do mesmo, tem enchido as caixas de comentários de vários blogues e servido de grande tema central à redacção de inúmeros artigos e posts. Muito se tem falado sobre as boas e más apostas da empresa presidida por Vince McMahon, no entanto, nas mais variadas análises há um pormenor que tem sempre passado em claro...o modo como os wrestlers vêem e olham para este mesmo produto e alterações na forma de produzir que a maior de todas as companhias de Pro Wrestling tem preconizado.
Ora, é esse mesmo assunto que me proponho debater ao longo desta 150ª edição do meu espaço, aqui, no XBooker. Por isso, não percam as próximas linhas...
Comecemos, então, pelo período anterior ao angulo de invasão, revolta ou insubmissão (como lhe quiserem chamar) dos rookies que constituíram o plantel do WWE NXT Season 1. Antes deste acontecimento se ter verificado, é um facto que o ambiente em redor do WWE Monday Night RAW era de grande desgaste e falta de entusiasmo...as rivalidades eram banais e com uma profundidade bastante discutível, o main event estava sobrelotado por grandes estrelas que andam no topo há já vários anos e os rantigs, esses então, não conseguiam inverter a tendência negativa que vinha afectando o programa. Por outro lado, o produto da companhia tem-se transformado de uma forma radical, querendo-se transmitir uma ideia completamente incrível de que o Pro Wrestling (forma de desporto e entertenimento de combate) não é violento...contracenso maior? É dificil encontrá-lo.
Chegado o momento da tão falada storyline, importa referir todas as componentes que a tornaram espectacular logo no seu lançamento. Em primeiro lugar, é de realçar o completo e total segredo com que a WWE tratou esta situação, contribuindo o seu profundo desconhecimento "à priori" para a enorme surpresa e estrondo que o angulo teve junto dos fãs da modalidade. Em segundo lugar torna-se fundamental olhar para escolha dos rookies, da primeira temporada do NXT, como algo bastante inteligente, já que permite lançar "sangue-novo" enquanto se constrói uma história com enorme credibilidade, potencial e capacidade de surpreender no tempo e com regularidade todos os seguidores da indústria. Por último, e talvez a questão mais importante na forma como todo este "angulo" fez sucesso, aparece-nos a brutalidade e violência da actuação dos jovens lutadores. Não é que se tenha verificado algo nunca antes visto, no entanto, dadas as últimas indicações acerca do "PG Rantig" e dos próprios auto-controlos preconizados pela WWE, toda esta espécie de violência e brutalidade acabou por parecer exarcebada e, também por isso, bastante mais credível e marcante.
Mas, pelo vistos, o grande problema surgiu com o que acabei de refeir no final do parágrafo anterior...a empresa de Vince McMahon sempre foi irrepreensível na forma como dozeava a utilização da violência e de "spots" especiais, daí que quando eles se verificassem se tornassem realmente únicos e mágicos...agora, como se veio a comprovar com a dispensa de Bryan Danielson (Daniel Bryan) e as repetidas repreensões à actuação, dita "exgerada", dos rookies, a WWE já nem permite que essa brutalidade aconteça pontualmente, a companhia está mesmo empenhada em bani-la de vez, pelo menos, por agora.
E, neste ponto, chegamos a um problema bastante grave para a companhia, a sua submissão à falsa moralidade de empresas como a Mattel e outras que tal. Até agora tenho-me mostrado defensor do produto da empresa e continuo a acreditar que ela saberá tomar as melhores decisões e encarar o futuro da melhor forma, no entanto, não posso estar do seu lado ou defendê-la quando expulsa wrestlers das suas fileiras por estes terem praticado um momento de Pro Wrestling com uma qualidade e nível altíssimos. Por consequência, não acredito que os fãs e as vendas se tornem numa verdadeira ameaça para a empresa (até porque os nichos de fãs encontram-se sempre, independentemente do produto...pois tal como se pode trocar de produto, também se podem trocar de fãs e público-alvo, e uma empresa como a WWE, bem estabelecida, não seria grandemente afectada por essa situação), no entanto, o modo como os próprios wrestlers passam a olha-la, pode tornar-se numa verdadeira ameaça para a mesma.
Depois do despedimento do Bryan, foi grande a revolta do balneário da WWE e as vozes de grandes nomes dentro da companhia fizeram-se ouvir...o próprio John Cena, que nunca tinha vindo publicamente criticar qualquer decisão da empresa, apareceu completamente constrangido com a situação e incentivou a criação de um movimento externo à WWE que lutasse e fizesse pressão pelo regresso do lutador. Á parte destes acontecimentos, pudemos ouvir, mais recentemente, numa entrevista de Dave Bautista (Batista) as suas críticas ao actual produto da WWE e à falta de motivação e entusiasmo que sentia enquanto trabalhador da companhia. O ex-WWE afirmou-se, inclusive, agastado com wrestling que nos é oferecido, hoje, pela empresa, argumentando que não foi "este" aquele que viu enquanto criança e que o transformou num grande fã da modalidade.
Pode, então, parecer absurdo e estranho falar nisto, especialmente pela distância que esta realidade poderá estar de acontecer, no entanto, acredito viemente que se a WWE não tiver cuidado com as transformações radicais que tem vindo a produzir no seu "Wrestling", mais cedo ou mais tarde, terá grandes dificuldades em motivar, entusiasmar e convencer os seus lutadores daquilo que estão a fazer e, mais importante que isso, torná-los felizes no seu trabalho.
Bem, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira =)
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