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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #99 - "Análise SWOT (ROH Wrestling on HDNet)"

Boas Pessoal!



Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", a coluna com maior número de edições na história do XBooker e da CWO =)

Como sabem, a Ring of Honor chegou à televisão com um novo programa de wrestling, na HDNet. É verdade que no passado domingo, esse mesmo programa atingiu a 2ª edição e por isso a novidade já perdeu o seu efeito, no entanto, penso que fazer qualquer tipo de análises ou considerações sobre um show cujo conhecimento não fosse (pelo menos) minimo, seria completamente injusto. Deste modo, decidi trazer-vos, nesta que é a última edição do "Dias is That Damn Good" antes da sua 100ª postagem, mais uma "Análise S.W.O.T.", subordinada ao tema, "ROH Wrestling on HDNet".

Por isso, sigam com atenção o próximo texto...



Pontos Fortes e Oportunidades:

> Crescimento - Penso que esta questão é incontornável, a chegada da Ring of Honor à televisão, constituiu um enorme avanço para a companhia e possibilita-lhe um sem número de novos sonhos para o futuro. Desde logo, a exposição da empresa a um público mais vasto, vai ajudar na sua difusão e implementação numa área bem mais alargada, e isso, também lhe vai permitir obter um financiamento maior para as suas actividades e, ao mesmo tempo, aumentar as vendas de merchandising. Depois, o facto da ROH chegar à televisão ganha, também, um peso simbólico de grande importância para a conhecida "Rainha das Indys", pois consuma uma espécie de emancipação às grandes "Main Streams" da modalidade (WWE e TNA). Por último, e voltando ao ponto em que falava de "maior exposição", importa referir que este facto vai permitir atrair wrestlers com maior prestígio, e assim, fazer crescer, também, o star power da companhia.


> Aprofundamento da Continuidade - A chegada da Ring of Honor à HDNet surge também, como um importante elo de ligação para as storylines da empresa. Até agora, tudo era planeado nos PPVs e tudo se desenvolvia nos mesmos, a ROH não tinha um outro local para lançar feuds e para as aprofundar e desenvolver...a sua única montra eram os PPVs, e era lá que todos os wrestlers e writers da companhia tinham de aplicar os seus conhecimentos. Ora, a criação de um programa televisivo que vai para o ar semanalmente, vem permitir que as feuds e storylines da ROH sejam desenvolvidas com muito mais tempo, exposição, maturação e (acredito) sucesso. Agora, já há tempo para aprofundar rivalidades e contendas em shows semanais e, desta forma, valorizar os próprios PPVs. E esta valorização dos PPVs da ROH acontece, porque estes já podem configurar-se com o formato tradicional, já podem ser o culminar de feuds e storylines, ao invés de serem o local onde tudo tinha de acontecer, com tempo para todos. Assim, julgo que não será difícil compreender que os shows semanais da ROH Wrestling na HDNet, vêem trazer maior qualidade às histórias no interior da empresa e aos grandes PPVs da mesma.


> Qualificação do Produto - Por último, a criação deste show semanal da ROH em parceria com a estação televisiva HDNet, vai qualificar e melhorar em grande medida o produto da ROH. Em primeiro lugar, houve a necessidade de explicar aos estranhos da companhia, todo o historial da indy, dos seus wrestlers, das suas feuds e das rivalidades em curso, algo que se tem verificado nestes três primeiros programas, com grande sucesso. Depois, convenhamos que o ambiente em torno da empresa, dos seus fãs e das estruturas e formato em que os shows se realizam, nos demonstram algo fantástico e genial (é verdade!), mas ao mesmo tempo, claustrofóbico e demasiado familiar para algo que se espera vir a crescer. Por isso, julgo que nos próximos tempos, deve haver um pequeno esforço da parte da administração da companhia, para que esta também possa crescer no seu aspecto e infraestruturas e, desta forma, adaptar-se às necessidades que um programa televisivo de qualidade exigem. Por fim, se já houve diferenças significativas no wrestling que nos é oferecido pela ROH aquando da substituição de Gabe Sapolsky por Adam Perce, a verdade é que esse modelo deve sofrer uma outra pequena readaptação, pois se o objectivo for mesmo crescer, então não se pode pensar apenas em manter-se fiel aos fãs, a empresa deve também preocupar-se em aliciar novos públicos e espectadores. E, sinceramente, acho que todas estas alterações serão produzidas através do empurrão que este programa veio dar á ROH.



Pontos Fracos e Ameaças:

> Roster Sobrelotado - A Ring of Honor sempre teve um plantel muito alargado, e desde sempre, dispôs de um vasto conjunto de wrestlers de singular qualidade. Se até aqui, esse facto não constituía qualquer problema, porque os PPVs sempre foram longos e capazes de dar tempo de antena a todos, a verdade é que as coisas, agora, terão de mudar. E vão ter de mudar, porque os shows semanais, não permitem que tantos wrestlers possam ter a devida atenção e, como tal, a empresa deve utilizar somente os melhores. O primeiro grande passo neste sentido, seria a separação do roster em cinco grandes divisões, até para que não se continue a assistir a combates entre oponentes de características tão díspares. Assim, propunha: um main event liderado por Nigel McGuinness, Bryan Danielson, Chris Hero (com o seu fantástico manager, Larry Sweeney), Colt Cabana, Tyler Black e Ace Steel; um mid card com Brent Albright, Kevin Steen, Erick Stevens, Necro Butcher, Adam Pearce e Claudio Castagnoli; uma divisão de pesos leves com Austin Aries, Jimmy Jacobs, Davey Richards, Roderick Strong e Jerry Lynn; uma divisão de equipas conduzida pelos Briscoe Brothers e pela dupla Delirious e El Generico; e, por último, uma divisão feminina liderada por Sara Del Rey, MsChif e Daizee Haze. Muitos outros, deveriam ser afastados, uns por falta de qualidade, outros porque não sendo melhores que os nomes que apontei anteriormente, não teriam o tempo de antena necessário ou a atenção devida, e estariam a ser desperdiçados. Ora, a construção de um roster de qualidade, mais curto e ao mesmo tempo muito competitivo é, então, um dos grandes desafios ao qual a ROH vai ter de responder...e a verdade é que até ao momento, ainda não fez nada.

> A Exclusividade - Esta ideia não é nova, aliás, já a defendo há muito para toda e qualquer companhia de wrestling. No entanto, até agora tinhamos de compreender a falta de capacidade financeira da ROH, para segurar os seus wrestlers, como sendo só seus. E não tendo a ROH essa capacidade, percebe-se, também, que os mais variados wrestlers participassem em grandes eventos e shows de outras promotoras ou até interpromocionais, para valorizar o seu trabalho, mas também, na procura de um rendimento financeiramente mais atractivo e agradável. Contudo, este show semanal na HDNet vem mudar tudo, e a ROH tem realmente de fazer um esforço para segurar os workers de forma exclusiva. Acredito que os rendimentos oriundos do contrato televisivo não sejam estravagantes, mas são certamente vantajosos e permitem vender a imagem da companhia e dos seus wrestlers de uma forma mais amplificada, como tal, é com este argumento que a empresa deve negociar os contractos de exclusividade com o seu plantel...a exclusividade traria à ROH uma qualidade acrescida, e dotava-a de um produto que só ele seria capaz de "oferecer" e, sobretudo, vender. Por isso, a "Rainha das Indys" tem o dever de tentar lutar pelo seu plantel exclusivo.


> Dupla de Comentadores - Ok, nem todos podem ser o Jerry Lawler ou o Jim Ross, e até a própria WWE sofre uma grande desnivelagem na qualidade dos comentários, quando estes dois não estão metidos ao barulho. Na TNA, a dupla Don West e Mike Tenay, também não é um grande exemplo (mais até por culpa do primeiro), no entanto, até se aguentam...agora, a dupla que está encarregue da ROH, por favor, que raio andam eles ali a fazer!? O objectivo de uma equipa de comentadores, é oferecer ao show maior emoção e ajudar no desenvolvimento das feuds, rivalidades e storylines, é dar vida aos combates e tornar os wrestlers ainda mais capazes, é dar ênfase ao sofrimento dos lutadores e à brutalidade dos ataques, é fazer com que os fãs se entusiasmem e sigam interessados o decorrer do evento...agora pergunto, sentem isso quando ouvem a dupla de comentadores da ROH!? Penso que a resposta é clara e unânime, NÃO! Ainda podem argumentar que as gravações dos comentários são feitas á posteriori, contudo, nada desculpa a falta de paixão e emoção daqueles dois...penso que se a ROH quer crescer e aproveitar o seu espaço na TV, então também terá de fazer um esforço significativo para melhorar neste capítulo, é que um espectáculo de wrestling vale por um todo, e haver comentários de qualidade é uma das partes mais importantes desse todo!


Conclusão- Este novo programa da ROH na HDNet, tem tudo para ser um sucesso e fazer crescer a compahia. Vai-lhe permitir expandir-se e aumentar a sua àrea de influência, e permitir-lhe-á, também, qualificar o seu produto e dar continuidade às suas histórias de uma forma mais sistemática e regular...algo que possibilitará o aumento de qualidade do seu produto e um reforço da importância dos seus PPVs. Por outro lado, terá de enfrentar duros desafios, como a existência de um roster sobrelotado num programa com pouco tempo de antena e sem espaço para todos. O facto de não ter um plantel exclusivamente seu e os fracos comentários que a sua dupla de comentadores produz, que podem limitar um pouco a qualidade dos seus programas, são outros desafios que a companhia terá de encarar. Contudo, penso que a ROH tem qualidade, potencial e capacidade para fazer face a estas adversidades, e só depende dela para crescer e se implementar de uma forma definitiva. 


E foi mais um "Dias is That Damn Good", que espero tenham gostado e comentem! 
Um abraço, Dias Ferreira!

E tu, que pensas do novo programa da ROH no HDNet!?



PS: Não percam na próxima terça-feira, a edição 100 do "Dias is That Damn Good" ;)

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