Boas Pessoal!

Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", a coluna com maior número de edições na história do XBooker =P
Antes de mais, como puderam ver, o XBooker fez ontem três anos e aproveitando a data, decidi mudar também um pouco a "cara" da minha coluna. Agradeço desde já o excelente trabalho do grande 'Scorn (obrigadão)!
Bem, mas passando ao post que agora lêem...como todos sabem, nesta madrugada realizou-se mais um PPV da WWE, nomeadamente o No Way Out 2009. Este espectáculo era muito importante e acarretava consigo enúmeras dúvidas que agora, depois da sua realização, foram dissipadas...no entanto, a sua importância advem não só dos importantes combates que tinha no seu card, mas e, sobretudo, por ser o último ponto do ano onde as estratégias e "trunfos" podem ser alterados e reestruturados até à grande Wrestlemania.
Deste modo, no artigo que se segue, proponho-vos mais uma análise S.W.O.T., desta feita ao No Way Out 2009! Por isso, sigam o que aí vem...

Pontos Fortes e Oportunidades:
> Incerteza e Imprevisibilidade - Uma das situações que marcava este PPV nos tempos anteriores à sua realização, era a quase certeza que todos tinhamos do desfecho final de cada combate e consequente resultado. Mas, a verdade é que a WWE soube trabalhar neste ponto de uma forma extraordinária, alterando os planos aos fãs logo no início do show, ao tornar opener o combate que esperávamos como Main Event. Mas as surpresas não ficaram por aqui, e logo no começo do combate, o Edge (campeão em título e apontado como favorito à vitória) é eliminado com um roll up de Jeff Hardy. Reconheço que aqui houve uma pequena descredibilização do Egde (o que é pena), no entanto, foi o ponto que permitiu passarmos para uma madrugada de incertezas, com redobrado interesse e entusiasmo. Ainda no decorrer do primeiro combate, pudemos disfrutar de algo que é raro na nossa modalidade (ver um Triple H vs Undertaker), algo fabuloso e que do início ao fim deixou os espectadores com àgua na boca e um monte de nervos na ânsia de conhecer o vencedor. A vítória sorriu ao Triple H e eu acho-a merecida, não só pelo wrestler que é, mas também pelo que fez e sofreu durante o combate. Depois deparamo-nos com um Randy Orton vs. Shane McMahon, e a surpresa veio com a pouca influência que os Legacy e as Dirty tactics tiveram no combate, ajudando a credibilizar ainda mais o Orton. Segui-se um HBK vs JBL cujo resultado tudo apontava para um no contest ou para a vitória do segundo de forma a levar a feud até à Wrestlemania, mas na verdade o HBK venceu e isso não era previsível. Também no combate pelo ECW Title se esperava por uma qualquer interferência ou final por desqualificação, mas a verdade é que o combate decorreu e terminou com toda a normalidade...por último veio outra das grandes surpresas da noite. Depois do que aconteceu no opener do PPV, todos julgavam que o Edge iria cobrar a sua desforra no próprio PPV, num combate contra o Triple H (lembro-me de nos chats, durante o PPV, tudo estar à espera desse momento), mas a verdade é que a WWE deu-nos mais uma vez as voltas e colocou o Egde na elimination chamber da RAW!...Bem, mais imprevisibilidade e incertezas, capazes de gerar um enorme interesse e entusiasmo em torno de um PPV era impossível, e a WWE esteve brilhante neste capítulo.
> Qualidade dos Combates - Relativamente a este ponto, deixem-me fazer uma ressalva...tirando a elimination chamber da RAW, os combates foram todos algo de mágico. Na realidade houve combates para todos os gostos e feitios, mas sempre produzidos com enorme rigor, credibilidade e qualidade. O primeiro combate da noite então, penso que é candidato a melhor combate do ano, e se a Wrestlemania conseguir oferecer um match melhor que este, então só por aí já vai valer apena. Desde a rápida eliminação do Edge, à disputa entre o Big Show e o Vladimir Koslov, passando pelos extremistos do Jeff Hardy e do lendário confronto entre o Triple H e o Undertaker, o combate apresentou níveis altíssimos de construção, química entre os wrestlers, condução da história, qualidade técnica, emoção, entusiasmo, incerteza e psicologia de ringue...foi brilhante! Tivemos depois um combate brutal, na verdadeira acessão da palavra, entre o Randy Orton e o Shane McMahon, demonstrando que apesar de alguns handicapes técnicos do segundo, ambos conseguiram construir um combate bastante sólido e cheio de intensidade..foi aquilo que se esperava muito agradável e a fazer relembrar outros tempos onde o blood era visto com mais frequência. Foi mais um passo na credibilização do Orton, num combate excelente. Em seguida podemos contar com um combate bastante técnico e tático, entre o Jack Swagger e o Finlay, mostrando que ambos encaixam muito bem e que o primeiro está a saber tirar do irlandês todos os ensinamentos necessários. Por último, relativamente a combates de qualidade, tivemos o HBK vs JBL, em mais um confronto como só o Shawn nos habituou, muito emoção e muita qualidade com uma história bastante genial e bem construída por trás. A qualidade dos combates foi sem dúvida alguma, um ponto alto deste evento, não deixando de reconhecer que o facto de haver muito tempo disponível para os combates também foi benéfico nesse sentido.
> Futuro Redefinido - Outra situação que podemos verificar no pós No Way Out, é o facto de ao contrário do que acontecia anteriormente, não haver já certezas de que storylines, feuds e wrestlers chegarão à Wrestlemania e ao seu main event. Os resultados e consequências deste PPV, possibilitaram à WWE redifinir as estruturas básicas da "Road To Wrestlemania" deste ano, e como isso, trouxe-nos mais incertezas, mas indefinições, mais imprevisibilidade...mas certamente, também, mais entusiasmo, emoção e interesse. Mais uma vez a empresa de Vince McMahon foi capaz de nos demonstrar que é capaz de alterar os planos e fazer magia quando mais ninguém acredita nela ou que ela o venha a fazer...estou ansioso pelos próximos desenvolvimentos no seio da companhia, porque a minha atenção já conseguiram prender! O futuro é incerto, mas com certeza brilhante, tal como a fantástica é a classificação que se pode dar à WWE na forma como trabalhou este item.
Pontos Fracos e Ameaças:
> Importantes Ausências - Nem tudo é perfeito e como tal, apesar de todos os elogios apontados a este PPV em cima, a verdade é que outras situações há que nos fazem pensar com alguma preocupação na forma como o card deste show foi escalado. Faz-me especial impressão o facto de muitos dos títulos não terem sido defendidos e de muitos wrestlers de qualidade terem ficado de fora do PPV. Na realidade, não consigo encontrar uma explicação plausível para o facto de títulos como o WWE Women's Championship, o Intercontinental Championship, ou mesmo o World Tag Teams Championship terem sido esquecidos. A WWE tornou este No Way Out num PPV restrito e penso que apesar da sua enorme qualidade, a forma como ignorou a existência de tantas componentes importantes lhe foi prejudicial. Faltou um combate mais rápido ou aquele match em que o pessoal podia desanuviar um bocadinho...era algo que um Cryme Time vs John Morrison e The Miz poderia oferecer com qualidade...já para não falar num CM Punk vs William Regal (que foi brilhante na RAW), e porque não ter tornado o dark match parte integrante do show, dando uma visibilidade ainda maior ao Melina vs Beth Phoenix?...enfim, apesar de tudo, como disse, os títulos secundários e de equipas faltaram a este espectáculo, e com eles alguns wrestlers e algumas wrestlers que certamente lhe acrescentariam ainda mais qualidade. Só espero que a WWE no futuro tenha em atenção esta situação, porque é grave se volta a entrar numa total onda de descredibilização do seu mid card e divisão de equipas.
> Elimination Chamber da RAW - O outro grande ponto negativo que encontro neste PPV, foi a elimination chamber da RAW, mostrando que aquilo que nasce torto, não se endireita! Começando logo pelo mau build up deste combate, onde nada aconteceu na RAW que justificasse a presença de elementos tão fracos no seu seio (aqueles combates de qualificação são para rir), passando depois para um início em que o Edge interfere e ninguém o impede de competir, até ao próprio combate, que muito deixou a desejar. Em primeiro lugar, o que pretendiam quando colocaram o Kofi Kingston e o Mike Knox na elimination chamber (o Rey pelo estatuto que já adquiriu até passa)? Crediblizar o combate e os seus vencedores? Tornar o resultado algo imprevisível? Trazer emoção até ao fim? Acho que se o objectivo era esse, então quem trabalhou no caso não tem jeitinho nenhum para a coisa (lol). No entanto, ainda tentaram contrabalançar as coisas quando colocaram o Egde no match...contudo, a eliminação precoce do Cena (grande momento, apesar de ter acontecido cedo de mais) retirou muita da qualidade e emoção que o desfecho poderia vir a ter, já para não falar no seu impacto. O Cena era necessário para tornar tudo muito mais estrondonzo, mas pronto, a WWE optou por dar-lhe ainda mais credibilidade ao eliminá-lo depois de sofrer três finishers seguidos, paciência. Não gostei da forma como o combate foi construído, não gostei das soluções encontradas para relançar o combate e ainda menos gostei da sua qualidade...salvando-se este momento mais frágil e fraco de um PPV extraordinário pela grande incerteza e indefinição que a vitória do Edge causou.
Conclusões:
> Ora, as conclusões que podemos então retirar deste PPV são bastante favoráveis a uma boa avaliação do mesmo. A WWE conseguiu fazer face à previsibilidade anterior ao espectáculo e tornou-o em algo super interessante e cheio de emoção, depois podemos assitir a combates de uma qualidade enorme, dignos até de uma Wrestlemania, culminando com as grandes indefinições que agora se geraram nesta "Road To Wrestlemania" e que vão agarrar os fãs aos shows semanais com enorme afinco até chegarmos ao maior palco de todos. De negativo e a emendar no futuro, penso que realmente a WWE deve apostar mesmo nos títulos femininos e secundários, e não pode permitir que wrestlers com tanta qualidade fiquem de fora deste tipo de PPVs (o fim do formato Multi-Brand era a grande solução, mas pronto). Por último, temos de assinalar o destaque pela negativa da Elimination Chamber da RAW, que falhou do início ao fim, tendo apenas como momento positivo as consequências da coroação do Edge, mas não a conquista do título por parte do mesmo. A nota final é um 17 em 20.
E foi mais um "Dias is That Damn Good" que espero tenham gostado!
Um abraço, Dias Ferreira!
PS: E TU, QUE CONCLUSÕES RETIRAS DO NO WAY OUT 2009?
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