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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #160 - "WWE Survivor Series 2010 Rebound"

Boas Pessoal!




Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da WWE ;)

O WWE Survivor Series 2010 realizou-se no passado domingo e constituia-se como o PPV mais importante e entusiasmante da companhia, pelo menos, nos últimos 4/5 meses. O seu build up foi longo (oriundo inclusive de PPVs anteriores) e bem construído, e no topo, tinhamos a grande incerteza que seria o resultado entre Wade Barret e Randy Orton e as suas possíveis consequências...

Ora bem, aquilo que me proponho fazer ao longo deste artigo é, acima de tudo, uma análise aos acontecimentos neste mesmo evento e o modo como eles afectam ou podem afectar o futuro da WWE e seus lutadores!

Não percam, portanto, as próximas linhas...




1 - WWE United States Championship Match: Daniel Bryan vs. Ted DiBiase Jr.

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Foi uma pena que este combate não tenha desfrutado de qualquer build up e não tenha sido preparado com todos os ingredientes que merecia...convenhamos que aquele ataque do Ted no último RAW é, manifestamente, insuficiente para lançar o que quer que seja para um combate de PPV tão próximo. Estavamos, portanto, perante uma prova da qualidade, capacidade e talento dos dois jovens intervenientes...confesso que não gosto muito de combates sem história, mas como se tratava de um opener a coisa até nem era tão escandalosa. A verdade é que o match foi agradável e bem disputado, apesar de curto, e permitiu ao Ted DiBiase Jr. receber um heat como já não conseguia ter desde os seus tempos nos Legacy...por outro lado, foi também o seu combate mais ruídoso em muito tempo. Ora, toda esta situação só vem provar que o Bryan consegue fazer com que qualquer um se saia bem dentro do ringue (aposto que até com o Khali ele conseguiria =P) e só lamento que a WWE não aposte um pouco mais no fortalecimento da sua personalidade e personagem, pois acredito de forma muito sincera que uma aproximação àquilo que o Chris Benoit significava lhe faria bastante bem, sobretudo, no que à intensidade diz respeito. Concluindo, os dois jovens saíram-se bastante bem e pareceu-me que a prova foi superada com distinção, resta, agora, saber se a companhia também entendeu isso e vai apostar um pouco mais nesta rivalidade...eu fico à espera que sim!

2 - Sheamus vs. John Morrison

> Este era daqueles combates que não me dizia muito, pois apesar do build up que teve e da sua coerência (com o Morrison a apoiar um Santino indefeso perante o "brigão" Sheamus), convenhamos que esta rivalidade serve apenas para entreter dois lutadores à espera de espaço para poderem voltar a ter a devida atenção da companhia. Em todo o caso, dada a qualidade dos intervenientes, eu esperava algo bom...e não fiquei desiludido. O Sheamus tomou conta do combate desde o início e carregou-o como se de um verdadeiro veterano se tratasse (é fantástico ver que com muitos menos anos de profissional e experiência WWE, o "Celtic Warrior" parecia que estava a ensinar o John Morrison - este já com diversos anos de casa), dando uma velente sova ao seu adversário. Por outro lado, o John até estava a vender bem a "coisa" e os dois conseguiram oferecer um bom espectáculo...a vitória do ex-MNM aconteceu devido há necessidade de prolongar a rivalidade (se o Sheamus vencesse as coisas acabam por ali), mas não deixa de ser injusto ver o "branquinho" perder depois do trabalhão que fez. No futuro, espero um Sheamus ainda mais tresloucado em busca do Morrison que, certamente, será derrotado num próximo combate entre ambos...contudo, aconselhava seriamente o John a repensar o seu move set, taunts e expressões faciais/corporais, é que já vai sendo hora de conseguir compreender os momentos dos combates e aquilo que o público vai pedindo (o Sheamus soube interagir com eles com grande maturidade).

3 - WWE Intercontinental Championship Match: Dolph Ziggler (w/Vickie Guerrero) vs. Kaval

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Para este combate reconheço que parti com grande cepticismo...não gosto do Ziggler, mas ainda gosto menos do Kaval e, por isso, apesar do build up de qualidade que todo este embate recebeu, não conseguia sentir-me minimamente entusiasmado com o confronto entre ambos. Felizmente, porque foi o menos mal (lol), o Ziggler conseguiu reter o título e talvez tenha afastado o vencedor do NXT Season 2 do seu caminho...contudo, o combate não deixou de ser curto e mais do mesmo, não contribuindo os intervenientes com nada de novo para o espectáculo. Depois disto, gostava que entregassem o Intercontinental Championship a alguém mais capacitado e com maior potencial na SmackDown, talvez ao Del Rio ou ao Swagger, é que já cansa ver o Ziggler sempre com as mesmas histórias e combates (o tipo não cresce, nem evolui, não vale apena continuar a apostar nele de forma cega!).

4 - Survivor Series Traditional Elimination Match: Team Mysterio (Rey Mysterio, Kofi Kingston, Chris Masters, Big Show & MVP) vs. Team Del Rio (Alberto Del Rio, Tyler Reks, Drew McIntyre, Jack Swagger & Cody Rhodes)

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Aqui tinhamos outro combate para com o qual as minhas expectativas estavam bastante baixas, mas felizmente enganei-me e os lutadores intervenientes conseguiram surpreender-me pela positiva. É que ao contrário do que vem sendo hábito, não nos "espetaram" com mais uma fórmula super bem ensaiada e formatada (secante), tentaram fazer algo diferente e divertido e conseguiram...transformaram o combate em algo interessante ao mesmo tempo que os resultados foram obtidos. E aqui queria realçar, em especial, o trabalho do Cody Rhodes (que tem vindo a ser desconsiderado e tratado apenas como mais um comic heel) pois esteve bastante bem no segmento em que se passou da cabeça (ainda hoje me rio com o bump que deu sozinho no meio do ringue =P) demonstrando que mesmo com uma gimmick de pouco alcance, é possivel interpreta-la com grande coerência e credibilidade. O resultado foi o esperado, sorrindo a vitória à equipa do Mysterio com o importante contributo do Big Show...mas inventaram uma boa forma de isentar o Del Rio de culpas, uma vez que não foi derrotado, apenas desapareceu do combate (LOL). Quantos aos restantes participantes não sei, mas acredito que a feud entre os dois team captains é para continuar...já vai é estando na hora do Rey fazer o job para elevar o "novo" mexicano lá do sítio!

5 - WWE Divas Unified Championship Match: Team Lay-Cool vs. Natalya

> Na minha opinião, as Divas poderiam ter um papel bastante mais activo e preponderante do que aquele que a programação da WWE lhes tem dado, especialmente enquanto managers e alvos de disputa entre wrestlers...contudo, também reconheço que a unificação dos títulos permitiu que o topo da divisão feminina fosse ocupado, apenas, por lutadoras de qualidade e isso é assinalável. Ora, no seguimento do que vinha dizendo, há que realçar o excelente trabalho que a team Lay-Cool vinha fazendo, dando uma grande credibilidade ao Divas Championship e oferecendo alguns momentos de qualidade, que impedem o descalabro total (no que respeita a esta vertente) do envolvimento feminino na WWE. Por outro lado, e depois de cimentar as suas posições no topo com inúmeras vitórias sobre importantes adversárias, já estava na hora das Co-Champs serem derrotadas e este foi, realmente, o momento ideal para que tal acontecesse. Como vem sendo habitual, o combate não foi nada de especial, mas teve o que era essencial e isso é que importa. A vitória da Natalya é mais do que merecida e a sua comemoração (aposto, com 100% de naturalidade) demonstram o que realmente aquele título significa para ela...é que ao contrário de outras, ela conhece a história da modalidade e vive-a por dentro desde pequena, por isso, o valor que dá ao título e às suas conquistas é bem mais significativo que grande parte das suas companheiras (e aquele tipo de comemorações ajuda, ainda, a credibilizar um título ou a sua importância como grande objectivo a atingir!). Por último, também foi muito bom poder assistir ao regresso da Beth Phoenix, que limpou o ringue e se juntou à nova campeã (sua grande amiga e colega de treinos) na comemoração da sua conquista. O futuro reserva-nos um re-match e continuação da rivalidade, mas com a ajuda da Beth, acredito que a Natalya se irá manter Divas Champ durante algum tempo (eu assim o espero).

6 - World Heavyweight Championship Match: Kane vs. Edge

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O Edge tem um grande problema e a WWE parece não querer compreende-lo...ele não é um wrestler completo e os seus combates só são, realmente, de qualidade quando as estipulações especiais lhe permitem explorar toda uma panóplia de funcionalidades que estão limitadas nos normais single-matches. A juntar a este factor, podemos ainda acrescentar o facto do tipo de combate escolhido não ser o mais acertado, também, para a história/rivalidade em curso...uma vez que o Kane busca o sequestrador do seu Pai, previa-se que tentasse aniquila-lo a todo o custo e um normal singles-match não serve para isso. Ora, no meio de tanta coisa mal decidida, resta-nos dar o braço a torcer pelo desenvolvimento de uma história que, à partida, não tinha nada de interessante, mas que até se "come" sem grande dificuldade. Por outro lado, o combate que nos ofereceram foi algo rídiculo, do mais boring que se viu por todo o PPV...felizmente , e apesar de previsível, acabou num No Contest e a WWE lá teve de recorrer a um dos habituais spots de emergência (atirar um lutador para lá das barreiras de protecção com grande violência) para fazer com que os fãs se lembrassem apenas disso e não do combate. Não gostei, achei fraquinho e sei que ambos podem fazer melhor...mas pode ser que o TLC que se avizinha ajude a transformar esta contenda em algo com mais qualidade.

7 - WWE Tag Team Championship Match: Nexus (Justin Gabriel & Heath Slater) vs. Santino Marella & Vladimir Kozlov

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Fazer do Santino Marella e do Vladimir Koslov (uma comic tag team) first contenders ao títulos de equipas é no mínimo estúpido. Não é desta forma que vão credibilizar a divisão e muito menos os seus campeões e títulos. O Justin Gabriel e o Slater precisam de tipos com calo e experiência para os ajudar nesta fase, não de quem lá está apenas para motivar risos e gargalhadas na plateia. Felizmente o combate/segmento (não sei o que lhe chamar) foi curto e serviu apenas para o pessoal descansar um pouco antes do ponto forte da noite. Resta-nos, em todo o caso, aplaudir uma vez mais o brilhantismo do Santino (que é sempre bem vindo, embora integrado num outro contexto que não o de tornar coisas sérias em palhaçada). Quanto ao futuro, muito sinceramente, não sei o que passa pela cabeça da WWE no que respeita ao tag team championship...mas talvez apostem, de novo, nos Usos.




8 - WWE Championship Match (w/Special Guest Referee: John Cena): Randy Orton vs. Wade Barrett

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Aqui não esperava um combate extraordinário, e julgo que como eu, ninguém o esperava...no entanto, a expectativa em redor da forma como o John Cena iria lidar com o seu possível despedimento prendeu-me do início ao fim a este match. Curiosamente, no que respeita aos desenvolvimentos dentro do ringue, a coisa foi péssima...o combate nem sei se chegou aos 15 minutos e tudo pareceu mais um segmento de entertenimento do que uma verdadeira confrontação de capacidades atléticas entre lutadores (e isto é bastante criticavel, pelo menos, na minha opinião). Por outro lado, surpreendeu-me a forma pronta e rápida como John Cena foi coerente com o seu lema de "Hustle, Loyalty & Respect", uma vez que pôs a verdade e justiça à frente dos seus interesses pessoais quando todos (incluindo eu) apostavamos no seu heel turn. Na realidade, a noita apontava nesse sentido...a WWE não podia adiar aquele acontecimento especial porque os fãs iriam começar a desligar-se da storyline e, por outro lado, aqueles video-promo pequenos que despertavam para o sentimentalismo do fãs relativamente ao Cena, construiam uma atmosfera perfeita para que um heel turn provocasse um choque nos seus seguidores. A coisa não aconteceu assim, mas o Cena foi despedido (o que não deixa de ser um momento marcante e de cativar o pessoal) e a partir daí a WWE começou a promover o RAW seguinte. Sinceramente, neste momento, não sei como a empresa vai pegar neste angle, nem o que vai fazer com o Cena...mas estou curioso por acompanhar os próximos desenvolvimentos, certo é que já não tenho tanta certeza sobre a possibilidade de um heel turn vir a verificar-se nos próximos tempos, ainda que a conjuntura possa indicar o contrário. Talvez a companhia acredite mesmo que o heel turn do John Cena só deva acontecer quando ela encontrar um novo John Cena...e a verdade é que não discordo muito dessa visão!

Conclusões:

> O WWE Survivor Series 2010 realizou-se numa altura muito especial para a companhia, daí a sua importância e o entusiasmo que criou junto dos fãs, sobretudo devido às possíveis consequências do seu main event. O build up do evento foi bem feito e à excepção de um dos casos, a companhia soube trabalhar e construir todos os combates e rivalidades de uma forma, razoavelmente, coerente. No que respeita ao nível dos matches, podemos dizer que as coisas correram bem até aos últimos três combates do PPV, ainda que todos tenham sido algo curtos, e neste ponto a WWE tem de começar a pensar em construir cards mais pequenos para permitir que os combates se desenvolvam com o tempo mínimo indispensável ao bom desempenho dos seus intervenientes. Quanto aos resultados, não aconteceu nada de surpreendente e até mesmo no main event (a fonte de toda a expectativa) a WWE decidou fazer uma meia-aposta, já que nos deixou para o RAW a resposta a todas as nossas questões (pelo menos é a ideia com que ficamos). Veremos o que o futuro nos reserva...mas uma coisa é certa, este PPV não decidiu nada e apenas ajudou a alimentar as grandes storylines presentes na sua estrutura de combates.


E vocês, o que acharam deste PPV!? O que acontecerá, agora, com John Cena!?


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Bem e foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira ;)

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