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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #161 - "The Underrated People in WWE"

Boas Pessoal!




Sejam bem vindos a mais um “Dias is That Damn Good”, o espaço com maior número de edições na história do XBooker e da CWO ;)

Como acontece em todas as Eras, épocas e até anos, há uma vasta lista de lutadores e lutadoras cujo potencial e utilidade são imensos, mas que pelas mais diversas razões não são aproveitados. Assim, e pelas causas que acabei de referir, abordar os trabalhadores “underrated” de uma companhia de Pro Wrestling não constitui uma grande novidade…no entanto, e porque há sempre gente nova (e muitas vezes também mais antiga) nesta situação e, também, porque a modalidade está em constante mutação e evolução, acredito que olhar para o pessoal menos bem aproveitado e rentabilizado acaba por se verificar um exercício, no mínimo, interessante.

Por isso, aquilo que me proponho fazer no presente artigo é, precisamente, uma breve abordagem sobre alguns dos wrestlers que considero estarem “esquecidos” pela empresa de Vince McMahon. Não percam, então, as próximas linhas…




Comecemos, então, por Chris Masters…um jovem lutador que já foi uma forte aposta da companhia no passado mas que, na actualidade, se encontra afastado de qualquer cenário ou acontecimento relevante dentro da sua programação. Talvez muitos dos nossos actuais leitores e seguidores já não se recordem, mas o “Masterpice” chegou à WWE e impressionou bastante os fãs, não apenas pela sua constituição física, mas também e sobretudo pela intensidade da sua actuação e naturalidade com que encarava os combates e os seus mais diversos adversários. O jovem Masters era alguém que finalmente tinha conseguido voltar a brilhar com uma gimmick mais “cocky” (semelhante à de Rick Martel), depois de muitos outros terem falhado repetidamente…o seu carisma era natural e as mic skills bastante razoáveis para um lutador com a sua tenra idade. Ela sabia ler a plateia e utilizava as expressões faciais de uma forma bastante madura, características que o tornavam num lutador bastante completo. Por último, e a juntar a todo este “arsenal” de primeira classe, o Chris ainda possuía um “finisher move” que, não sendo original, foi muito bem adaptado à sua personagem e usufruiu de um build up que o tornou bastante credível. Foi, então, com grande naturalidade que o vimos envolvido em rivalidades/feuds/storylines de maior importância, como aquela que o opôs, por exemplo, a Shawn Michaels. O interesse da WWE na sua carreira viria, no entanto, a esfriar e depois da reprovação na welness policy, acabariam por despedi-lo…tudo para o voltarem a contratar dois anos mais tarde, infelizmente, para o colocar indefinidamente no low card da companhia, local em que se encontra actualmente. Sei, também, que muitos dos actuais fãs não são grandes apreciadores dos “Big Guys”, no entano, eles são fundamentais para a modalidade e para o espectáculo em que ela se transformou, já para não dizer que, quando estamos perante lutadores de qualidade inegável, como é o caso do Chris Masters, até os seus detractores têm de dar o braço a torcer. Talvez falte à companhia encontrar uma história onde o possa enquadrar, talvez lhes falte uma ideia do que fazer com ele ou até espaço para o integrar numa programação curta para tantos talentos…contudo, acredito seriamente que o poderiam utilizar como bodyguard (por exemplo, do Miz que agora é campeão e precisa de uma protecção mais credível que aquela que o Riley lhe pode oferecer) como forma de lhe proporcionar uma nova oportunidade para brilhar e demonstrar todo o talento e qualidade que possui. E aqueles que duvidam do que estou a dizer, vejam o recente combate que o opôs a Jack Swagger, onde apesar da curta duração (uns 10 minutos), é possível verificar uma mobilidade e intensidade bastante interessantes, já para não falar na coerência da aplicação do seu move set e da forma credível com vende os seus “ataques” e o próprio adversário. Na minha opinião, é um tipo cheio de talentos e talvez aquele que mais me custa ver ser tão mal aproveitado (ainda para mais, é muito jovem…)!




Neste caso, talvez estranhem o facto de colocar o Morrison numa lista deste género, uma vez que até é um lutador com presença assídua nos mais diversos shows da companhia e que participa dos PPVs da mesma com alguma regularidade. Contudo, se considerarmos que se trata de um worker cuja evolução está estagnada há alguns anos e que desde o final da equipa que formava com o Miz não participa em qualquer rivalidade importante ou capaz de o fazer crescer, acredito que a sua “nomeação” para este artigo é inteiramente justificada. Na realidade, apesar de se tratar de um atleta extraordinário e de conseguir realizar movimentos repletos de espectacularidade, a verdade é que acaba por se revelar, por diversas vezes, um lutador bastante inconsequente e incoerente dentro do ringue, assim como fora dele. Julgo que é óbvio para todos que o John tem bastantes dificuldades no que respeita às mic skills e, no que concerne às in-ring skills, penso que tem ainda muito a aprender…se falarmos em psicologia de ringue, nas expressões faciais e corporais, nos momentos em que é preciso chamar a atenção da plateia com taunts, entre outras situações, julgo que compreendem as grandes falhas do jovem lutador. Por outro lado, já que não permitiram uma melhor evolução e aprendizagem das suas capacidades e qualidades com lutadores mais experientes (como o Goldust ou o William Regal), acredito que o seu crescimento só poderá verificar-se pela participação numa storyline de grande relevância e com uma “substância” diferente daquelas que se têm realizado e que deixam muito a desejar no que respeita à originalidade. Pessoalmente, e acho que já falei nesta situação por mais que uma vez, gostava bastante que a WWE pegasse no Morrison e na Melina (para os juntar de novo) e que os colocasse numa rivalidade com o Kane…o objectivo passava, acima de tudo, por tentar re-adaptar o angle “Edge & Lita vs. Kane”, à actualidade e ao novo casal…e esta seria aquela grande história que, das duas uma, ou falhava e o John ficaria no mid card para sempre, ou resultaria e catapultaria o “casalinho” para o topo (tal como aconteceu há alguns anos com o Edge e a Lita). Em todo o caso, e como isso não me parece que vá acontecer, muito provavelmente iremos continuar a assistir a um John Morrison que, semana após semana, continuará no mid card da companhia, completamente estagnado.




Porque estes wrestlers, bastante experientes e com grande qualidade, vivem situações muito semelhantes, decidi trata-los em conjunto. De facto, o mau aproveitamento do Goldust e do William Regal já não se prende com os altos voos, nem com a vontade da companhia ao longo dos anos por não os ter colocado no topo (porque não conseguiu, porque não o soube fazer…provavelmente, porque nunca o quis), a presença destes dois nomes na lista do pessoal “underrated” justifica-se, acima de tudo, porque a empresa não consegue compreender (ou recusa-se a fazê-lo) que tanto o britânico como o filho mais velho de Dusty Rhodes são importantíssimos e poderão ter uma utilidade tremenda no momento que a WWE e a própria modalidade atravessam. Relembro que há uns anos havia muitos wrestlers experientes e de enorme qualidade no activo e, por essa razão, os jovens que conseguiam aparecer e mostrar as suas qualidades eram, realmente, a “nata”, os melhores…e quando chegavam ao topo já tinham passado por um sem número de combates e situações que os tornavam bastante maduros e conhecedores da indústria em que estavam inseridos. Dificilmente se chegava ao main event sem conseguir ser-se bom naquilo que se fazia e isso garantia uma qualidade tremenda aos promotores de Pro Wrestling…sabemos, contudo, que a actualidade é diferente e que muitas das referências (até mesmo da década que agora finda) já não estão no activo e essa situação deixou os jovens lutadores um pouco órfãos, uma vez que, se viram obrigados a conviver com as mesmas pressões e responsabilidades das lendas, sem ter um terço da experiência das mesmas. Na actualidade, o factor imediato ganha maior preponderância e os lutadores deixaram de ter o tempo adequado para evoluir e trabalhar as suas capacidades convenientemente, e toda essa situação se reflecte, como é óbvio, na qualidade dos próprios lutadores e dos produtos apresentados pelas diversas companhias. Ora, é precisamente neste ponto que tanto o Goldust, como o William Regal, ganham grande destaque, porque tratando-se de lutadores bastante credíveis, com enorme qualidade e com uma experiência consolidada em vários anos de modalidade poderão ajudar ao refinamento e desenvolvimento das capacidades dos jovens atletas. Contudo, para que tal se verifique, é necessário que a WWE os coloque na sua programação e lhes atribua rivalidades consequentes e com real interesse, contra aqueles jovens que acredita terem capacidades e necessitarem, apenas, da ajuda de alguém mais experiente. Se a empresa de Vince McMahon o vai fazer ou não, não sei (provavelmente não), mas gostei do envolvimento entre o Goldust e o Ted DiBiase Jr….só tive pena que não lhe tenham dado mais importância e que tudo tenha sido tão fugaz, pois tenho a certeza que o Ted iria beneficiar muito do contacto com o Dustin.




Talvez este seja até o caso mais gritante do modo como os trabalhadores podem ser mal utilizados por uma companhia…as Divas da WWE, salvo rara excepção, são tratadas como se dos seres mais inúteis se tratassem. Não vou falar na questão do título da divisão feminina, até porque nesse capítulo a empresa nem se tem portado mal (conseguiu encontrar um grupinho com 4/5 lutadoras jeitosinhas e até tem trabalhado bem), refiro-me, especificamente, ao papel da mulher na WWE e sua programação. Sinceramente, eu até compreendo que a companhia tente explorar o lado mais sensual das suas lutadoras, até percebo que as utilizem para fazer companhia aos guest hosts e naquelas danças idiotas dentro do ringue para chamar a atenção dos homens, entre outras coisas…mas aquilo que não consigo aceitar, é que se deixem ficar apenas por aí. Ao longo da história da modalidade, as mulheres já provaram por diversas ocasiões que podiam desempenhar papéis preponderantes com qualidade, já para não dizer que num outro capítulo podem acrescentar e “emprestar” às storylines toda uma magia que só elas lhe podem dar. Pergunto-me o que é feito das divas-manager (será que se justifica apostar apenas na Vickie Guerrero?)?; Porque deixaram as divas de ser disputadas pelos wrestlers (eram razões interessantes para construir histórias e rivalidades…)?; Porque não disputam as próprias divas este ou aquele wrestler (eram história óptimas para rivalidades entre lutadoras)?; Depois do brilhante trabalho de Vickie Guerrero como General Manager da SmackDown, porque razão se encontra a brand outra vez nas mãos de um Teddy Long completamente ultrapassado?; etc. As WWE Divas têm muito mais potencial e utilidade do que aquele que a companhia lhes quer reconhecer e é uma estupidez que continuem a ser tratadas desta forma, quando se sabe que podiam ajudar muito na construção de conteúdos e produtos bem melhores.


Talvez estivessem à espera que falasse em nomes como MVP, Evan Bourne, Kofi Kingston ou R-Truth…contudo, digo-vos muito sinceramente que, na minha opinião, falta a todos esses lutadores capacidade e qualidade para almejar mais que o mid card (e alguns, como é o caso do Truth, nem o low card merecem!).

E vocês, concordam com as minhas escolhas!? Quem são os lutadores mais “underrated” da WWE!?



Bem, foi mais um “Dias is That Damn Good” que espero tenham gostado e comentem!
Um Abraço, Dias Ferreira ;)

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