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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #151 - "Toca a Cascar Neles..."

Boas Pessoal!




Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)

Depois de algumas semanas de ausência, onde aproveitei para descansar um pouco da CWO e me mantive seriamente atarefado no trabalho, cá estou, de volta, com mais um dos meus artigos =P

No texto de hoje, aquele que agora vos apresento, vou procurar explorar grande parte das situações que me irritam no Pro Wrestling...especialmente aquelas que se verificam como resultado de opções completamente descabidas e ridículas.

Não percam, portanto, as próximas linhas...




Os PPVs Temáticos da WWE:

> Esta é daquelas questões que mais me "enfurece", sobretudo, porque deturpa por completo tudo aquilo que um espectaculo de wrestling deve ser. Já não falo no fim dos modelos de PPV exclusivos de cada brand e da sua substituição pelo formato multi-brand como um processo que prejudicou altamente a criação de novos valores e histórias realmente importantes...refiro-me, na verdade, ao facto destes PPVs Temáticos obrigarem a que as storylines e as feuds decorram de uma forma extramamente condicionada...limitando-as aos conceitos do próprio evento e aos combates marcados à priori que constituem o card do mesmo. No Pro Wrestling são as rivalidades e o desenvolvimento das mesmas que devem estipular os tipos de combate e confronto, logo, quando se interfere com essa situação acabam por retirar muita da riqueza e espectacularidade que a modalidade tem para oferecer...acabam por retirar-lhe, sobretudo, muita da sua credibilidade e coerência. Exceptuando o PPV Royal Rumble (porque apesar de tudo já constitui um valor histórico e está direccionado para um período muito concreto de cada "temporada/época" na WWE) acredito que todos os restantes PPVs temáticos são, completamente, dispensáveis.

O Respeito Exacerbado da WWE pelo PG Rating:

> Outra questão que me faz enorme "comichão" é a forma como a WWE decidiu adoptar o tão famoso "PG Rating" e o modo como o tem utilizado para justificar a completa inversão que imprimiu na sua forma de produzir e, por conseguinte, no seu produto. Não é que me custe perceber que a empresa queira "agarrar" públicos mais vastos e, por isso, direccione a sua produção para a família...não é que me custe compreender que, para isso, tenha de ter um pouco mais de cuidado na forma como apresenta os seus conteúdos e que procure controlar um pouco da violência adjacente a alguns angulos e combates próprios da modalidade...não é que não aceite as leis do mercado e a força que o lobby de algumas empresas tem...agora, o que eu não compreendo é que se exagere de uma forma tão injustificável na aplicação desse "PG Rating" ao ponto de descredibilizar aquilo que a companhia oferece aos fãs e de prejudicar a modalidade, o espectáculo e os seus próprios wrestlers. Esta questão é para mim totalmente inaceitável e só de pensar nas vezes que os combates têm sido interrompidos para assistir os lutadores quando estes sangram, até me dá uma coisinha má =P

O Conceito dos Tag Team Matches:

> Os verdadeiros tag team matches morreram no início da década que agora finda e com esta afirmação julgo que dou a entender muito daquilo que penso acerca das performences das actuais equipas. Anteriormente havia uma enorme preocupação em atribuir às equipas uma gimmick séria, capaz de as distinguir das demais e que fizesse realçar as qualidades individuais (e colectivas) dos seus membros...havia, também, uma forte aposta na divisão e nos seus benefícios, tendo esta o tempo de antena suficiente para que se criassem histórias interessantes e bem trabalhadas para depois poderem ser contadas dentro do ringue. Actualmente, é um facto que as tag team recuperaram algum dos prestígio que perderam ao longo da última década, no entanto, deixou-se de saber trabalhar os tag team matches e parece que todos adoptaram a mesma fórmula e script para os combates desta vertente. Na verdade, ver um Hart Dynasty vs. Uso Brothers é a mesma coisa que assistir a um outro combate qualquer de equipas...porque eles não contam qualquer história e acabam por se basear sempre nos mesmos fundamentos, sempre nos mesmos movimentos, sempre nos mesmos finais, etc. É, por isso, importante que se volte a trabalhar especificamente esta divisão...porque para continuar com este tipo de combates, se é realmente isso que lhe querem chamar, não vale apena (só conseguem disfarçar as fragilidades em gimmick matches e mesmo assim não é sempre).

O Blooding na TNA:

> Esta questão não é nova para ninguém e se critíco a WWE pela contenção excessiva que faz da violência, critíco por outro lado a companhia de Orlando pelo modo completamente ridículo como trata a questão do "blood". Não me canso de repetir que as coisas só são especiais se acontecerem ou se verificarem de uma forma também ela especial, até porque a banalização das coisas só as torna normais e, por isso, pouco interessantes ou irrelevantes. E é esse ponto que, infelizmente, a TNA parece não querer compreender...a companhia pode e deve recorrer ao blood nos seus combates e angulos sim, no entanto, deve fazê-lo de uma forma moderada e ponderada para que quando essas situações se verifiquem causem realmente impacto nas plateias e nos telespectadores. Se por outro lado continuarem a apostar nos "sangramentos" regulares do programa-após-programa, então podem esquecer porque não terá o efeito desejado, tornar-se-á, até, ridículo e perfeitamente descredibilizador...altamente incoerente e sem profundidade.

A Constante Celebração da ECW Original:

> Em primeiro lugar, devo dizer que não gostava da ECW Original nem dos seus membros...salvou-se uma ou outra feud e um ou outro wrestler (os bons foram rápidamente transferidos e brilharam, sobretudo, nas main streams, o Raven - pela sua espectacularidade e brilhantismo - e pouco mais). O wrestling apresentado era na sua grande maioria "PODRE, do mais PODRE que podia haver" sendo que o grande foco de interesse se centrava na brutalidade e violência dos actos que meia-dúzia de fãs fanáticos seguiam de forma religiosa. O seu grande líder, o Paul Heyman, era sem dúvida um grande Manager, mas como condutor de homens foi um autêntico desastre, faltando com a sua palavra milhões de vezes e levando a companhia há falência...sim, porque quem o trata como um Deus da modalidade esquece-se que apenas conseguiu juntar um nicho de fãs muito restrito e que não conseguiu garantir a sustentabilidade da sua criação. Mas pior que isto, são as constantes tentativas de fazer renascer esta "instituição"...primeiro na WWE e, agora, na TNA. É que para além de se estar a apostar em wrestlers sem qualidade e envelhecidos, esquecem-se que estão a substituir aquilo que deve ser o Pro Wrestling por um modelo que, na verdade, não o respeita, que não o engrandece, que falhou e que, de certeza, irá trazer graves problemas para quem aposta nele. Numa última análise, está-se a errar porque se aposta em algo do passado que não vingou ao invés de se tentar inovar e trazer coisas novas para a molidade e para os fãs.

O Brian Gerwitz:

> Vocês até podem dizer que sou um chato com este tipo ou que sou injusto com ele, mas a verdade é que ainda tenho mais confiança no Russo do que no Gerwitz. O raio do homem irrita-me mesmo...pela sua incompetência, pela sua falta de qualidade, pela sua falta de visão, por não ter um projecto, por não ter qualquer ideia do que deva fazer, porque tem atolado a RAW com histórias sem qualquer potencial (é que nem foi ele o autor do angulo de rebelião dos NXT - Nexus), por quase tudo aquilo que ele representa dentro da WWE e na nova geração de writers da modalidade...uma geração que não compreende o fenómeno para o qual trabalha. Mas o que me irritou de forma ainda mais profunda foi a sua hipócrisia e falta de vergonha quando bem recentemente disse não compreender o porquê dos "Managers" terem desaparecido da modalidade e apontou a falta de novos talentos com real valor para o justificar. Não é que este idiota quer fazer dos outros parvos para justificar a sua incompetência e falta de habilidade!? Ora, se ele é o head writer da RAW, não terá uma responsabilidade tremenda no desaparecimento das personagens manager e da sua importância!? E depois o argumento da falta de novos valores é simplesmente rídiculo, pois basta olhar para um Larry Sweeney ou para um Armando Estrada (que ele teve e não soube aproveitar) para compreender o quão infeliz são as suas afirmações e desculpas. Enfim...é um idiota que apenas está a contagiar a WWE com a sua estupidez e azelhice.




Como é óbvio, ficaram por abordar mais um sem número de outros casos e situações altamente criticáveis (como o despedimento de Bryan Danielson, a aposta em Evan Bourne, os MITB, a valorização do Kofi Kinsgton ou a aposta em R-Truth, por exemplo), no entanto, julgo que ficaram aqui representadas as questões mais aberrantes ou, pelo menos, aquelas que mais me irritam =P

Tenho, também, noção de que é um artigo um pouco aquém daqueles que costumo apresentar...contudo, dado o meu afastamento ao longo dos últimos tempos, não poderia abordar de uma forma mais aprofundada as grandes questões da actualidade.





Em todo o caso, foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira ;)

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