Boas Pessoal!

Sejam Bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", a coluna com maior número de edições na história do XBooker =)
Numa altura em que todo o panorâma WWE está concebido para entrar numa nova fase, com jovens wrestlers, novos campeões, novas feuds e storylines e uma nova "Road To Wrestlemania", penso que facilmente compreenderão a razão pela qual o sub-título do artigo de hoje se denomina "Os Novos". No entanto, fazer um artigo em que abordasse todos os temas anteriormente referidos daria azo a algo astronomicamente grande e eu não iria querer obrigar-vos a ler as minhas lamentações/considerações sobre tudo isso LOL.
Ora aquilo que, efectivamente, vos trago para lerem neste texto, prende-se com a nova geração de estrelas e históricos que a WWE está a criar e credibilizar, assim como com a procura de uma nova Era e público alvo de eleição.
Mas se quiserem compreender totalmente esta introdução, é melhor seguirem o texto...

Antes de começar, queria confessar que a ideia para escrever sobre este tema surgiu precisamente depois de ontem ter lido o "Heyman Hustle #16 (onde o cronista do Wrestling Notícias - Reaper - costuma fazer as traduções dos artigos de Paul Heyman para o Jornal "The Sun"). Nesse mesmo artigo (que podem ler aqui) o Paul Heyamn fala precisamente de uma nova geração de wrestlers na qual Vince McMahon parece apostado em confiar os destinos da empresa. Confesso que não sou uma pessoa que normalmente concorde com as opiniões do Paul, contudo, no supracitado artigo devo dizer que estou em completa sintonía com a forma como ele descreve o actual momento e situação dos mais jovens na WWE. Na realidade, se olharmos objectivamente para a WWE e para as suas estruturas (ou divisões onde podemos descodificar os diversos patamares do seu roster) compreendemos que os jovens assumiram a dianteira no que se refere à condução da empresa...deixando os mais experientes e consagrados numa posição não tão egoísta como em outras décadas (anos 80 e 90 especialmente), mas com a grande responsabilidade de dar espectáculo e ajudar na credibilização e formação de novas estrelas e de novos lutadores que possam vir a tornar-se em lendas.
Sendo mais específico e fazendo uma análise mais detalhada deste assunto, podemos verificar o seguinte: na RAW, o Main Event estará entregue ao John Cena e ao Randy Orton, enquanto que um sub-Main Event ficará a cargo das lendas Shawn Michaels e JBL, assim como de Chris Jericho, que certamente entrará num angulo especial que o levará à Wrestlemania, ou ainda de Batista (presentemente lesionado)...quanto ao mid card, temos agora um CM Punk extremamente credibilizado e capacitado para fazer crescer a importância de um título intercontinental que outrora era marca de qualidade...para o enfrentar, podemos contar com nomes como William Regal ou Kane, dois wrestlers já com uma grande história e provas dadas na modalidade, que com a sua experiência só vão enriquecer qualquer jovem que com eles entre em feud...depois temos a divisão de equipas que parece ter ganho uma nova vida, após uns excelentes Priceless (onde despoletaram os cada vez mais fantásticos Cody Rhodes e Ted DiBiase Jr.), temos agora a melhor tag team dos últimos anos (The Miz & John Morrison) a enfrentar os carismáticos Cryme Time...depois, podemos ainda falar de um Rey Mysterio, de um Kofi Kingston, de um Evan Bourne (presentemente lesionado), etc...por último, podemos contar com uma divisão feminina a recuperar alguma da importância que os grandes nomes da mesma lhe conferiram, os reinados de Beth Phoenix e agora de Melina, a juntar a algumas wrestlers como Mickie James ou Katie Lea (que agora se mudou para a ECW) acrescentam qualidade e credibilizam uma divisão também ela bastante importante.
Já na Smackdown, podemos contar com mais um jovem campeão e imagem da brand, o sensacional Edge, que certamente irá entrar numa feud com o Triple H a culminar na Wrestlemania e que se espera ser a derradeira prova de fogo pela qual a Rated R Superstar terá de passar. Num outro campo, temos ainda a recente feud que se gerou entre os irmãos Hardy, mais dois jovens extremamente credibilizados que ajudarão a assegurar a qualidade da empresa no presente mas também no futuro, onde serão certamente duas das caras mais importantes da companhia...há ainda o fenómeno Undertaker, o gigante Big Show e a grande aposta Valdimir Koslov, à qual se juntará com toda a certeza um Umaga regressado de lesão. No mid card, temos o R-Truth, o MVP, The Brian Kendrick e o infeliz (odeio-o LOL) do campeão dos EUA Shelton Benjamin (muita juventude portanto)...no que toca às equipas, finalmente a brand azul voltou a poder contar com alguma qualidade na área, assegurada agora pelos irmaos Colón que infelizmente ainda não encontraram uns adversários a altura...por último, temos a divisão das Divas, que se encontra muito bem de saúde, com uma feud pelo título principal e uma segunda grande feud entre a Michelle McCool e a Maria, contando ainda com a jovem e fantástica Natalya para abrilhantar e dar mais qualidade à divisão.
No que toca à ECW, apenas penso que vale apena sublinhar a importância dada ao jovem Jack Swagger, que depois de uma feud memorável com o Tommy Dreamer e do enorme push que levou ao derrotar de forma limpa o Matt Hardy, terá pela frente o grande Finlay...que concerteza o ajudará a crescer ainda mais e cuja feud (entre ambos) se adivinha muito interessante.

Ora, se fizermos uma nova leitura sobre as linhas que agora acabaram de ler, facilmente perceberão que o papel dos mais jovens está altamente cotado, pois a WWE procura responsabilizá-los não só como campeões, mas também dando-lhes enormes pushes e a possibilidade de ocupar os lugares de outras estrelas com mais anos (como algumas das superstars dispensadas pela empresa...Hardcore Holly, Val Vanis, etc.). Mas não é apenas esta situação que conseguimos descortinar quando analisamos a actualidade na WWE...nós conseguimos perceber que os Egos das grandes lendas no activo e ainda com capacidade para levar a empresa para à frente se está a esbater (pelo menos um pouco), porque o seu trabalho tem sido desenvolvido muito mais no sentido de credibilizar os mais jovens e de lhes transmitir todos os seus conhecimentos...(as derrotas de várias lendas, sobretudo, às mãos de Orton e Cena são a grande prova do que aqui afirmo)...já para não falar nas restantes divisões, onde wrestlers consagrados como Kane, Finlay ou William Regal se tornam importantes "alavancas" para tipos como CM Punk ou Jack Swagger...
O que quero dizer (e que consegui retirar do artigo do Paul Heyman como mensagem fundamental a passar) é que a WWE de Vince McMahon está apostada em entrar numa nova Era...uma nova fase da sua vida, em que os jovens talentos são valorisados e na qual as lendas ou wrestlers com estatudo já estabelecido têm uma função mais pedagógica e menos egoísta no negócio. Mas não é também apenas nesta mudança de filosofia que esta nova Era vai impulsionar-se, pois um dos principais veículos para a dessiminação de um novo produto, com novos workers e novas histórias que permitam através do presente assegurar o futuro, é a mudança do público alvo. Se reparem bem, a WWE com o passar dos tempos tem deixado cada vez mais de dar importância à "moral da história", em que o face tem de vencer sempre o heel...hoje, isso já não acontece e a prova está no facto de Edge ser o Campeão da WWE, do Orton ter vencido a Royal Rumble e preparar-se para conquistar o título mundial na Wrestlemania, está ainda na formação de uma stable como os Legacy, onde a gimmick heel é uma constante (sabendo de ante-mão que os grupos chamam sempre a atenção de todos), etc.
O principal destino do produto da WWE neste momento já não são as crianças ou um público na casa dos 12-15 anos...o Vince parece agora mais preocupado em criar um produto que consiga corresponder a uma camada da sociedade mais vasta, e não prender-se somente num sector da pirâmide etária. A meu ver, esta aposta e mudança de atitude perante os fãs não podia ser mais acertada...na realidade os jovens wrestlers da empresa têm mesmo muita qualidade e a sua actual credibilização constitui um sucesso não só para o presente da empresa, mas sobretudo para o seu futuro e esta mudança na forma como o produto é oferecido ou na forma como ele é concebido, só vem permitir que desapareça um pouco da previsibilidade existente em muitas das histórias anteriores, ao mesmo tempo que se trabalha para um público alargado e não para um sector que ainda vê os wrestling com uma crença própria da sua jovem idade.
Bem, e foi mais um "Dias is That Damn Good", que espero tenham gostado e COMENTEM!
Um abraço, Dias Ferreira!
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