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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dias is That Damn Good #97 - "Casais de Sucesso (Parte I)"

Boas Pessoal!



Sejam bem vindos a mais um "Dias is That Damn Good", a coluna com maior número de edições na história do XBooker e, acredito, da CWO =)

É costume dizer-se que por detrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher! Ora, se tentarmos verificar o conteúdo dessa mensagem no Pro Wrestling, facilmente observamos um sem número de situações em que efectivamente isso acontece...lembrem-se do "Macho Man" Randy Savage com a sua Miss Elizabeth, de Shawn Micaels com a "Sensational" Sherri, de Chris Benoit e Nancy envolvidos com o Kevin Sullivan, de Vince McMahon e a sua mulhar a discutirem por causa de Trish Stratus, de Steve Austin e Debra, de Billy Gun e Chuck Palumbo (LOOOL), de Kurt Angle e Karen Angle, ou de Booker T e Sharmell, etc.

No entanto, sem dúvida que houve quatro grandes casais que marcaram de uma forma ainda mais vincada, que os anteriores, a modalidade que conhecemos por Pro Wrestling. Estou a referir-me a relações que colocaram dois wrestlers e quatro mulheres para sempre nos livros de história do Wrestling, estou a falar de Triple H, Chyna, Stephanie McMahon, Edge, Lita e Vickie Guerrero.

O amor e as grandes histórias e sentimentos vividos em virtude do mesmo, conseguem na vida real apaixonar o mais insensível dos humanos, não deixando ninguém indiferente...ora, esta mesma fórmula transposta para a nossa modalidade, desde sempre também se assumiu como um grande sucesso. O expoente máximo desse sucesso foi, como disse, protagonizado pelos seis nomes anteriores, e é sobre três deles que este artigo vai tratar!

Como devem perceber, falar dos quatro casais num único artigo, daria origem a algo astronómicamente grande, de modo que prefiro apresentar este "Casais de Sucesso" em duas edições.

Por isso, sigam o que aí vem...



Dos quatro casais anteriores, e seguindo uma lógica cronológica, verificamos que o primeiro grande casal a fazer furor foi o Triple H & Chyna. O Paul Levesque estava novamente numa fase ascendente da sua carreira e, depois do castigo que sofreu em virtude da sua participação no Madison Square Garden Incident, reencontrava no amigo Shawn Michaels a possibilidade de relançar a sua carreira. Como ambos explicaram, havia uma forte necessidade de fazer face ao avanço da WCW e Vince McMahon confiou-lhes a árdua tarefa de encontrarem uma solução para esse problema...Paul Levesque no ginásio que costumava frequentar conheceu uma bodybuilder, de seu nome Joan Lourer, e passado algum tempo começaram a namorar. Foi então que na cabeça daqueles dois génios (HHH e HBK) , surgiu a ideia da possível utilização de uma mulher muito musculada como guarda-costas da stable que iam formar. Como é óbvio, Vince McMahon rejeitou-a logo, para além de não lhe vislumbrar a genealidade que realmente tinha, Vince temia que muitos dos seus wrestlers se recusassem a rebaixar-se perante uma mulher...contudo, e passado algum tempo, o bom do McMahon lá cedeu, e em boa hora o fez, pois a passagem de Joan Lourer pelo Pro Wrestling, viria a confirmar-se como um dos casos de maior sucesso na modalidade.

A presença física de Chyna (o ring-name que Joan Lourer adoptou), era realmente impressionante e a sua força era visível cada vez que levantava um wrestler sem a menor das dificuldades....depois tinha uma gimmick realmente interessante, ela era uma espécie de mulher monstro que não falava, era fria, sem sentimentos e que a todo o momento estava pronta para entrar em acção. Apesar de ser a guarda-costas da stable D-Generation-X, a verdade é que Chyna sempre actuou muito mais próxima de Triple H, se formos bem ao fundo da questão, podemos verificar que a Chyna era a guarda-costas de Triple H e que este era o guarda-costas de Shawn Michaels. De qualquer modo, o que interessa destes primeiros anos da sua passagem pela modalidade é a forma como fantásticamente interpreteu o papel de manager, proporcionando enúmeras vitórias a Triple H e ao Shawn Michaels. Contudo, a verdade é que só passou a exercer um papel de maior destaque após a lesão de HBK e consequente entrega da liderança da stable ao Hunter. A reformulação dos D-Generation-X tornou a stable num grupo diferente, agora já não possuiam um elemente que estivesse no main event da empresa e era necessário prepará-la para que ela conseguisse elevar o seu líder até lá. Foi por isso, que posteriormente os New Age Outlaw e X-Pac vieram a integrar os DX, dotando-os, assim, de meios capazes de proporcionar ao Triple H a possibilidade de ganhar mais importância, credibilidade e ascender no card. E foi neste ponto que a Chyna e a sua relação com Triple H ganharam maior destaque, pois ela deixou de ser a simples manager, para também começar a entrar nos combates. Neste período ganhou sem dificuldades o título feminino e chegou mesmo a vencer o Intercontinental Championship, um feito inédito, que dava conta das suas grandes capacidades. O Triple H estava mais dependente dela que de qualquer outro dos seus parceiros, e ela tinha-se tornado em alguém temida e muito respeitada pelos adversários, o que levou o pessoal da WWF a pensar numa possível feud com o próprio companheiro.

A ideia não era nada estúpida, pelo contrário, tinha uma grande profundidade e potencialidade...depois de tantos anos a guardas as costas a Triple H e de provar que podia ser tão ou mais competitiva que qualquer outro wrestler, chegava a altura de também ela zelar pelos seus interesses. Antes disso, a equipa criativa da WWF esforçou-se por ir degradando as suas relações, fez com que ela traísse o Triple H com Kane, criou algumas desavenças entre ambos, e por último, fez com que ela vencesse a oportunidade de competir pelo WWF Championship, numa altura em que o próprio Triple H almejava essa oportunidade. Ora esta situação resultou no início de uma feud entre ambos, exigindo o Triple H que Chyna lhe entregasse aquela oportunidade e ela rejeitando...conhecido por ser o "Cerebral Assassin", Triple H fez jus à sua alcunha e conseguiu convencer Chyna a debaterem-se ambos pela oportunidade de enfrentar Steve Austin e Mick Foley pelo título mundial. O Hunter venceu esse combate, mas a verdade é que quando teve a oportunidade de conquistar o título, perdeu-a para Mick Foley após intervenção de The Rock...contudo, viria a conquistá-lo umas semanas depois, ao vencer Mick Foley e tornando-se pela primeira vez WWF Champion. A relação entre ambos nunca mais seria a mesma, aquele confronto tinha-os abalado fortemente e, para além disso, o Triple H era já um main eventer, não necessitava mais de alguém que o ajudasse a manter-se no topo, pelo menos parecia não precisar mais de Chyna. O fim, aconteceu, porque na vida real também eles começaram a enfrentar problemas. Já no Pro Wrestling, Chyna seguiu o seu caminho com Eddie Guerrero e Triple H envolveu-se num ângulo com Stephanie e toda a família McMahon, algo que depois rdtaria na origem de um relacionamento entre Stephanie e Triple H e que devido aos ciúmes, resultou no despedimento de Joan Lourer (com fortes pressões de Stephanie McMahon). Em todo o caso, este foi o primeiro grande casal a conseguir marcar a história do Pro Wrestling, pois a imagem de Chyna e tudo o que ela conseguiu conquistar e ajudar o Triple H a conquistar e a crescer, nunca mais será esquecido como uma das maiores e mais bem sucedidas apostas da WWF.



Ainda no seguimento do caso anterior, chega-nos uma nova relação envolvendo Triple H, mas agora com a filha do patrão da WWF/WWE, Stephanie McMahon. O Triple H já tinha vencido o seu título mundial, era líder dos D-Generation-X e encontrava-se no main event da empresa...por outro lado, havia um forte interesse da equipa criativa da WWF (nomeadamente de Vince Russo, agora na TNA), em construir um ângulo envolvendo a Stephanie McMahon num casamento com uma superstar da empresa. Primeiro pensou-se em Test, mas a verdade é que as suas qualidades não iam covencendo os writers, então, a WWF decidiu escolher o jovem mais promissor que tinha nas suas fileiras para ocupar o seu lugar, esse jovem era Paul Levesque. E assim foi, dando a volta ao ângulo que envolvia a Stephanie com Test, Triple H drogou-a e casou-se com ela em segredo, e quando no dia do casamento, ambos (Test e Steph) estavam quase a celebrar os votos, o Hunter aparece e mostra um vídeo que impedira de todo o casamento. O tempos que se seguiram a este incidente serviram para adensar a feud entre o Triple H e Mr. McMahon, que procurava defender e restituir o orgulho da filha...mas o que é certo, é que no dia do combate entre ambos, quando McMahon estava prestes a vencer, foi a própria Stephanie que o traiu e se juntou a Triple H. Convenhamos que este foi um momento genial e que lançou para sempre aquela que ficou conhecida por McMahon-Helmsley Era.

Este ângulo proporcionou uma enorme visibilidade e prestígio a ambos, e a verdade é que se Triple H já era main eventer, esta história tratou de tornar esse estatuto indiscutível, até porque com o passar do tempo ambos se envolveram emocionalmente na vida real e acabaram por casar. A aliança Triple H e Stephanie McMahon era realmente uma coisa fantástica, ela era a filha do patrão e tinha um enorme poder de decisão dentro da companhia e ele era um jovem cheio de força e com os seus D-Generation-X por detrás...nada, nem ninguém os podia parar. Este foi também o período em que Paul Levesque conseguiu desenvolver ao máximo as suas in-ring skills, mic skills e gimmick, assumindo-se como um heel de qualidade inigualável. As feuds que nestes primeiros tempos da "McMahon-Helmsley Era" se verificaram, serviram sobretudo para dotar o casal de maior força e credibilidade e posteriormente, quando também Vince McMahon e Shane McMahon se lhes juntaram, construíu-se um domínio absoluto daquela família no decorrer dos acontecimentos da empresa...tendo este facto atingido o seu auge, quando Triple H e Steve Austin (ambos ao serviço de Mr. McMahon) eram Intercontinental Champion e WWF Champion, respectivamente. Aliás, durante este mesmo período, a construção da imagem egoísta e destruídora de Triple H, influenciado por Stephanie, levou mesmo a que este colocasse fim aos D-Generation-X, voltando-se contra os seus membros um a um, e pelo meio viveu-se uma feud muito engraçada com Kurt Angle, que o envolvia num triângulo amoroso com Triple H e Stephanie McMahon. No entanto, algo de muito grave estava para acontecer à carreira de Triple H, pois num combate de equipas em que com Steve Austin, enfrentava Chris Benoit e Chris Jericho, o Paul Levesque sofreu uma grave lesão no joelho e foi obrigado a afastar-se da competição durante 8 meses.

A verdade é que quando sofreu a lesão, Triple H já tinha um estatuto muito elevado na empresa e as pessoas sentiram a sua falta, na altura ele já era dos melhores entre os melhores na modalidade. Por isso, a melhor forma que a empresa encontrou de rentabilizar o seu regresso foi fazendo-lhe um face turn...e assim, quando este regressou à televisão para anunciar a sua entrada na Royal Rumble daquele ano, recebeu a maior ovação alguma vez vista na história do Pro Wrestling. No entanto, a Stephanie McMahon não se tinha lesionado nem afastado, e continuava a ser a maior das figuras heel na SmackDown. E foi aqui que as coisas começaram a dar para o torto entre ambos, pois o Triple H estava muito diferente e era notória a sua insatisfação no relacionamento com Stephanie, que continuava a gritar-lhe ordens e mais ordens aos ouvidos. Chegou uma altura em que a relação já estava tão má, que o Triple H ia pedir o divórcio...contudo, engendrando um plano maquiavélico, Stephanie McMahon fingiu estar grávida de Triple H e à espera de um filho seu, algo que amoleceu um Triple H babado com a possibilidade de se tornar pai. Agora que tudo parecia voltar à normalidade, Stephanie pedira ao Triple H que renovasse os votos de casamento num programa em directo, ao que o Hunter acedeu...mas, na altura em que se preparava para sair do escritório, recebeu um envelope de Linda McMahon que continha uma cacete onde provava as grandes aldrabices de Steph. O que se seguiu foi também um momento mágico na história da modalidade, pois o Trips fingiu que não era nada com ele até ao momento do SIM, onde disse NÃO e acusou a Stephanie de todas as mentiras, posteriormente destruiu o cenário e espancou o Mr. McMahon.

A relação entre ambos estava deste modo completamente estragada e restava um vingativo divórcio. Stephanie McMahon juntou-se ao então Undisputed Champion Chris Jericho, que na Wrestlemania iria enfrentar o vencedor da Royal Rumble e seu ex-marido Triple H. A feud, diga-se, desenvolveu-se de uma forma não menos brilhante e fantástica que a anterior relação entre ambos, e na Wrestlemania, um obstinado Triple H lá conseguia contra aqueles dois demónios vencer o Undisputed Championship. Mas a história ainda não tinha acabado aqui, ia durar mais algum tempo, até ser marcado um Triple Threat Match, onde participariam Triple H, Chris Jericho e Stephanie McMahon...as regras eram simples, se Jericho fizesse o pin em qualquer um deles, vencia o combate e o título voltava para ele; se o Triple H fizesse o pin em Jericho vencia o combate e mantinha o título, mas se o fizesse em Stephanie ela teria de abandonar a empresa; se Stephanie fizesse o pin em qualquer um, o Triple H teria de abandonar a empresa. Tratava-se de um combate fantástico, com uma estipulação emocionante e que poria termo a uma feud genial! Como se sabe, o Triple H venceu por pin em Stephanie McMahon e na SmackDown seguinte, esta foi arrastada para fora do edifício pelos seguranças, pondo termo a uma das mais brilhantes e geniais histórias que alguma vez o pro wrestling testemunhou. A meu ver, este foi o casal mais importante de sempre na história da modalidade, não só pela genealidade do que conseguiu construír, mas sobretudo, pela qualidade, inovação, criatividade e emoção que conseguiu oferecer durante vários anos. Felizmente, parece que a WWE está apostada em trazer alguns desses momentos de volta, como comprova a actual feud entre o Triple H e o Randy Orton.



Bem, e foi o fim de mais um "Dias is That Damn Good", que espero tenham gostado e comentem!
Um abraço, Dias Ferreira!



E tu, que pensas do Triple H & Chyna e do Triple H & Stephanie McMahon!?


PS: Não percam a próxima edição do "Casais de Sucesso", alusiva ao Edge & Lita e ao Edge & Vickie Guerrero!

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