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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Dias is That Damn Good #183 – "Make Your Own Wrestling Company"

 Boas Pessoal!



Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", um dos espaços com maior história na CWO ;)

Acredito que todos, ou quase todos, os fãs de wrestling já se perguntaram sobre como seria a sua promotora se tivessem possibilidade de a criar. Pois, bem, a proposta que, hoje, vos faço, passa pela edificação e construção da vossa própria companhia de Pro Wrestling.

Em seguida, deixarei, como exemplo, aquilo que, na minha opinião e dando largas à minha imaginação, gostaria que fosse a minha empresa. Quanto a vocês, espero que critiquem as minhas opções e que, sendo criativos e inovadores, apresentam as vossas propostas para a criação da vossa própria promotora.

Não percam, portanto, as próximas linhas...



Promotora:

    - World Wrestling Association (WWA)

World Wrestling Association (WWA), não só porque o nome fica no ouvido e é fácil de pronunciar, mas também porque dá uma dimensão mais séria e organizacional da própria modalidade...afinal de contas, para todos os efeitos, falar-se-ia sempre da Associação Mundial de Wrestling.

Escola:

  • WWA Academy

Funcionaria como um centro de treinos e de desenvolvimento de novos talentos e wrestlers, com vista à sua posterior integração no plantel principal da companhia. Por outro lado, procurar-se-ia, também, uma série de acordos com polos universitários no sentido de garantir estágios e até emprego a jovens licenciados nas mais diversas áreas de utilidade à empresa como o marketing e publicidade, a gestão, a informática, a produção, etc...contemplando, desta forma, também o importante papel de responsabilidade social que, na minha opinião, qualquer companhia deve exercer.

Indústria:

  • Professional Wrestling
  • Sports Entertainment

Show:

  • WWA Tuesday Night Rampage

A escolha do nome Rampage explica-se pela necessidade de encontrar uma expressão que fosse forte e ficassse no ouvido, mas também que se identificasse com o próprio conteúdo do programa (excitação, tumulto, revolta, acção, etc). A terça-feira aparece como dia para a transmissão do show semanal para conseguir explorar o espaço livre entre as transmissões do WWE Monday Night RAW, do TNA Thursday Night iMPACT Wrestling e do WWE Friday Night SmackDown. Por último, o programa deveria iniciar-se em finais de Novembro, inícios de Dezembro para dar tempo ao build up e promoção do PPV WWA Wrestlemadness.

PPV's:

A opção por 6 PPVs explica-se, sobretudo, pela necessidade de dar o tempo suficiente para que, nos shows semanais (WWA Tuesday Night Rampage), se fizesse um build up e promoção consistente e coerente dos mesmos. Da mesma forma e, sabendo de ante mão, que o modelo PPV actual está muito desgastado, a realização de apenas 6 ppv's por ano, parece-me, permitir a sua rentabilização ao máximo.

  • Janeiro – WWA Wrestlemadness

Seria o primeiro PPV do ano e o mais importante para a promotora. Aconteceria todos os anos em Janeiro e funcionaria para a WWA como a Wrestlemania funciona para a WWE. O seu nome (Wrestlemadness) pretende exprimir, acima de tudo, o momento maior de loucura, paixão e obsessão em redor da companhia e da modalidade.

  • Março – WWA Retaliation

Sendo o segundo PPV do ano, funcionaria, acima de tudo, para concluir as feuds, rivalidades e storylines ainda decorrentes do ppv anterior...o nome Retaliation compreende-se neste mesmo sentido, no de vingar e de acertar as contas dos acontecimentos ocorridos no WWA Wrestlemadness.

  • Maio – WWA Uprising

Constituir-se-ia, acima de tudo, como um ppv de transição...concluidas as rivalidades no WWA Retaliation, o WWA Uprising serviria, em grande medida, para consolidar as novas rivalidades e combates que se tinham originado. Por outro lado, seria, também, um pré-build up do WWE SummerBrawl.

  • Julho – WWA SummerBrawl

Tornar-se-ia o PPV do Verão e, por isso, teria de conter sempre um card forte. Serviria, portanto, não só para concluir as rivalidades e histórias que o WWA Uprising tinha consolidado, mas também para abrir caminho a um novo ciclo de feuds e storylines.

  • Setembro – WWA Battlefield

O WWA Battlefield seria o único ppv temático da WWA e consistiria, em grande medida, em 3 combates. O embate pelo WWA World Heavyweight Championship, o confronto pelo WWA Women's Championship e o Battlefield Match (uma espécie de Royal Rumble disputada dentro de um Hell in a Cell, onde os wrestlers seriam eliminados por pinfall e/ou submission)...tal como na Royal Rumble, o vencedor do Battlefield Match assegurava um lugar no main event do WWA Wrestlemadness e a consequente oportunidade de lutar pelo título principal da companhia. A escolha do nome Battlefield explica-se pelo seu próprio significado e pelo facto de retratar aquilo em que este gimmick match realmente consiste, num campo de batalha.

  • Novembro – WWA Collision

Sendo o último ppv do ano, o WWA Collision, serviria, acima de tudo, para consolidar, preparar e alanvacar as rivalidades rumo ao WWA Wrestlemadness...daí que o seu nome seja Collision, no sentido de lançar esse grande embate, essa enorme colisão que culminaria no maior dos ppvs da empresa.

Títulos:

  • WWA World Heavyweight Championship > Seria o título a disputar pelos main eventers da companhia e, por isso, o mais importante.
  • WWA Television Championship > Seria um título intermédio, de transição, e serviria, acima de tudo, para a estruturação do roster nas suas mais variadas divisões...neste caso, o mid card e o upper card.
  • WWA World Tag Team Championship > Tornar-se-ia no título a disputar e a conquistar na divisão de equipas da promotora.
  • WWA Cruiserweight Championship > Assumiria, sobretudo, a função de objectivo maior a conquistar pelos wrestlers mais pequenos, mais leves, que fazem mais acrobacias, etc. Teria, portanto, um papel muito semelhante aos antigos WCW e WWE Cruiserweight Championship.
  • WWA Women's Championship > Como o próprio nome indica, seria o título a disputar na divisão feminina da empresa pelas suas lutadoras.

Booking e Storylines:

  • General Manager/Figura de Autoridade

Existiria, certamente, um...mas o seu envolvimento e personagem, assim como o seu estatuto heel ou babyface, estariam sempre dependentes do desenvolvimento das mais diversas storylines e da importância que uma figura de autoridade poderia desempenhar nas mesmas.

  • Na Mesa de Comentários

A clássica dupla de play-by-play e color announcer, que não só ajudasse a construir e a contar a história dos combates, mas que fizesse o mesmo em relação aos próprios wrestlers, rivalidades e storylines.

  • No Main Event

A minha opção passaria por escolher dois wrestlers jovens, com uma elevada margem de progressão e evidente potencial, que seguissem dois caminhos opostos...

O primeiro, à sua volta, criaria uma pequena stable (com mais dois elementos) e, enquanto heel, consolidar-se-ia como o maior e mais importante nome da companhia (no fundo, assumiria um papel muito semelhante aos que Ric Flair e Triple H desempenharam nos Four Horseman e Evolution, respectivamente). O objectivo passaria por lhe entregar o título e um "reinado" de 1 ano, durante o qual só obteria vitórias. Para alimentar este "reinado" e "winning streak", entraria em rivalidades e combates com os melhores (e mais populares) wrestlers que o circuito independente tem para oferecer...assim como com as lendas, ainda capacitadas, que o orçamento da companhia pudesse suportar.

O segundo, seria lançado como um "bad ass" babyface-tweener...um wrestler que também obteria uma "winning streak" de um ano, ao longo da qual iria ganhando um crescente apoio do público e popularidade, ao mesmo tempo que consolidava a sua credibilidade e estatuto (receberia algo muito semelhante a uma mistura do push de Steve Austin na WWE e de Goldberg na WCW). Venceria o Battlefield Match no WWA Battlefield e, dessa forma, assegurava um lugar no main event do WWA Wrestlemadness, no qual iria competir frente ao lutador do "primeiro" caso.

Desta forma, no WWA Wrestlemadness, encontrar-se-iam, pela primeira vez, dois wrestlers imbatíveis, com percursos completamente opostos (mas que se tocavam no facto de nunca terem sido derrotados) e cujo build up do seu combate se iniciou praticamente um ano antes de acontecer.

  • No Mid Card

Aqui não existiria uma storyline de fundo, mas sim o confronto entre diferentes wrestlers com as mais diversas personagens e gimmicks, tendo em vista a própria consolidação e desenvolvimento destes talentos do "meio da tabela"...entre alguns desses gimmicks poderemos realçar, por exemplo:

O aperecimento de um lutador com a personagem do famoso playboy, aquele tipo que consegue ser bom a fazer as mais variadas coisas, mas que é altamente convencido, arrogante e irritante e que "saca" uma data de raparigas. Contudo, este personagem não seria igual aos clássicos "playboys" apresentados ao longo da história da modalidade...ele teria de ser, claramente, mais sério e credível, mas também mais intenso e rancoroso, vingativo e perverso. É o típico gimmick que permite a criação de feuds e rivalidades que tenham por base o facto de se ter metido com a namorada/mulher alheia...ou ainda, o típico personagem que permitem explorar um "angle" em que o machismo e a violência doméstica apareçam como temas centrais.

Ou, o lançamento de um outro personagem que, tocando num tema fracturante da sociedade e polémico (criando, certamente, imenso "buzz") assumiria o papel de um wrestler homossexual estigmatizado e a lutar para que os seus direitos, oportunidades e dignidade fossem tratadas com o respeito que qualquer ser humano merece. Trata-se de um personagem com potencial para abordar as mais diversas histórias como, por exemplo, o facto de ser perseguido e hostilizado pelos restantes colegas de profissão (wrestlers neste caso)...ou a possibilidade de ser constantemente alvo do preconceito homofóbico de uma figura de autoridade (um general manager ou director) que o ameaça, persegue e impede de progredir na carreira...entre muitas outras situações.

  • Na Divisão de Equipas

Aqui, apostaria, sobretudo, num "angle" que envolvesse a criação de duas grandes tag teams antagónicas. Mais uma vez, escolhendo um tema bastante controverso e que, apesar de tudo, ainda vai corroendo vastos sectores da sociedade, procuraria explorar dois grupos, facções e/ou equipas que fossem a antítese uma da outa e que se degladiassem entre si, tendo por base o racismo (contra os negros) e o combate ao mesmo. Desta forma, apareceriam duas tag teams com as seguintes características:

Uma primeira (com 3 elementos), recriaria, acima de tudo, aqueles tipos brutos, completamente conservadores, quase lunáticos e altamente preconceituosos. Muito à imagem e semelhança dos chamados "Rednecks" e poderia ser, esse mesmo, o nome da equipa (The Rednecks). Ora esta equipa de sulistas, adepta do Klu Klux Klan faria o seu debut atacando um wrestler local negro (algo que repetiriam ao longo das semanas e programas seguintes), argumentando que queriam um WWA branca, "limpa", sem negros.

Por sua vez, apareceria uma outra equipa, formada por wrestlers negros que se lhes oporia. Tudo começaria com um dos 3 membros que comporiam esta tag team a ser completamente assaltado e brutalizado no seu debut...no entanto, na semana seguinte, enquanto os "Rednecks" emboscavam um outro wrestler local negro, esse mesmo elemento que tinha sido assaltado na semana anterior, apareceria na plateia, cativando a sua atenção e permitindo a fuga do wrestler local...uma semana mais tarde, a situação repetia-se, mas agora o wrestler negro apareceria no screen afirmando que iria vingar-se e destruir um por um. Na semana seguinte, em 3 segmentos de backstage diferentes, cada um dos elementos dos "Rednecks" apareceriam inanimados e completamente ensanguentados. Ora, no programa seguinte, enquanto o wrestler (negro), no ringue, se vangloriava de ter completado a sua vingança, os "Redneck" apareceriam no stage e cercavam-o...aparecendo nesta altura, para fazer o save, os restantes 2 elementos do grupo "negro" que, se iriam assumir como "The Panthers" (numa clara alusão aos Black Panthers).

Ora, com estes gimmicks bem definidos e a história lançada, dava para fazer uma programação de mais uns quantos meses, sendo que as variações poderiam ser imensas. Desde logo, poderiamos assistir a um face turn dos "Rednecks" que deixariam de ser racistas e passariam a ser uma daquelas minorias que se vê altamente satirizadas e desrespeitadas...por outro lado, os "Panthers" fazendo um heel turn, poderiam deixar de lado a questão do combate contra o racismo e pela dignidade, começando a centrar a sua actuação na causa da supremacia negra...entre muitas outras histórias que se poderiam criar. O importante passa mesmo por criar gimmicks com elevado potencial e que dão uma margem de manobra bastante elevada quanto à sua utilização. Pelo meio, como é óbvio, estaria a disputa pelo WWA World Tag Team Championship.

  • Na Divisão Cruiserweight

Não sei se conhecem, se recordam e/ou se estão familiarizados com um angle que a TNA criou há uns anos atrás com as "Paparazzi Protuctions". Ora este angle consistia em pegar em lutadores jovens, da X-Division, como Jay Lethal, Chris Sabin, Alex Shelley, Shark Boy, entre outros, e coloca-los a interpretar personagens como Steve Austin, Ric Flair, Randy Savage, etc. Na minha opinião aquilo poderia ter sido tremendamente interessante se aproveitado e rantabilizado da melhor forma.

Ora, o que eu faria, para lançar esta cruiserweight division passaria muito por algo semelhante. Podem dizer que isto seria anular os wrestlers envolvidos, mas trata-se precisamente do contrário...qualquer um que procure recriar e emitar grandes lendas, as suas "cactch phrases", os seus movimentos, "entrances" e "taunts" consegue desde logo despertar para si uma enorme atenção e o objectivo seria mesmo esse...ainda que depois, quando o angle estivesse completamente esgotado, esses lutadores viessem a assumir as suas prórpias personagens e gimmicks.

Mas pensem bem na possibilidade de recriar os "dream matches" que nunca aconteceram ou de, inclusive, satirizar as grandes lendas, entre muitas outras situações. Na minha opinião seria não só uma homenagem a todos essas lendas, mas também uma enorme "vénia" ao entertenimento ver jovens wrestlers a assumir as personagens de Hulk Hogan, de The Rock, de Steve Austin, de Triple H, de Goldberg, de Shawn Michaels, de Sting, de Scott Hall e Kevin Nash, de Ric Flair...até de John Cena, entre outros. Seria, certamente, uma situação que despertaria um enorme interesse e entusiasmo dos fãs e a sua constante atenção.

  • Na Divisão Feminina

Aqui a história centrar-se-ia em duas lutadoras amigas, heel, que acreditavam ser a únicas com qualidade e direito a poder lutar e ter combates nos mais variados eventos da companhia. Pretendiam, portanto, não só ter e controlar toda a divisão feminina só para elas, como ser as suas únicas integrantes e impedir qualquer uma de lhe poder aderir.

Desta forma, durante algumas semanas, cada vez que uma lutadora independente procurava fazer o seu debut, seria assaltada, violentada e brutalizada ao ponto de desistir, logo naquele momento, de entrar para a WWA. E isto continuava a acontecer até que uma lutadora realmente resistia e ripostava, criando-se uma rivalidade entre ela e as outras duas que terminaria no WWA Wrestlemadness com a vitória da babyface (uma vez o que o show seria criado e iria para o ar em finais de Novembro, inícios de Dezembro, havia o tempo suficiente para construir todo este angle, interessante, por forma a estar tudo pronto em Janeiro aquando da realização do maior ppv da promotora). Mais tarde, certamente, outras lutadoras seriam adicionadas à divisão, com novas feuds e rivalidades, mas esta seria, na minha opinião, a melhor forma de lançar a divisão de equipas e a luta pelo WWA Women's Championship.

E vocês, o que pensam da minha promotora e do seu booking?! Que criticas lhe apontam?! O que fariam diferente?! Como seria a vossa promotora?!

Um Abraço!
Dias Ferreira

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