Boas Pessoal!
Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", a coluna com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)
No decorrer da passada semana, foi-nos anunciado pela própria Presidente da TNA, Dixie Carter, que a empresa está à procura de uma estação televisiva que lhe garanta a transmissão de um novo programa semanal. Após esta notícia ter vindo a público, muitas foram as especulações que se geraram em seu redor, falando-se, sobretudo, da semelhança entre esse novo show da TNA com o Superstars da WWE. A diferença, seria o facto do programa estar inteiramente dedicado ao wrestling feminino e à X-Division.
Ora, tratando-se de rumores, não podemos ter a certeza de que são verdadeiros e, por isso, podes sempre "sonhar" com a opção mais lógica e mais benéfica para a companhia de Orlando, nesta altura. E essa opção, seria a criação de uma nova brand, que seria transmitida nesse novo programa semanal.
Sigam, portanto, as próximas linhas, para melhor compreenderem o assunto em debate...
Desde que a Total Nonstop Action foi criada que muitas histórias, momentos e grandes acontecimentos já se registaram. A empresa que começou por trasmitir pela internet e constituir-se como uma indy, deu um grande salto e é, neste momento, a segunda grande companhia de wrestling mundial, uma verdadeira "Main Stream". Mas este crescimento e evolução, foi ainda mais notável e sentido, nos dois últimos anos, onde o desenvolvimento do roster (sua qualidade, credibilidade e popularidade), a crescente qualidade de produção e a profunda alteração do aspecto/ambiente da TNA, lhe proporcionaram o atingir de outro patamar (bem mais elevado). A chegada de grandes nomes da modalidade, como Kurt Angle ou Sting e Mick Foley, concedeu à empresa novas oportunidades de crescimento e de agarrar públicos que até então não a conheciam, ou que não perdiam muito do seu tempo com ela...as lendas e estrelas, deram credibilidade à companhia e, por muito que pensem o contrário, foram benéficas para os wrestlers originais da TNA, que só depois de conviverem com elas, passaram a ser vistos como lutadores de uma importante companhia e não como workers de uma qualquer indy. Com este enriquecimento do plantel de lutadores à disposição da equipa criativa, registou-se, também, um claro aumento da qualidade e quantidade das feus/storylines/rivalidades e uma verdadeira evolução da produção. Os PPVs passaram a ter maior destaque e a ser alvo de uma atenção realmente especial, ao passo que os iMPACT, para além de maior tempo de antena, foram bem estruturados e passaram a apresentar um produto/matéria muito interessante e atractivo. Quando o conteúdo tocou o seu auge, foi necessário modificar o aspecto e ambiente do programa e da própria companhia, e foi nesse sentido que a iMPACT Zone foi remodelada e recebeu um "tratamento" próprio das "main streams".
Tudo parece óptimo e caminhar para um sucesso sem limites, contudo, várias condicionantes obrigam a que o futuro se comece a pensar e a trabalhar já. Em primeiro lugar, é preciso compreender que as pessoas gostam de novidades e que a estagnação de um roster inteiro é algo que se pode tornar num "caso sério"...daí a necessidade de ir apostando em novos talentos, novas histórias e outras formas de nos apresentarem o wrestling de que tanto gostamos. Depois, e em segundo lugar, é necessário perceber a verdadeira realidade que se vive na companhia de Orlando, e olhar para o seu roster, especialmente no main event, onde as grandes estrelas já se encontram numa fase terminal das suas carreiras, hipotecando (se não se criarem novos main eventers) o futuro da empresa. Outra questão importante, está ligada ao facto dos 90 minutos semanais e os PPVs da empresa já se mostrarem manisfetamente insuficientes para albergar um conjunto tão alargado de wrestlers contratualmente ligados à TNA. E se a equipa criativa tinha encontrado uma boa forma de contrariar essa situação até há uns tempos, a verdade é que com a chegada constante de novos elementos e o crescimentos das diversas divisões que compõem o roster da empresa...a lotação do iMPACT é uma evidência cada vez maior. O facto da companhia ter aglomerado, recentemente, alguns wrestlers na chamada "World Elite" não foi tomada ao acaso, é necessário dar espaço a todos e isso está a trazer de volta um "complexo" que a TNA enfrentou antes do seu efectivo crescimento como "main stream". E é, então, neste contexto, que a criação e aparecimento de um novo programa/show semanal se constitui como uma óptima solução.
Mas, vejamos o seguinte, a TNA já apresenta, tal como a WWE, alguns programas com os melhores momentos, ou acontecimentos históricos, ou ainda entrevistas e reportagens sobre a empresa. Isso não é uma novidade e não servirá para resolver os problemas da companhia. Por outro lado, e dando ouvidos aos rumores que apontam para a criação de um programa ao estilo do Superstars (da WWE), penso que a TNA não está a fazer uma aposta totalmente correcta, especialmente no conceito e estrutura do mesmo. É verdade que isso resolveria a questão do tempo de antena e que o pessoal da X-Division e da divisão feminina da companhia, iriam ter mais oportunidades para se mostrarem...contudo, esta situação nunca se afiguraria como uma solução de longo prazo e, mais importante que isso, pouco relevante seria na criação de novas estrelas. O grande problema da companhia de Orlando e o desafio que ela tem de enfrentar, é o facto de conseguir aproveitar ao máximo, as lendas e veteranos do seu roster, afim de poderem criar as suas próprias lendas a tempo de os substituir no main event, quando chegar a altura deles abandonarem. E para isso, a criação de um "Superstars À Lá TNA", não resulta.
A solução que eu vejo como óptima, tendo por base este novo programa, é a criação de uma nova brand, dentro da própria TNA. É verdade que isso iria obrigar a uma profunda transformação orgânica e estrutural da empresa...mas, a Total Nonstop Action já está crescidinha de mais para temer essa situação. O nascimento de uma nova brand iria ser benéfica para todos e disso, não haja a menor dúvida. Os fãs, poderiam assistir a mais um programa semanal; a TNA continuava o seu crescimento e desenvolvimento, assumindo-se cada vez mais como uma alternativa à WWE, e criando o espaço e condições necessárias para o lançamento de novas estrelas e a consolidação de jovens talentos no seu main event; por sua vez, os wrestlers, iriam ter mais tempo de antena e exposição, e poderiam ver as suas histórias evoluirem de uma forma mais sustentada e bem consolidada. Mas a divisão do roster da TNA em duas brands iria proporcionar, sobretudo, o fim dos MEM...e o aproveitamento dos seus integrantes enquanto wrestlers de single-matches, durante um período em que eles ainda consigam promover os jovens e elevá-los até ao main event da companhia. Essa sim deve ser a grande preocupação de quem dirige a TNA, porque se afigura como o único modo que contraria um claro envelhecimento dos "líderes" da federação. Hoje, já podem contar com o Samoa Joe, o AJ Styles, o Bobby Lashley e o Matt Morgan...mas é preciso criar mais e melhor, para suprir os futuros abandonos de Sting, Booker T, Kevin Nash, Scott Steiner e Kurt Angle. Dividir, não para reinar, mas sim para permitir crescer, estruturar, criar e desenvolver...é esta a solução!
Bem, e foi mais um "Dias is That Damn Good", que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira!
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