Boas Pessoal!
Sejam bem vindos a mais um
"Dias is That Damn Good", um dos espaços com maior história na nossa
CWO ;)
Ao longo dos vários anos de
actividade do Pro Wrestling, foram diversos os exemplos de celebridades
oriundas de outras indústrias/áreas que tomaram parte de promoções, storylines,
rivalidades e angles relacionados com a modalidade. Esse envolvimento originou,
salvo raras excepções, uma crescente mediatização e popularização do negócio e,
acima de tudo, a conquista de novos públicos para a própria indústria.....
Ora, aquilo que me proponho
abordar e desenvolver ao longo do presente texto será, então, essas mesmas
contribuições que as celebridades alheias ao Wrestling deram à modalidade e a
viabilidade e/ou benefícios de voltar a apostar neste fenómeno na actualidade,
nunca descuidando aquilo que foram os bons e os maus exemplos do recurso a
estas situações.
Não percam, portanto, as próximas
linhas…
O primeiro grande envolvimento de
celebridades alheias ao Pro Wrestling e seus lutadores, ou pelo menos aquele
que recordamos mais facilmente, verificou-se nos anos 80, com a participação de
Hulk Hogan no filme Rocky III, onde interpretou a personagem Thunderlips e
enfrentou Stallone (Rocky) num suposto combate de beneficência que colocaria
frente-a-frente, segundo a história, a maior estrela do Boxe e a maior estrela
do Wrestling. Mais tarde, percebendo as vantagens que o envolvimento da
modalidade com outras indústrias traria para o desenvolvimento dos negócios e o
crescimento do número de fãs, Vince McMahon decidiu criar um “programa” que
juntaria o Capitão Lou Albano com uma das estrelas da música mais populares
naquela época, Cyndi Lauper. Este mesmo “programa” consistiu na participação de
Lou Albano num videoclip da cantora e, também, na construção de uma rivalidade
entre ambos que acabaria por envolver outros lutadores e lutadoras da WWE
(então WWF). Também nesta altura, a WWE apostou no desenvolvimento de uma rivalidade
entre Hulk Hogan e Roddy Piper que contaria com a presença de Mr. T, um dos
actores mais famosos e populares pela sua participação na série “The A-Team” (mais
conhecida em Portugal por “Esquadrão Classe A”). A juntar a estas situações,
encontramos também outros envolvimentos pontuais que contribuíram de forma
determinante para o boom a que se assistiu na modalidade no decorrer dos anos
80, assegurando a presença de diversas estrelas de Hollywood e do mundo da
música nas plateias dos espectáculos de wrestling e trazendo com elas, por
consequência, uma vasta camada de público que não assistia aos shows da
modalidade e se tornou seu fã.
Já no decorrer dos anos 90, mais concretamente durante as Monday Night Wars, a WWE de Vince McMahon voltou a apostar nesta receita de sucesso, trazendo para a sua programação a maior estrela mundial do Boxe naquela altura, Mike Tyson, e envolvendo-o na rivalidade/storyline que opunha os D-Generation-X a "Stone Cold" Steve Austin. Por sua vez, a WCW de Ted Turner, dirigida por Eric Bischoff, também compreendeu a importância da relação entre o Wrestling e as celebridades que lhe são alheias, criando rivalidades e programas dos quais participaram as estrelas do Basquetebol Karl Malone e Dennis Rodman. Contudo, a WCW começou, mais tarde, a utilizar esta situação de uma forma bastante frequente e errada, retirando, em primeiro lugar, o brilho e espectacularidade de algo que acontecia de forma pontual e, ao mesmo tempo, escolhendo celebridades que pelo seu porte físico e área de trabalho em nada contribuíram para a credibilização da modalidade...aconteceu assim, sobretudo no período de Vince Russo, com o envolvimento do humorista/apresentador Jay Leno e do actor/comediante David Arquette (tendo o último chegado mesmo a conquistar o título mundial da WCW). Por consequência, para além de um óptimo exemplo de como não se devem utilizar as celebridades alheias ao Pro Wrestling, os erros crassos cometidos com o booking de Jay Leno e David Arquette no ringue e em storylines, levantaram as primeiras grandes dúvidas no que respeita ao recurso a este tipo de paradigma.
Por outro lado, apesar de algum arrefecimento na utilização de celebridades no Pro Wrestling, começou a verificar-se um crescimento da participação de wrestlers e ex-wrestlers no cinema de Hollywood, dos quais The Rock, Steve Austin, Triple H, Big Show e Kane são os melhores exemplos. Ao mesmo tempo, percebendo o que estava a acontecer, a própria WWE criou o seu estúdio e tem produzido filmes que contam com a participação dos seus lutadores. Também no sentido de aproximar a modalidade e estrelas de outras indústrias (sobretudo pela possibilidade de cativar públicos diferentes e, por isso, um maior número de seguidores), mais recentemente, Vince McMahon lançou na sua companhia o fenómeno dos "Guest Hosts", que consistia na presença de um convidado especial (uma celebridade) que ficaria a cargo de algumas decisões no que respeitava à condução dos Monday Night Raw. Mas esta acabou por ser uma solução que trouxe poucos benefícios, não só porque a participação das celebridades era muito diminuta e não pressupunha um envolvimento muito denso nas histórias, mas também porque nem todos os "Guest Hosts" tinham a vocação necessária para desempenhar aquele papel (isto para não falar na falta de gosto e respeito pela modalidade que muitos deles demonstraram). Mais tarde, haveria também uma aposta em Mickey Rourke (famoso e consagrado actor que estava em voga pela interpretação da personagem Randy "The Ram" Robinson no premiado filme The Wrestler), envolvendo-o numa rivalidade entre Chris Jericho e Ric Flair, mas que, apesar de tudo, não alcançou o sucesso almejado. Por último, constituindo-se, com toda a certeza, no caso mais recente de maior sucesso, temos o envolvimento de Floyd "Money" Mayweather (grande personalidade e lutador do mundo do boxe) numa rivalidade que o opôs a Big Show e que culminou num combate entre ambos na Wrestlemania 24.
Por outro lado, apesar de algum arrefecimento na utilização de celebridades no Pro Wrestling, começou a verificar-se um crescimento da participação de wrestlers e ex-wrestlers no cinema de Hollywood, dos quais The Rock, Steve Austin, Triple H, Big Show e Kane são os melhores exemplos. Ao mesmo tempo, percebendo o que estava a acontecer, a própria WWE criou o seu estúdio e tem produzido filmes que contam com a participação dos seus lutadores. Também no sentido de aproximar a modalidade e estrelas de outras indústrias (sobretudo pela possibilidade de cativar públicos diferentes e, por isso, um maior número de seguidores), mais recentemente, Vince McMahon lançou na sua companhia o fenómeno dos "Guest Hosts", que consistia na presença de um convidado especial (uma celebridade) que ficaria a cargo de algumas decisões no que respeitava à condução dos Monday Night Raw. Mas esta acabou por ser uma solução que trouxe poucos benefícios, não só porque a participação das celebridades era muito diminuta e não pressupunha um envolvimento muito denso nas histórias, mas também porque nem todos os "Guest Hosts" tinham a vocação necessária para desempenhar aquele papel (isto para não falar na falta de gosto e respeito pela modalidade que muitos deles demonstraram). Mais tarde, haveria também uma aposta em Mickey Rourke (famoso e consagrado actor que estava em voga pela interpretação da personagem Randy "The Ram" Robinson no premiado filme The Wrestler), envolvendo-o numa rivalidade entre Chris Jericho e Ric Flair, mas que, apesar de tudo, não alcançou o sucesso almejado. Por último, constituindo-se, com toda a certeza, no caso mais recente de maior sucesso, temos o envolvimento de Floyd "Money" Mayweather (grande personalidade e lutador do mundo do boxe) numa rivalidade que o opôs a Big Show e que culminou num combate entre ambos na Wrestlemania 24.
A história e a experiência mostram-nos, portanto, que é benéfico para a modalidade, sua mediatização e crescimento, a participação e utilização de celebridades alheias ao mundo do Pro Wrestling. Contudo, ensina-nos, também, que essa mesma utilização deve estar sempre dependente das características dessas mesmas celebridades e da forma como elas serão integradas e envolvidas nos mais diversos angles, feuds, storylines e combates. Por exemplo, se nunca faria sentido criar um angle entre actores como Ben Stiller, Matt Dillon e/ou Adam Sandler (entre outros) e o campeão da WWE, não deixaria de ser engraçado e até positivo envolvê-los numa rivalidade com o Santino Marella. Da mesma forma que o envolvimento de actores como Vin Diesel, Hugh Jackman e/ou Jason Statham, entre outros (pelo tipo de personagens que interpretam e até pelo porte físico) com lutadores heel em fase de consolidação e ascensão ao main event, se trabalhado de uma forma correcta e coerente apenas poderia trazer enormes benefícios e seguidores para a indústria.
E vocês, o que pensam da utilização e envolvimento de Celebridades de outras indústrias no Pro Wrestling?!
Um Abraço!
Dias Ferreira
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