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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #14 - "A Nova ECW"



Boas, a crónica que hoje escrevo é mais uma vez sobre a situação que a ECW (brand da WWE) atravessa. Sei que já é um tema mais que debatido e discutido, mas na análise que vou fazer, ao contrário de outras vezes prespectivo um futuro risonho...sigam o artigo e já vão perceber a que me refiro!



Em primeiro lugar, gostava de relembrar que há alguns meses atrás no artigo que escrevi sobre o período que a ECW atravessava ("ECW da WWE"), comecei por me referir aos seus wrestlers e fans originais, acusando a WWE de ter defraudado todos aqueles que acreditavam na antiga promotora e de ter gozado com eles, transformando a ECW numa brand em que nada havia de extreme, a não ser a má qualidade dos seus wrestlers e o desaproveitamento e humilhação dos seus wrestlers originais. Lembro-me também, que nessa altura era Bobby Lashley o ECW Champion (que passava a vida no RAW e raramente aparecia na ECW) e que a única feud de jeito que a ECW apresentava na altura (New Breed vs ECW Originals) estava esgotada ou tinha chegado ao fim. Perante esta situação e com baixas audiências, estava posto em causa o caminho que a WWE tinha proposto em para ECW, assim como a própria existência desta brand. Foi este o ponto de partida para o artigo que escrevi há meses atrás(como já referi anteriormente), nele apresentei a minha presperctiva do que a WWE deveria fazer para que a ECW vingasse como brand...num resumo muito rápido, defendi que Paul Heyman deveria ser nomeado General Manager da ECW (na altura a ECW ainda não tinha GM); defendi também que deveria ser dado maior protagonismo e importância aos wrestlers da ECW original; que deveria haver trocas no seu roster, rescindindo com os maus wrestlers e ocupando essas vagas com os wrestlers novos e talentosos que estavam a ser mal aproveitados no RAW ou na SmackDown; argumentei, ainda, que dar liberdade criativa e de acção aos wrestlers poderia ser benéfica para o desenvolvimento de qualidades quer nos wrestlers, quer na brand; Por último, recusei e critiquei imenso a visão que Dusty Rhodes apontava, como futuro a seguir para a ECW (transforma-la numa espécie de território de desenvolvimento, mas num patamar muito mais rigoroso e já com exposição televisiva...ou seja, uma espaço para lançamento e afirmação de novos talentos.



Depois desta reflexão sobre aquilo que pensava no passado, e olhando para o presente, tenho de reconhecer que estava errado, que Dusty Rhodes teve uma ideia brilhante, e que esta sua visão tirou a ECW da monotonia e desinteresse em que tinha caído. A verdade é que a ECW, seguindo esta visão de Dusty Rhodes, deu oportunidades a jovens talentos e não se saiu mal...os combates são de grande qualidade e despertam realmente o interesse pela brand. Aliás, a brand da WWE que actualmente acompanho mais atentamente é a ECW (o RAW só vejo por causa do Triple H e a SmackDown vale pela feud Matt Hardy vs MVP). Assim, e visto que enumerei algumas das razões porque considero a ECW de hoje um produto atractivo, porque será que é uma brand que se encontra estagnada em termos de audiências e de credibilidade? A verdade, é que apesar de ter melhorado muito em relação á situação que enfrentava no passado, a ECW ainda se depara com graves problemas...apenas existe um título; o programa é de apenas 45 minutos; o roster é muito reduzido; continuam a apostar em wrestlers sem qualidade como Big Daddy V, Mike Knox, Kevin Thorn, Boogeyman e Miz; e, principalmente, porque a WWE não consegue, ou não quer, atribuir a esta brand a credibilidade que ela merece.



Existem várias formas de credibilizar uma brand: através da qualidade dos combates, através da qualidade e carisma dos seus wrestlers, através das storylines e das feuds...mas essencial para que uma brand tenha sucesso, é a credibilidade dos seus campeões, e como consequência disso, dos seus títulos. O main event da ECW é composto neste momento por três jovens wrestlers de grande qualidade CM Punk, John Morrison e Elijah Burke. CM Punk é o actual campeão, e ninguém duvida da credibilidade que este dá ao ECW World Heavyweight Title, quer pelo seu carisma, quer pela qualidade dos seus combates, quer pelas suas mic skills, assim como também ninguém duvida que John Morrison e Elijah Burke poderiam ser campeões e a credibilidade deste título estaria assegurada da mesma forma. Assim qual o problema que surge com este título? O problema, prende-se com o facto deste ser um main event muito curto, o que leva a um desgas-te muito rápido das storylines e feuds (tornando-as também enfadonhas e repetitivas) entre estes wrestlers na luta pela credibilização do título. Apesar de algumas passagens pelo main event de wrestlers como Tommy Dreamer, esta monotonia não foi ainda ultrapassada...desta forma, a solução que apresento, é mais uma vez ir buscar os wrestlers mais jovens e mais talentosos do RAW e da SmackDown que estão a ser mal aproveitados (como Kenny Dykstra) para o main event da ECW.



Outro passo importante para a credibilização e afirmação da ECW como brand, é a criação de um título secundário, por exemplo a reactivação do ECW Television Title. Com a criação deste título secundário, a WWE conseguia não só credibilizar o mid card da ECW, como credibilizar a própria brand...para este título a ECW dispões de várias opções válidas, pois wrestlers como Tommy Dreamer, Balls Mahoney, Stevie Richards, Nunzio, Matt Striker e Cody Rhodes (eu sei que está no RAW, mas para crescer deveria ser enviado para a ECW, onde poderia facilmente chegar ao main event e ganhar a experiência necessária para depois saltar para o RAW) apesar de não terem qualidade para main event, conseguiriam assegurar fácilmente uma posição de destaque na luta por este título. Outro dos problemas que se resolvia com a criação deste título secundário era a existência de multiplas storylines na ECW, ao invés de uma como acontece actualmente...sendo claro que tudo o que estou a dizer está dependente do aumento do tempo do programa de 45 minutos para 2 horas.



Outra situação que salta á vista quando nos deparamos com o roster da ECW é a falta de tag teams. A verdade é que após a saída dos Major Brothers para a SmackDown no Draft da WWE, a ECW nunca mais dispôs de uma tag team. Ora para que uma brand seja credivel, não pode deixar de parte uma variável tão importante no mundo do wrestling, as tag teams. Desta forma, defendo que a WWE deveria reactivar o ECW World Tag Team Title, de forma a dar origem ao aparecimento de tag teams na ECW e para consolidar estas mesmas tag teams através da luta por ele. Podem perguntar, e como se criam de uma momento para o outro tag teams que de uma hora para a outra consigam credibilizar o título de equipes e credibilizar-se a si próprias ao mesmo tempo? A resposta é simples, não precisam das criar...o Major Brothers apareceram uma vez na SmackDown desde que foram sorteados no Draf, portanto, não fazem falta á SmackDown, então tragam-nos de volta para a ECW, uma vez que até acho que são uma tag team com bastante pontencial...mas não fico por aqui, fala-se cada vez mais na estreia da Next Hart Foundation (composta pelos wrestlers Teddy Hart, Harry Smith, TJ Wilson, Ted DiBiase Jr. e Nattie Neidhart) sendo esta uma tag team (ou facção, ainda não está definido) composta por wrestlers de terceira geração e de grande qualidade, porque não trazê-los para a ECW! Para além disso, com a vinda da Next Hart Foundation para a ECW, o seu roster ganhava cinco novos membros, sendo que esta tag team até se podeia dividir em duas se através de uma storyline bem conseguida, a WWE cria-se um angulo em que TJ Wilson e Ted DiBiase Jr. se chatiassem com Teddy Hart, Harry Smith e Nattie Neidhart...desta forma, a ECW tinha não só mais wrestlers no seu roster, mas também mais três tag teams e um título para ser disputado entre elas.


De qualquer forma, e apesar de ter apontado algumas criticas e ter apresentado algumas soluções que considero válidas para a afirmação da ECW, tenho grandes esperanças no sucesso desta brand, que como já disse, é aquele que actualmente sigo com mais atenção!

Espero que tenham gostado do artigo e que o comentem!
Um abraço, Dias Ferreira

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